Capítulo 13 | Sentimentos confusos

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Ao nos sentarmos na mesa, eu e minha mãe nos aliamos e passamos ignorar a presença do meu pai, voltando a focar em outros assuntos.

Ela não conseguia conter sua curiosidade em relação a Sasori.

-Então, querido... -Ela o olhou com carinho -Conte mais sobre você... onde você mora?

-É na mesma rua que a escola, por isso passo lá com bastante frequência... -Ele respondeu distraído enquanto segurava os hashis.

-E você mora com seus pais?

Sasori negou de cabeça baixa. Sua aura está tensa, isso me deu calafrios... Seria culpa do meu pai e sua falta de delicadeza?

-Com minha avó.

-Você almoça em casa todos os dias? -Perguntei arrancando um enorme peso que estava grudado no meu coração a um tempo, mesmo que seja uma pergunta simples, andava me corroendo a um tempo.

-Sim... -Ele respondeu me estranhando, trocamos olhares rápidos mas fui capaz de ler seus pensamentos, era como se pensasse "Por que não perguntou antes?". Talvez ele tenha notado minha ênfase no momento de perguntar, que vergonha!

-E cadê seus pais, garoto? -Meu pai perguntou de forma indelicada, jogando a pergunta como um tijolo. Sasori fez uma careta rápida antes de contê-la.

-Não quero falar sobre isso.

Meu pai fez uma careta enquanto dava de ombros e levantava as palmas ao lado do corpo. Ele não sabe pedir desculpas? Esse homem é muito irritante, se ele incomodar Sasori mais uma vez...

Passei um tempo conversando com minha mãe já que ela tinha me perguntado oque aconteceu com o meu rosto machucado, inventei uma mentira, dizendo que tinha caído da escada da escola e me machuquei, por isso não compareci ontem.

Sasori me encarou de canto de olho, como se estivesse me conferindo ao decorrer que eu contava a mentira. Será que ficou convincente?

-Tome mais cuidado, querido! -Minha mãe exclamou assustada após tomar um pouco de aguá -Pelo menos você não se meteu em briga...

Eu e Sasori trocamos olhares rápidos, claro que pensávamos a mesma coisa: "É melhor deixar as coisas como estão".

-Quem me salvou foi Sasori -Deixei um leve sorriso sincero escapar pelos meus lábios.

-Outra coisa para eu te agradecer -Minha mãe colocou a mão sobre o peito e encarou o ruivo, que deu um sorriso fraco e convincente. Isso não foi uma mentira, ele quem me ajudou depois da briga!

-Fiquei preocupado quando vi sangue escorrer pela boca dele... -O garoto murmurou olhando para o prato já vazio, de forma reflexiva.

-Eu imagino o susto -Ela concordou afirmando com a cabeça levemente -Pelo menos está tudo bem agora.

-Deidara sempre foi meio tonto -Meu pai se meteu no assunto. Todos o ignoramos.

-Deidara está se saindo muito bem em matemática -O ruivo comentou como se quisesse contrariar os argumentos do meu pai, ele falou de forma estranhamente orgulhosa.

-Jura? -Minha mãe parecia chocada e em seguida deu um sorriso humilde -Ele nunca foi o melhor aluno em matemática...

-Confesso que suas habilidades até me surpreenderam... -Sasori continuou após tomar um gole de água. Do que esse maluco está falando? É tudo mentira!

-É difícil imaginá-lo bom em outra coisa a não ser desenhar -Ignorei os comentários do meu pai. Porque ele não sai da mesa, hum?

-Que alívio ouvir isso -Minha mãe trocou olhares carinhosos comigo. Pare de acreditar nisso!

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