Capítulo 8

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Quando voltamos para o apartamento, nós nos despedimos e fomos para os quartos. Eu estava olhando para o teto com a lâmpada apagada durante provavelmente uma hora, eu não estava conseguindo dormir, certas lembranças simplesmente não saiam da minha cabeça, no caso as de mais cedo com Theo. Fiquei pensando naquilo, até finalmente conseguir fechar os meus olhos e quase mergulhar na terra dos sonhos, quando senti a minha porta ser aberta. Não abri os meus olhos, continuei com eles fechados e eu podia ouvir.

Dizem que quando um dos seus sentidos é tirado, os outros ficam mais aguçados.

Eu podia ouvir ele caminhando até na minha cama, senti ele subindo nela e ficar por cima de mim, ele estava me encarando.

— Eu sei que você...não está dormindo Scarlett. - ele falou e eu senti a respiração dele no meu pescoço.

— Eu não disse que estava dormindo.

— E porque não abre os olhos? - ele perguntou quando deu uma mordida no meu pescoço me fazendo suspirar.

Eu tomei uma respiração profunda e encarei aqueles olhos azuis, ele não estava com os óculos.

— Oque você está fazendo aqui? - perguntei quando ele se inclinou e mordeu o pescoço.

— Eu estava vendo...um vídeo a pouco.

— Pornô? Queres dizer...

— E...- ele me ignorou. - Certas lembranças vieram...lembranças...de hoje, mais cedo.

— Estou transformando você em um pervertido? - perguntei quando voltou a olhar para mim.

— Estou curioso...- hesitou.

— Sobre?

— Nos videos...as moças...elas gemem bem alto, mas quando eu estou com você...você não. - o quarto estava escuro, mas eu sabia que ele corado e provavelmente envergonhado.

— Bom, elas são pagas pra gemer daquele jeito, e o objetivo do porno, não é exatamente as pessoas que estão fazendo, mas sim os que estão assistindo. - ele me olhou com curiosidade.

— Como assim? 

— Isso...-falei derrubando ele na cama e ficando por cima dele, colocando cada perna minha na lateral da cintura dele, a minha virilha estava exatamente na mesma posição que a dele, e já estava se formando um volume gradativo. — É algo que você vai aprender em uma das nossas aulas. 

— Ah. - ele pareceu meio triste. 

— Agora. - falei oscilando de me inclinar pra ele e voltar a posição direta, aquele gesto fazia os nossos sexos terem um contacto minúsculo, e a antecipação estava me matando. — O primeiro passo, antes de as aulas realmente começarem, é você deixar de ser castro. - senti ele estremecer.

— Ah, ok.

— Você tem a certeza que quer fazer isso comigo? - perguntei e ele me olhou cético.

— Como assim fazer com você?

— Bom Theo, você tem vinte e quatro anos e nunca tinha sido beijado, nunca fez sexo, sei lá, talvez você esteja se guardando para o grande amor da sua vida, e fique sabendo, eu estou longe de ser ela.

— Eu...eu não estava  me guardando, eu não sou uma mulher...Scarlett. - falou ofendido.

— Só quero deixar tudo bem claro, depois não vai me chamar  de Aspirante da fornicação.

O Theo me olhou sem entender e eu me justifiquei.

— Um padre me chamou assim durante a missa quando me viu piscando para um acólito. - dei de ombros.

Simplesmente LascivaOnde histórias criam vida. Descubra agora