Capítulo 37 - UAU

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Roupa de gala, por favor. Esteja pronta às 19h, vou passar pra te pegar. 

Roupa de gala? Pensei assim que li a mensagem de Jackson. Claro que a pizzaria era um ambiente reservado e bonito, mas não chegava a tanto. Peguei o celular e digitei:

Qual a ocasião?

A resposta veio quase que automaticamente. Ele estava online. 

A ocasião somos eu  e você. Não discuta. 

Eu sorri. Droga! Estava perdidamente apaixonada e a cada dia perdia mais o controle sobre minhas emoções. Mas quer saber? Nunca pensei que acharia isso uma coisa boa. Mantendo o sorriso digitei:

Ok, senhor Avery. Estarei pronta às 19h. Um beijo. 

[...]

Eu saí do plantão correndo para estar pronta e digna até às 19h. Confesso que não foi um trabalho fácil, mas consegui. Cacei uma roupa de gala no meu guarda-roupa mixelento e achei um vestido longo azul estampado com flores. Ele era de alcinha e tinha um corset na parte de cima, a saia caindo levemente com um tecido bem suave e uma fenda discreta na perna direita. Prendi o cabelo em um penteado lateral, mantendo algumas mechas soltas ao longo do rosto. Uma maquiagem discreta com um batom vermelho para fechar o combo. 

Jackson foi extremamente pontual e a campainha tocou exatamente na hora planejada. Dei uma última conferida no espelho e me apressei para atender. Quando abri a porta aqueles olhos me fitaram de um jeito que precisei de forças para não cambalear. 

— Você está deslumbrante. — Ele mantinha uma expressão maravilhada no rosto e seus olhinhos brilhavam ao olhar para mim. Caramba! Esse garoto me ama mesmo. 

— E você está belíssimo, meu amor! — Devolvi o elogio e ele corou, abaixando a cabeça. 

— Está pronta para a melhor noite da sua vida?

— Uau! Estou ansiosíssima!

— Então vamos lá. 

Descemos no elevador comentando o quanto o plantão tinha sido corrido hoje e como tudo que queríamos era uma noite agradável sozinhos. Eu caminhava tranquilamente ao seu lado quando um homem vestido de terno e gravata abriu a porta do prédio para nós e nos acompanhou. Para a minha surpresa, na minha frente, havia uma limusine preta, tão limpa que chega brilhava na noite de Seattle. Fiquei boquiaberta quando o mesmo homem de paletó caminhou à nossa frente e abriu a porta traseira do veículo. 

— Você alugou uma limusine?

— Eu disse que a noite seria de gala, meu amor... 

Ainda surpresa, adentrei a limusine. O interior era ainda mais surpreendente do que o exterior. Não preciso dizer que nunca estive em uma, não é mesmo? Minha cara de boba já denunciava tudo. Partimos então para o nosso destino. 

 

A nova chefe do TraumaOnde histórias criam vida. Descubra agora