A Mãe

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Assim que entrou em casa escutou alguém bater na porta e achou ser Cristina e abriu sem perguntar e foi empurrado e estapeado sem pena por uma mulher despeitada que nunca teve a atenção de Frederico como amigo e agora tinha perdido de vez o bonito e viril Rivero que agora estava de quatro pela patroa.

Raquel -  Seu maldito te odeio! _ disse com a voz carregada de raiva.

Frederico -  Tá louca Raquel? _ segurou ela pelos punhos e tentou conter a fúria dela _ eu não to entendendo nada dessa fúria sua.

Raquel - Tanto tempo aos seus pés pra você me rejeitar e ficar com a patroa _ se soltou dele e começou a andar de um lado pro outro _ sou uma idiota mesmo, era pra eu te entregar pro patrão agora mesmo e assim esse casinho acabaria.

Frederico - Não vai fazer nada _ fechou a porta e pegou ela pelo braço arrastando pra o seu quarto _ e o que tenho com Cristina não é um caso, nunca foi e nem vai ser.

Raquel - Se não acabar com ela vou contar tudo pro patrão e ai sofrera as consequências dos seus atos e sua "amada" vai sofrer ainda mais _ disse com um sorriso gélido. 

Frederico - Faz alguma coisa com a minha mulher que eu te afogo da cachoeira  _ segurou o pescoço dela e apertou sem pena deixando ela sem ar por alguns segundos e a soltou jogando no chão _ sabe que não sou esse machos frouxos que se deixam ser mandados ne?

Raquel - Você vai se arrepender covarde _ massageava o pescoço que doía com a força que ele tinha feito _ isso a patroa vai ficar sabendo com certeza! 

Frederico -  Ela não vai acreditar, mas agora saia do meu quarto e de bico calado do que viu e ouviu entendeu? Se não vai acordar com a boca cheia de formiga _ pegou ela pelos cabelos arrastando pra fora de casa _ não vai me testar verdade?

Ela olhou assustada pra Frederico e balançou a cabeça negativamente e saiu correndo, quando viu ela longe entrou fechando a porta e se sentiu péssimo por ter pegado pesado, mas tinha que ser ameaçador e assim manter o segredo do seu relacionamento com Cristina. 

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Naquela mesma noite...

Vicenta olhou uma última vez seu menino dormindo tranquilamente e sorriu agradecendo por ele está tão feliz mesmo sem saber a verdadeira história da sua origem, já que nunca perguntou jamais de onde veio ou quem era seus pais biológicos, a mentira de que ele era filho de pais pobres que o deixaram pra trás era a mais confiável e não podia contar nunca a verdade, mas isso estava por mudar. 

A noite estava nublada e ela resolveu preparar um café pra tomar sozinha, mas escutou o barulho de um motor de carro e a porta ser batida com impaciência, saiu da cozinha e foi abrir a porta encontrando uma mulher com cara de poucos amigos, atrás dela mais afastado um homem de preto perto do carro apenas observando.

Vicenta - O que veio fazer aqui? _ não reconheceu a senhora _ não lhe conheço.

X - Soube que pegou um bebê anos atrás _ foi direta _ ele já é um homem e não sabe a verdade da sua origem até hoje.

Vicenta - Eu não sei do que fala dona, nem lhe conheço! _ tentou fechar a porta na cara dela, mas não conseguiu _ faz o favor e sai da minhas terras.

X - Deixou duas pistas no nome dele, uma que liga ao pai e a outra que liga a mãe não foi isso? _ segurou a porta com firmeza _ Rivero não é um sobrenome comum por essas terras, foi fácil achar ele e você.

Vicenta - Eu não vou responder nada até porque não te conheço _ falou nervosa _ saia da minha casa agora.

X - Claro que me conhece Vicenta, eu sou Teodora filha de Carlos Rivero _ falou com frieza _ a mulher que confio o filho e que perdeu.

Vicenta - Dona Dorinha? _ disse surpresa _ mas você estava tão...longe.

Teodora - Porque não devolveu meu filho? _ abriu a porta entrando sem cerimônia _ Não achou que eu queria conhecer ele um dia? Que não viria atrás? Te dei pra proteger ele um momento e se escondeu com meu filho por cinco anos dentro da fazenda dos Álvarez.

Vicenta - Frederico está bem onde está, o lugar dele é comigo e ninguém mais, você ia deixar ele sempre em perigo com sua profissão, eu fui e sempre serei a mãe e protetora dele.

Teodora - Só quero conviver com o meu garoto, é o que peço, quantos anos ele tem? O que gosta de fazer? Perdi mais de vinte anos da vida dele _ implorou por ultima vez.

Vicenta - E acha justo voltar agora e se revelar pra ele? Eu não vou permitir que acabe com a mente do meu garoto _ protestou sem abrir mão do segredo.

Teodora - Pois bem, se não posso ter o meu filho por bem vou ter por mal _ olhou pra ela com raiva _ Frederico vai saber quem é sua mãe de verdade.

Vicenta - Tá me ameaçando? Pois saiba dona Dorinha que eu não tenho medo e que você não vai chegar perto do meu filho _ falou sem medo ou temor.

Teodora - Isso veremos _ foi caminhando até a porta de novo _ eu não sou de me entregar tão facilmente a chantagem Vicenta, eu quero e vou recuperar meu filho.

Vicenta - É meu filho! _ segurou a porta e a abriu pra ela _ suma da minha vida e da dele enquanto não causa estragos maiores.

Teodora - O único estrago que causei foi ter dado o meu bebê a você Vicenta, e te juro pelas horas que são recuperar Frederico de você e viver ao lado do meu filho _ falou encarando ela sem medo.

Vicenta - Não tem forças pra isso, nunca teve e por isso eu criei teu filho _ foi cruel nas palavras _ não tem o direito de ter ele de novo ao seu lado.

Teodora - Mas ele tem direito de ter a mãe biológica ao seu lado e pra isso vou lutar até a morte, não se esqueça disso _ virou de costas magoada e triste por aquela conversa.

Vicenta esperou ela ir embora e trancou a porta com temor, Teodora era muito poderosa e iria lutar por recuperar o filho, o que a idosa não imaginava era que o pai de Frederico era também um homem muito poderoso ao qual ela devia um certo favor muito grande.

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