Conhecendo Drica

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O olhar de safado que Frederico tinha derretia a mais fria das mulheres e sem fazer muito esforço, só tinha que ser ele mesmo e tratar a mulher como se fosse a única no universo inteiro a existir. Com Cristina era diferente, ele tinha que mostrar que era o único homem na vida dela e estava conseguido aos poucos, trazia ela pro seu colo e a fez sentar de pernas abertas de frente a ele e com o bumbum bem em cima das suas coxas.

Frederico - Dona Cristina a senhora tem que parar de negar que me quer _ soltou os cabelos dela sem a sua permissão.

Cristina - Não estou negando, só não acho prudente uma mulher da minha idade e casada, tendo um caso com um garoto como você _ suas mãos desabotoou a camisa dele até metade mostrando seu peitoral _ mesmo com esse peitoral musculoso.

Frederico - Sua boca fala uma coisa e sua atitude outra, em quem eu confio dona? _ tirou a jaqueta dela e desceu uma alça e depois a outra sem permissão _ tão perfeita assim eu penso besteira.

Cristina - Nem comece Frederico, isso não pode acontecer _ ameaçou tentando cubrir os seios.

Frederico - Eu não posso me alongar aqui contigo minha morena, tenho umas coisas do novo trabalho pra resolver ainda hoje _ abraçou a cintura dela e beijou seu pescoço subindo até sua boca devorando seus lábios sem vergonha.

Os dois passaram alguns minutos naquela posição até que ele devolveu Cristina pro banco do motorista e ficou no seu se controlando e respirando profundamente.

Cristina - Fred... _ o olhou e deu um sorriso tímido _ obrigado por ter ajudado a me sentir viva de novo e desejável.

Frederico - Quando quiser brincar de cavalinho eu vou tá na sua cama dona Cristina _ segurou um lado do seu rosto e a beijou mais calmo e desfrutando da sua boca.

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Ele chegava no primeiro dia de trabalho, Rodolfo deixou ele com Ângelo que era o médico responsável pela saúde mental de Drica e quem não gostou da Idea do jovem cuidar dela sozinho.

Frederico - Sou Frederico Rivero, novo cuidador da patroa _ tirou o chapéu e ofereceu a mão pra apertar a dele.

Ângelo - Sou Ângelo Robles médico de sua patroa e melhor amigo _ apertou a mão dele sentindo um calafrio estranho _ como disse que se chamava? Seu sobrenome não me é estranho.

Frederico - É Rivero, sou Frederico Rivero e minha mãe Vicenta Pérez _ encarou os olhos dele com desconfiança.

Ângelo - Sua mãe por um acaso é a senhora dos doces? _ soltou a mão dele.

Frederico - Sim, é ela mesmo _ colocou a mão no bolso e bateu a ponta do pé no chão _ conhece ela?

Ângelo - Conheço de vista apenas, mas ela faz bons doces, foi com esse dinheiro que você cresceu?

Frederico - Não, ela trabalhou na fazenda de Cristina Álvarez quase toda minha infância e adolescência _ falou olhando o anel em sua mão.

Ângelo - Então vamos começar a trabalhar rapaz, já tenho os remédios anotados pra ser dado na hora correta _ abriu a maleta e entregou o papel a ele _ sabe ler verdade?

Frederico - Sim doutor, não ia ser contratado pra cuidar da patroa se fosse um ignorante _ pegou o papel guardando no bolso.

Ângelo - Eu espero que sua estadia aqui não seja por caridade _ respondeu na mesma moeda.

Frederico - Caridade? _ apertou os punhos querendo quebrar a cara dele.

Ângelo - Sim, eu falo isso porque o Rodolfo faz isso as vezes _ disse cínico _ pega tipos assim que nem você pra fazer caridade.

Frederico - Eu não preciso da caridade de ninguém, nem da sua ou do seu Rodolfo _ olhou ele com repulsa.

Ângelo - Bom aqui tá a segunda parte do seu trabalho _ deu outro papel pra ele _ aproveite a caridade, digo o trabalho.

O homem foi saindo rindo com deboche, não iria dar nenhum aviso, mas Drica não aceitava ninguém ao seu lado lhe cuidando, o próprio lhe enchia de remédios pra lhe acalmar.

Frederico - Idiota, eu vou mostrar que sou o melhor e ficar com o trabalho _ disse só pra si deixando Ângelo sair de vez.

Mas o que ele não contava era que naquele horário específico Drica acordava bastante agitada e sempre sobrava alguns tapas pras enfermeiras, e Frederico estava na frente dela que não temeu e quebrou um dos vasos em sua cabeça por cima do chapéu.

Drica - INTRUSO!!! _ gritou ficando vermelha de nervosa _ PAPAI TEM UM INTRUSO!!! _ bateu os pés várias vezes no chão.

Frederico - Sou amigo, calma dona _ tirou o chapéu jogando pro lado e se virou pra olhar ela _ Frederico!

Drica - Frederico... intruso... _ saiu correndo dele _ Papai???

Rodolfo chegava sozinho e assim que escutou a filha gritando se preocupou com ela e Frederico, não avisou ao rapaz que ela era bastante nervosa quando via pessoas novas na casa.

Rodolfo - Drica se tranquilize que não é um estranho _ correu até a filha lhe abraçando.

Drica - Homem, é um homem papai, não quero _ apertou a jaqueta do pai com medo.

Rodolfo - Ele é amigo, vai gostar dele minha filha _ disse paciente.

Frederico - Me desculpa seu Rodolfo, não sei se vou conseguir _ ele estava de cabeça baixa segurando o chapéu _ a dona não gostou de mim.

Rodolfo - Frederico por favor eu não tenho mais ninguém pra ficar nesse momento com ela, então se confiar em mim fique aqui por favor garoto _ rogou sem ter a esperança de um sim.

Frederico - Bom eu não sei se vai gostar da comparação, mas eu sempre cuidava das éguas depois de prenha e o veterinário falava que elas ficavam ariscas por causa da depressão de ter o potro retirado delas, eu vou pegar algo e já volto _ saiu correndo atrás do objeto misterioso.

Drica - O homem já foi embora? _ olhou o pai com medo ainda.

Rodolfo - Ele não vai fazer nada com você minha menina, é nosso amigo, pode confiar _ acariciou seus cabelos sorrindo carinhoso e cuidadoso trouxe ela pra cadeira e sentaram juntos.

Drica - Ele é nosso amigo papai? _ falou com certa desconfiança.

Rodolfo - Sim, nosso amigo minha vida, meu e seu _ tentava tranquilizar a mulher de todo jeito e não funcionava, ainda sentia a filha agitada.

Mas os minutos passaram e Frederico ainda não tinha chegado, o homem pensou que ele tinha desistido e entendia o temor dele na fuga, mas foi quando viu ele entrar esbaforido e com um potrinho de pelúcia nas mãos.

Frederico - Desculpa a demora patrão, eu tive que pegar um dos seus garanhões e ir em casa, mas já cheguei com o que fui buscar pra ela _ se agachou ao lado da perna dela.

Drica - Pinguinho _ arrancou das mãos de Fred e o abraçou _ você voltou pra mim.

Frederico - Que estranho, ela já deu até nome pra ele _ olhou pra Rodolfo estranhando.

Rodolfo - Bom filho... Ela não sei... _ ficou nervoso _ acho que ela já teve um parecido na infância.

Frederico - Não se preocupe com explicações patrão _ sentou ao lado dela _ eu vou conquistar a amizade e confiança da patroa, com paciência e dedicação.

A conexão que sentiu ao ver Drica foi instantánea e pura, não via uma mulher, apesar dela ser belíssima e um pouco mais velha que ele provavelmente na idade de Cristina, não tinha muita certeza já que a tristeza e melancolia tomava conta do seu olhar.

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