Rodolfo voltava pra casa depois de passar a manhã inteira nos campos de engorda olhando os gados que iriam ser vendidos, sentia o corpo ficar velho e não tinha herdeiro que pudesse dar continuidade ao seu patrimônio que batalhou desde jovem pra construir pouco a pouco, mas a vida tinha sido boa com ele por lhe devolver sua filha. E naquele momento solitário acabou encontrando um velho conhecido que quase não reconheceu de tão mudado que estava.
Rodolfo - Eulogio, há quanto tempo _ acenou com a cabeça e sorriu.
Eulogio - Seu Rodolfo, tá com a mesma cara de sempre.
Rodolfo - Ao contrário de você que envelheceu tão moço _ disse preocupado.
Eulogio - A vida né fácil pra um burro velho que nem eu seu Rodolfo.
Rodolfo - Mas você é um bom peão, sempre foi na verdade, só ficou um preguiçoso _ parou e observou ele esperando alguma reação _ o que aconteceu?
Eulogio - Um coração quebrado seu Rodolfo, há muito tempo que não sei o que é viver _ se encostou no carro e suspirou.
Rodolfo - Eu sei bem o que é rapaz, prós outros pode parecer besteira, mas pra nós os brutos é um rombo no coração.
Eulogio - Falou bonito agora seu Rodolfo _ colocou a mão por cima do ombro dele e suspirou _ mas o brutos também amam.
Rodolfo - Eu lembro que tinha uma amizade com a minha filha, porque não vai ver ela um dia desses?
Eulogio - Eu seu Rodolfo? Não acho prudente eu e sua filha no mesmo espaço, da ultima vez ela gritou comigo e me mandou sumir, além disso eu sou ninguém pra ela.
Rodolfo - Bom o convite tá aberto pra quando quiser ir _ falou com simpatia.
Depois de alguns minutos de conversa ambos foram sozinhos cada um por seu caminho e Rodolfo precisava resolver algumas coisas na cidade, passou na fazenda e partiu já passava de meio dia e deixou Drica como sempre aos cuidados de Frederico.
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Depois de ser chamada por Rodolfo numa ligação bem emotiva lá estava Cristina na sala da fazenda de sua melhor amiga, ficou perdida em seus pensamentos esperando Drica descer do seu quarto, olhou pra trás e se surpreendeu ao ver Frederico ajudando ela a descer as escadas e com toda atenção e cuidado do mundo, seus ciúmes começaram a alertar e quis apertar o pescoço dele.
Drica - Eu estou bem, só me senti tonta, sua amiga falou que era normal _ disse só pra ele.
Frederico - Vou ficar por aqui se precisar de alguma coisa dona Drica _ ficou ao lado dela.
Drica - Não me chama de dona, agora eu sou a sua amiga _ pegou na mão dele e foi até o sofá sentando e vendo Frederico ficar em pé _ olá Cris me conte as novidades desses vinte anos.
Cristina - Drica eu tenho novidades, Rômulo está de volta e quer te ver _ foi uma atitude burra de uma mulher ciumenta ela admitiu.
Frederico - Quem é esse Rômulo? _ falou sem aguentar a curiosidade.
Cristina - Um ex namoradinho da sua patroa _ respondeu rápido.
Drica - Quem? O Rômulo? Ele vivia me rondando, mas quem eu atiçava era o Eulogio _ deu um sorrisinho maroto.
Frederico - Aquele porco do mato velho e fedorento dona Drica? _ não aguentou e gargalhou na frente delas.
Cristina - Devo admitir que Eulogio teve seus tempos de beleza, mas quando trabalhava por aqui amiga _ falou ignorando o comentário e gargalhada dele _ mas depois que foi pra minha fazenda a coisa degringolou, perdeu a beleza que nos deixava babando nele _ olhou Frederico e deu um sorriso sínico.
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La Patrona ✅
FanfictionQuando retorna a sua fazenda depois de alguns anos a viúva Cristina Álvarez chama atenção de todos, menos de um, Frederico Rivero.