- Obrigada - agradeço ao garçom quando me entrega uma taça com bebida.
- Ah a minha filha é modelo, teve alguns desfiles no último ano - ouço minha mãe falar para a esposa do senhor Rocco o amigo do meu pai - Mas agora que viemos para cá não sei se vai continuar, ela ainda não decidiu.
- Minha filha mais velha estudou moda, talvez conheça alguém do ramo que a ajude se quiser, uma das minhas netas quer ser modelo também - o senhor Rocco diz.
- Agradeço senhor, mas eu não vou mais modelar, continuarei no ramo, mas sem desfiles - falo.
- Por que não vai mais modelar? - a garota que chegou a um tempo questiona levando um copo de uísque aos lábios.
- É um meio cansativo - respondo e vejo ela me olhando, um sorriso de lado é visível em seus lábios e ela desvia o olhar lambendo os lábios.
Logo esquecem o assunto sobre meu trabalho e engatam em outro, acabo levantando e pedindo licença.
Caminho até o banheiro e faço xixi, abro minha bolsa e pego lencinhos umedecidos para me limpar, após limpar saio e me encaro no espelho.
Retoco meu batom rosa e verifico minha roupa, toco a maçaneta e abro a porta tomando um leve susto quando vejo a garota parada de frente a ela.
- Está ocupado ou livre? - questiona com um sorriso ladino.
- Depende sobre o que esteja perguntando - falo - O banheiro? Livre, eu? Talvez.
- Talvez não é uma palavra que eu esteja acostumada, gosto de sim ou não - diz chegando perto, sinto seu hálito de uísque e mordo os lábios - Então, livre ou ocupado?
- Livre - respondo em seu ouvido.
- Isso é bom - diz encostando os lábios nos meus e dando um leve selinho, então se afasta - Caso queira, hoje dormirei aqui e meu quarto é o segundo a esquerda.
Ela se afasta e a olho confusa, vejo ela piscar e sorri caminhando pelo corredor, respiro tentando ganhar fôlego e levo a mão ao meu pescoço, arregalo os olhos assustada quando não sinto o colar que ficava ali.
Me viro para o espelho e vejo que não está em meu pescoço, olho no chão e em todo o banheiro não o achando.
Caminho pelo corredor e vou até a mesa, procuro em todo canto e não acho, eu tenho certeza que até ir ao banheiro estive com ela.
- O que foi querida? - meu pai questiona.
- Eu perdi meu colar - falo - Mas eu posso jurar que estava com ele.
- Já olhou por onde veio? - questiona e assinto, olho pro lado e vejo Violett sorrindo ao lado de um cara, ela toca pescoço e pisca para mim.
- Eu vou procurar novamente - falo ficando de pé - Com licença.
Pego minha bolsa e quando olho não vejo mais ela, respiro fundo e lembro o local que ela falou que era seu quarto.
Subo as escadas e toco a maçaneta do segundo quarto a esquerda, vejo um quarto de decoração escura e caminho até a cama.
Me sento nela e decido esperar até que a mesma venha para o quarto.
༒︎
Ouço um barulho na porta e abro os olhos me sentando na cama e olhando para a porta, vejo ela girando a chave na fechadura e virando para me olhar.
- Onde está meu colar? - questiono ficando de pé e caminhando até ela.
- Calma amor, logo te entrego nosso cúpido - diz e sorri de lado se aproximando de mim, seu nariz passa pelo meu pescoço e aspira o cheiro - Um perfume espetacularmente bom.
- Eu também acho, mas quero meu colar - falo e ela suspira levantando e me mostrando - Me dá.
- Eu tirei, eu coloco - diz e fica atrás de mim, suas mãos passam tocando meu pescoço e então ela fecha deixando o colar preso - Prontinho.
Respiro aliviada e ela me vira, antes que eu raciocine sinto seus lábios nos meus devagar como se tivesse saboreando cada toque e movimento.
Suas mãos apertam minha cintura e outra minha nuca, sou empurrada até a cama e ela fica por cima de mim me beijando.
- Espere, eu nem a conheço direito - falo.
- Em menos de duas horas sei tudo sobre você Naila Ziogg, n foi tão difícil assim já que tem arquivos dos seus pais - diz - E eu me chamo Violett, prontinho, nos conhecemos agora, me deixe beija-la.
Ela se abaixa e toca seus lábios nos meus outra vez, seguro seu rosto e aprofundo o beijo, sinto suas mãos apertando minha bunda e arfo.
Sua boca desce por meu pescoço e mordisca o local, solto um gemido baixo e coloco minhas mãos em seus cabelos os segurando, ouvimos uma batida na porta e ela bufa se afastando.
- Espere aqui - diz e levanta caminhando até a porta - O que foi Gerson?
- Senhora é sobre as mulheres que foram liberadas das mãos do Rudolf hoje - uma voz masculina diz.
Violett sai do quarto e fecha a porta deixando as vozes abafadas do outro lado.
Suspiro e relaxo na cama esperando por ela, logo volta para o quarto e me sento.
- Sinto muito, preciso sair agora - diz isso, pega uma jaqueta e pisca para mim siando do quarto.
Franzo o cenho e respiro fundo me colocando de pé, pego minha bolsa e saio do quarto, caminho pelo imenso corredor, desço as escadas e saio querendo ir para casa.
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Violett - Entre Amor e Honra - Série Santinni's Livro III
Roman d'amourPara Violett tudo que importava era seguir aquilo para que foi designada e ela segue com maestria até encontrar duas pessoas que a fizeram vacilar por um segundo. E para a lei dos seus isso era fraqueza, e fraqueza não era aceito para eles. **** - V...