De Peão A Babá

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Assim que chegou em casa Frederico soube que a mãe tinha conseguido um trabalho na fazenda de Rodolfo e isso lhe animou ainda mais, já que o momento íntimo com Cristina na cachoeira foi o ápice do seu dia. Mas em seu primeiro dia  na fazenda ele imaginou o que faria no trabalho, passou pelos belos cavalos e já se imaginou em cima deles rondando todo aquele pedaço de terra e aprendendo tudo com os peões mais velhos, mas o que Frederico não sabia era que algo naquele dia iria mudar, quando chegou foi direto pra o escritório na casa grande e sentou esperando o novo patrão.

Rodolfo - Bom dia garoto, eu não esperava que fosse tão pontual.

Frederico - Não podia me atrasar senhor, eu só não entendo porque pediu pra eu vir com uma roupa confortável que não fosse da lida de peão.

Rodolfo - Acho que Vicenta não lhe disse no que seu trabalho consistia verdade? _ ele pensou em como explicaria ao garoto o trabalho dele.

Frederico - Ela só pediu pra eu colocar uma roupa limpa e tomar banho, eu pareço que vou a missa _ riu com seu próprio comentário.

Rodolfo - É porque seu trabalho vai ser dentro de casa, eu não precisava de um peão agora.

Frederico - Ah não? _ se surpreendeu _ E o que vou fazer aqui dentro seu Rodolfo?

Rodolfo - Não sei se você sabe, mas eu tenho uma filha e ela precisa de companhia e alguém que ajude nas terapias junto ao médico dela _ ele temia que Frederico recusasse e o entenderia, o garoto estava em seu direito.

Frederico - Olha seu Rodolfo eu não vou saber nada de inicio, mas eu aceito sim _ pós o chapéu na perna e olhou o homem com seriedade _ eu tenho a minha mãe pra cuidar e não vou recusar o serviço.

Rodolfo - Não esperava menos que isso de você Frederico _ levantou e foi até ele lhe oferecendo a mão.

Frederico - Não vai se arrepender seu Rodolfo, eu serei o melhor _ levantou e apertou a mão dele.

Rodolfo - Eu tenho certeza meu garoto _ no impulso ele puxou o rapaz e o abraçou.

Frederico - E quando começo? _ agora estava curioso em conhecer a filha dele.

Rodolfo - Bom eu tenho que avisar a Drica primeiro, mas tenho a impressão que ela vai gostar de você mas, antes de tudo posso te chamar de Fred?

Frederico - Claro senhor, eu não tenho problema de ser chamado assim _ sentiu o coração acelerar numa sensação boa de sentir.

Rodolfo - Então Fred, seja bem vindo a minha casa, aqui pode se sentir a vontade e falar comigo o que quiser _ puxou ele pra outro abraço carinhoso.

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Na fazenda Bananal o clima continuava estranho, ninguém aceitava Eulogio como encarregado e isso trazia muitas brigas que Bento resolvia com paciência, agora além de administrador tinha que apaziguar os confrontos dos peões com o novo capataz. Numa folga de conflitos ele parou na cozinha e se serviu de um café preto e puro sem açúcar pra despertar e ao ver Rômulo foi brincar com o amigo de longa data.

Bento - Se continuar assim vai engordar _ riu do amigo comendo

Rômulo - Vicenta ainda trabalha aqui? _ comia as torradas com doce uma atrás da outra.

Bento - Se aposentou, foi um pedido do filho dela, mas agora nem sei se vai continuar na aposentadoria _ suspirou preocupado.

Rômulo - Filho? Como assim ela tem um outro filho? Quando e com quem? _ se sentiu confuso.

Bento - Depois da briga de vocês, um tempo depois ela achou o bebê no rio abandonado e adotou, não planejou nada só fez com a ajuda dos patrões _ contou o que sabia.

Rômulo - Com Vicenta eu me resolvo depois _ sua cabeça ficou confusa e depois iria tirar essa dúvida com ela _ mas agora eu quero falar com Cristina algo importante e urgente.

Bento - Ela tá ocupada irmão, mas pode me dizer que eu passo o recado.

Rômulo - Não adianta, é algo pessoal, mas já digo a você que de jeito nenhum eu trabalho com Eulogio, é um maldito traidor e preguiçoso.

Bento - Eu tentei avisar a patroa, mas não me escutou e colocou esse encostado no lugar do Frederico.

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Se para Frederico o momento da cachoeira foi mágico, para Cristina foi confuso porém o desejo era de repetir a dose com o garoto, parou e pensou por um momento que aquilo só podia ser um vício e que teria que parar agora e não prolongar, então pra nem pensar ou fazer besteira resolveu se distrair e saiu em seu carro para cidade, mas o diabo quando quer atenta e de longe viu ele caminhando na estrada, acelerou e foi freando perto dele até parar ao seu lado e baixou o vidro.

Cristina - Te dou uma carona rapaz, estamos indo na mesma direção _ batucou os dedos no volante impaciente.

Frederico - Dona Cristina, você por aqui? _ falou com um sorriso sem vergonha e debochado _ veio pedir mais beijo um beijo?

Cristina - Vamos ser sinceros Frederico Rivero, eu parei pra te dar carona, estou indo a cidade _ esperou impaciente por sua resposta _ mas continua com suas gracinhas e te deixo ir a pé.

Frederico - Eu quero sim a carona, eu preciso ir pegar umas coisas na cidade pra minha mãe _ qá.

Cristina - Olha entra e não faz nenhuma besteira entendeu? _ viu ele abrir a porta e entrar.

Frederico - Não vou fazer, sou um anjinho _ riu fechou a porta e virou pra ver seu rosto.

Cristina - Porque tá me olhando? O que quer? _ disse desconfiada.

Frederico - Só tô vendo sua carinha de sem vergonha _ segurou o rosto dela e a beijou mesmo com ela dificultando.

Ela tirou o cinto e começou a subir as pernas ficando de joelho no banco e com as mãos nos cabelos dele bagunçando, e dando permissão para o beijo durar mais um pouco até os dois ficarem sem fôlego.

Cristina - Já basta Frederico, eu não vou cair na tentação uma segunda vez _ se arrumou na cadeira.

Frederico - Dona Cristina você sempre me surpreende com essa sua boca _ ele ficou em seu banco com o coração acelerado.

Cristina - Não se acostume com meus lábios entendeu Frederico? _ ligou o carro e arrancou com ele dali.

Frederico - Dona, eu não te quero pelo dinheiro, na verdade nem ligo pra isso então porque não me dá uma chance? _ acariciou a perna dela _ eu arrumei outro serviço.

Cristina - E isso o que tem haver comigo? _ parou o carro novamente e tirou a mão dele da sua perna.

Frederico - Nada, mas eu quero te contar que estou de emprego novo e que não vou desistir de você dona Cristina _ pegou a mão dela e beijou _ não sou homem de desistir fácil.

Cristina - Fred... _ mordeu os lábios sentindo a sedução dele bater forte em seu corpo e deixar ele molinho.

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