Capítulo 47

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Quando voltamos a casa disponibilizada para as nossas marotices só nos limitamos a dormir, chegamos por volta das quatro da manhã e dormimos até ao meio dia. Quando estávamos voltando para casa, no caso, a casa aonde os nossos companheiros de encontravam, passámos em um café e tomamos o pequeno almoço lá. Eu sabia perfeitamente que quando chegássemos eles provavelmente fariam perguntas, e na verdade até queria comentar com o Theo sobre o nosso desaparecimento, eu na verdade já não estava lá, mas o facto de voltamos juntos claramente traria algum alarido.

Mas o Theo estava tão submerso em uma felicidade que nem eu mesma notara que proporcionava a ele, que simplesmente deixei o assunto para lá, éramos todos adultos, eu não tinha o porquê me preocupar com aquilo.

Nós comemos e conversamos, era incrível, nós tirávamos assuntos de sei lá onde para conversar e o mais incrível ainda o facto de ser de maneira tão descontraída e relaxada, tudo fluía tão calmamente, a gente simplesmente não precisava se esforçar para que o assunto viesse, e quando não tivesse assunto, o silêncio também não era nem um pouquinho desconfortável.

Quando terminamos o nosso brunch, que era nada mais nada menos que uma refeição que é a perfeita mistura de um café da manhã e o almoço, geralmente servido no final da manhã e início da tarde, estava no meio entre as suas refeições e já passava do meio dia para a gente dizer que aquilo era o pequeno almoço que estávamos tomando.

O carro estava estacionado do outro lado da estrada, perto do estabelecimento os espaços já estavam todos ocupados, então a gente teve que caminhar com alguns aperitivos que compramos para levar até aonde o carro se encontrava. Enquanto caminhávamos o Theo estava contando uma piada horrível, era sobre a Fanta e a coca cola e o facto e elas se darem bem, era deveras horrível, mas estava arrancando de mim uma gargalhada audível, e eu nem estava rindo por a piada ser engraçada, porque não era, mas pelo facto de ela ser horrível mesmo, enquanto eu ria, eu virei a minha cabeça para o lado e como se em um vulto em vi uma das nossas colegas da universidade e instintivamente parei os meus passos e o Theo parou também, mas nós paramos na estrada no exato momento em que estava passando um casal andando de bicicleta, a gente teve que rapidamente sair da estrada e quando voltei a olhar, ela já não estava lá.

— O que foi? - Perguntou vendo a minha expressão confusa.

— Eu jurei que vi uma colega nossa da universidade a pouco. - Eu procurei com os olhos e simplesmente não achei. — Ela evaporou.

Ele ainda olhava para mim sem entender e eu tentei lembra-lo de quem se tratava.

— Lembra quando você estava indo me despedir, dizendo que já estava saindo de férias? - Ele negou. — Quando você me convidou para vir com você? - Ele acenou. — Sim, eu estava com uma garota, você lembra dela? - Ele fez que não com a cabeça. — Bom, eu jurei que vi ela a pouco. - Ele riu.

— Você ficou tão alarmada que eu achei que você tinha visto um fantasma. - Ele ergueu uma sobrancelha e olhei para ele em dúvida.

— Não um fantasma, só que, eu já cruzei com essa garota duas vezes, e das duas vezes a gente literalmente esbarrou uma na outra, a primeira vez foi quando a gente voltou do estágio em Chicago e a segunda, foi naquele dia, e eu nem mesmo sei o nome dela, não posso negar que não seria estranho e fosse realmente ela aqui.

— Porque isso seria estranho?

— Sei lá, algo tipo perseguição? - Ele gargalhou e voltou a andar segurando a minha mão.

— Ela é um ser humano feito você, e Santa Monica é um estado bem bonito, não seria estranho se ela tivesse escolhido esse lugar para passar as férias, embora, eu realmente duvide que fosse ela.

Simplesmente LascivaOnde histórias criam vida. Descubra agora