𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐏𝐎𝐑 𝐔𝐌 𝐇𝐀𝐒𝐇𝐈𝐑𝐀' ˢᵃⁿᵉᵐᶦ ˢʰᶦⁿᵃᶻᵘᵍᵃʷᵃ

• 𝐀 𝐅𝐚𝐥𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐀𝐥𝐠𝐮𝐞́𝐦 •

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Há apenas três dias, o Hashira das Chamas, Rengoku Kyojuro, faleceu em uma batalha e foi enterrado num cemitério perto da casa Mestre.

E fazia três dias que Ayana não saia de perto.

Ela se culpava por estar se satisfazendo enquanto seu melhor amigo morria, se culpava por não ter aguentado mais um pouco andando e chegado em sua casa para que tivesse tido tempo de acompanhar Rengoku, se culpava por não poder ter dito adeus.

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Eram por volta das nove da manhã, o céu estava limpo e ensolarado porém estava frio, Ayana estava num pequeno campo perto de sua casa pegando pequenas margaridas — as flores favoritas de seu amigo — formando um pequeno buquê.

Estava com um kimono vermelho vinho que batia em seus pés conforme andava, prendeu as flores com um pequeno laço e entrou no cemitério, o local estava vazio, apenas alguns pássaros voavam por ali. Andou entre algumas fileiras de túmulos até chegar ao de seu querido amigo, se ajoelhou na frente e colocou o buquê na lápide, logo juntando as mãos e começando uma oração.

Mesmo após ter terminado os pensamentos à seu querido amigo, Ayana ficou ali, ajoelhada olhando para o local e pensando em todas as vidas que já haviam sido tiradas pelos onis, como Kyojuro.

À alguns metros, Sanemi se encontrava encarando a garota, ele sabia o quão estava abalada mesmo não demonstrando muito na frente dos outros, andou para perto de Ayana ciente de que a mesma já sabia de sua presença faz tempo.

— Ele deve estar feliz agora..— O hashira disse enquanto olhava para o local também, com seus braços cruzados.

— Sim.— Ayana respondeu se levantando do chão.

— Você...está bem?— Não era do costume de Sanemi se importar com os outros, mas ele sentia que com ela, ele deveria ser um pouco mais gentil.

— Estou, vou ir dar uma volta, até mais Sanemi-San.

E assim a garota se vira encarando os olhos do Hashira, passou pelo lado dele deixando o aroma de seu perfume no ar e foi andando calmamente para fora do local.

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Sanemi
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Eu vi, aquilo foi um sorriso falso, gentil mas falso.

Os olhos dela estavam transmitindo dor e angústia, olhei por cima do ombro e vi Ayana já mais longe, andando devagar segurando suas próprias mãos.

Eu sei que depois daquela noite combinamos de que seria apenas prazer e nada de sentimentos, mas por que eu sinto que deveria acompanhar ela? Não deixar ela sozinha nunca mais? Isso me irrita demais!

Mas foda-se esses pensamentos.

Decidi que vou segui-la, tentarei ser o mais discreto possível, só quero ver se ela vai ficar bem...nada demais não é? Isso não significa nada.

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Já havíamos andado uns cinco minutos, creio que ela estava indo para o lago mais afastado daqui, lá é bem bonito e bom para se pensar, a água é bem transparente e tem algas que brilham, além de que as árvores de lá tem uma coloração azulada e roxa.