Quattordici

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- Tudo de acordo com o que a senhora quis - meu amigo diz e assinto

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- Tudo de acordo com o que a senhora quis - meu amigo diz e assinto.

- Ótimo, vamos ficar no aguardo para que aquilo aconteça - falo.

- E as crianças? - pergunta - O que vai fazer com elas?

- Ainda não sei, não quero responsabilidades nesse momento, vou ver o que faço - digo - Não quer adotar três pestinhas?

- Não, nem sei se um dia vou querer - diz se endireitando na poltrona - Querendo ou não são seus cunhados, acho que como Nicholas é o mais velho ficará com ele a guarda.

- Nich não cuida dele, não vai conseguir cuidar de três pestes - falo bebendo meu uísque - Talvez arrume alguém de perto para cuidar deles só não sei quem.

- Sua irmã? - questiona.

- Oh não, para onde vai com esse tanto de filhos? Além do mais ela parou no Axel, disse que não quer mais filhos - falo - Daremos um jeito, por isso vamos esperar até que os três partam dessa para melhor.

- Vai contar ao garoto? - questiono e balanço a cabeça.

- Não, há certas coisas que são necessárias esconder - falo - Talvez um dia eu diga.

- Não acho que esconder algo do tipo seja viável, mas você sabe as escolhas que faz - diz - Agora preciso ir resolver aquele outro assunto.

- Ok, nos veremos amanhã - falo ficando de pé, caminhamos para fora do escritório até a sala, ele se despede e sai.

Quando vou subir as escadas até meu quarto a campainha da minha casa toca, talvez Gerson tenha esquecido algo, ao abrir a porta e vejo meus pais.

- O que estão fazendo aqui? - questiono.

- É uma hora ruim? - minha mãe questiona meio triste suspiro e nego.

- Mesmo se fosse querida, não me importo e vou entrar - meu pai diz apertando ela de lado.

- Desculpe mãe - falo e abraço ela beijando seu rosto, ela sorri e me beija de volta - Entrem.

Dou espaço e eles caminham até o sofá se sentando, fecho a porta e olho para eles.

- Então o que os trazem aqui? - pergunto ficando de frente a eles.

- Sua mãe disse que estava escondendo alguma coisa da gente - meu pai diz e olho para eles com cenho franzido.

- Não estou escondendo nada - falo.

- É só que você quase não me ligou essa semana e estava diferente, fiquei preocupada, está doente? - questiona com seu jeitinho.

- Não estou doente, estou bem na verdade - respondo.

- O que é isso? - questiona levantando um boneco do Nicholas, só então me lembro que não falei a eles sobre os dois.

- Um boneco do meu namorado - respondo e ela me olham, meu pai franzindo o cenho e minha mãe com um sorriso.

- Está namorando desde quando? - eles questiona, dou de ombros.

- Onde ele está filha? - minha mãe questiona.

- No quarto - respondo - Com nossa namorada.

A cara que eles fazem é até engraçada, vejo minha mãe tentando processar o que disse quando ouço passos na escada e Nicholas desce correndo.

- Vio ajuda a Naila quer me matar de coceguinhas! - Nicholas grita correndo, me abraçando e escondendo o rosto em mim.

- Você roubou meu docinho Nich, não é justo - a outra diz correndo também para perto de mim e para assim que vê meus pais, ela arregala os olhos e se esconde atrás de mim.

- Uau - ouço minha mãe dizer - Eu disse Rocco Santinni, ela estava escondendo algo.

- Mãe, pai, esses são Naila que já conhecem e Nicholas, meus namorados - falo colocando os dois para olharem para os meus pais - E esses são seus sogros os meus pais.

- Oi - Nicholas diz envergonhado - Eu sou o Nich.

- Oi Nich, você é fofinho - minha mãe diz sorrindo - E lindinho também.

- Você também é lindinha, parece uma princesa igual a Vio e Naila - diz envergonhado, meu pai quase rosna e Nich se esconde atrás de mim - Eita ele vai brigar com eu.

- Não vai neném - falo - Pai, pare de assustar ele.

- Olá senhores - Naila fala - Acho que lembram de mim.

- Sim, você é a filha daquele casal amigo do meu marido - minha mãe diz sorrindo - Também é muito linda.

- Obrigada, a senhora também - diz tímida e me aperta quando meu pai bufa, reviro os olhos para ele - Acho que vamos voltar para o quarto, vocês estavam conversando.

- Podem ficar - dona Karin diz - adoraria conversar mais com vocês enquanto minha filha e marido conversam sobre... Trabalho.

- Voltarei daqui a pouco - falo e beijo os dois.

Caminho pro meu escritório e meu pai vem atrás, me sento em minha mesa e ele fica a minha frente.

- Desde quando está namorando? - questiona.

- Não sei ao certo, diria que um mês já que foi o tempo que os conheci - ele arqueia a sobrancelha me olhando - O que?

- Um mês que os conheceu e já estão juntos? - questiona e assinto.

- De início foi obsessão - admito - Ainda tem, e de forma alguma deixarei eles irem embora.

- Entendo - diz me avaliando - Sabe que a partir do momento que assumir algo sério eles correm perigo não sabe?

- Sim pai, eu sei - falo.

- Vai ter que protegê-los muito bem, pois nosso meio é um lugar machista, preconceituoso e opressor - diz.

- Estou ciente de tudo isso pai, não se preocupe - falo - Além de preparada é claro.

- Só não quero que cometa os erros que cometi com sua mãe ao pensar que protegia ela com minha atitudes - diz suspirando - Não fez bem para ela e nem para nós.

- Não se preocupe pai, não vou cometer, estou ciente de tudo, o que pensar eu já terei resolvido - falo.

- Você e sua irmã sempre foram espertas - diz.

- Diferente de você né pai - falo e ele me olha - Sinto muito, é a verdade, seu senso de proteção é meio ultrapassado.

- De qualquer forma precisa ficar alerta ok? - assinto - Mas porquê dois?

- Não sei, não escolhi criar uma obsessão por ninguém, nem queria isso - falo - Mas aconteceu e eles não vão embora, simples assim.

Continuamos bebendo e conversando um pouco e logo voltamos para a sala onde os outros três estão.

Me sento e Nicholas e Naila ficam ao meu lado, meu pai abraça minha mãe pelos ombros e aperta ela parecendo ciumento.

Reviro os olhos, não preciso morrer de ciúmes pois sei que o que é meu, é somente meu, se alguém ficar de gracinha é só dar de presente uma caixa de madeira a ele e pronto.

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Violett - Entre Amor e Honra - Série Santinni's Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora