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Capítulo 1 | Primeiro dia

Faz aproximadamente um mês desde que fiz uma prova de seleção para entrar em uma das escolas de ensino médio mais concorridas da região, eu não estava alimentando qualquer esperança já que eu me encontrei em bastante dificuldade enquanto respondia as questões, já me certificando que não iria passar de forma alguma, até mesmo já chequei segundas opções que eu pudesse aderir no momento em que eu recebesse a resposta do teste em desaprovação. Mas a conclusão foi surpreendente.

Era uma manhã ensolarada de domingo quando acordei com uma notificação duvidosa no meu celular e foi assim que recebi um "aprovado". Tive que olhar para a tela mais de uma vez para ter certeza que havia lido certo, meu coração deu um salto, era verdade, eu passei em uma prova complicada que nem mesmo me sentia capaz de alcançar um bom resultado!

Hoje é uma segunda-feira atípica, acordei cedo pela manhã fria para que pudesse checar todas as coisas que eu havia organizado ontem a noite. Minhas roupas estavam dentro da mala, meus matérias dentro de uma mochila, meus pertences mais importantes estavam dentro de uma sacola ecológica que uso diariamente como bolsa e eu estava com o celular em mãos. Acho que isso é tudo. 

Após minha higiene matinal e ao trocar de roupa do pijama para algo mais confortável e quente, deixei minhas malas próximas da porta central da casa. 

—Deidara, já vai ir, querido? -Minha mãe surgiu de trás do pilar que dividia a cozinha do corredor de entrada. Ela se aproximou de mim com um sorriso humilde.

—Sim, está quase na hora da aula -Afirmei colocando a mochila nas costas e segurando a sacola. 

—É uma pena que não pode se despedir de seu pai… 

—Você sabe que ele não se importa -Dei uma risada nasal sem emoção. Um clima pesado se estabeleceu entre nós, mas minha mãe não se abalou com isso.

—Prometi que não iria me sensibilizar… Mas vai ser triste não te ter em casa todos os dias -Ela lamentou com um sorriso tristonho e em seguida me abraçou com profundo carinho, no qual mal pude retribuir pela quantidade de pertences que carregava.

—Não se preocupe, a escola é aqui perto, posso vir sempre que quiser. -Dei um sorriso despreocupado. Preciso mostrar o quão bem estou para a influenciar também, não quero a ver deprimida pela minha partida.

—Tudo bem, me mande mensagem no final do dia me contanto tudo! -Ela falou cheia de emoção, me deixando mais confiante em finalmente partir. 

—Está bem -Abri um sorriso antes de uma longa despedida e em seguida me dei por seguir meu caminho até a escola pelas ruas frias que me fizeram subir um arrepio assim que pus-me para fora de casa.

Fico tranquilo em relação as minhas malas ainda próximos da porta de entrada, já que a escola se responsabilizará por buscar todos os pertences dos estudantes e os levá-los para seus devidos dormitórios até a hora da aula acabar.

Essa situação é totalmente nova pra mim, nunca imaginei que fosse morar em uma escola antes, confesso que estou nervoso com a nova vida que estou prestes a começar a partir de hoje, essa manhã de inverno está tão tranquila, nem parece que será um momento tão significativo… 

Agarrei forte a alça da sacola no momento em que parei em frente aos enormes portões tumultuados da escola, aquelas vozes animadas se misturaram com uma rajada de vento que me fez apressar o passo para dentro da grande construção cheia de janelas e com um aspecto de arquitetura antiga. É uma pena que não pude observar o pátio com mais detalhes, bem, vou deixar isso para mais tarde.

Assim que pisei dentro da escola já me sinto perdido observando toda aquela movimentação de estudantes vindo e indo de todos os lados, mesclando a confusão com vozes vinda de todos os lugares. Olho em volta, decidindo abrir caminho pelo meio das pessoas até que chegasse a um corredor mais calmo, onde começo a me sinalizar com placas que indicavam algumas salas de aula e… A sala do diretor!