Ela me encarava abismada por eu conhecer algo que só havia na cidade dela.
- Annie Leonhart, Bertholdt Hoover. Estou certa? -
Disse arrumando meu cabelo e limpando minhas lágrimas. Eles me olhavam assustados.
- hoje você causou um grande alvoroço Bertholdt... Eu quase morri -
Soltei uma risada irônica. Reiner se aproximou e encarou os amigos, cruzado os braços frente ao peito.
- por acaso aconteceu algo hoje fora do normal? -
- sim... -
Bertholdt o respondeu com um olhar confuso. Reiner me olhou "minha vida esta em risco aqui!" em seguida apoiou o braço sobre meu ombro.
- Ela sabe de tudo! -
Annie arregalou os olhos assim como Bertholdt, ao ouvirem essas palavras da boca de Reiner.
- Reiner você não faz ideia do que eu e Bertholdt fomos forçados a fazer... -
- matar Marco. -
Falei prendendo meu cabelo em um coque alto.
- c-c-come você sabe? -
- vou precisar de um tempo para explicar... Pelo visto algumas coisas na história ja foram alteradas a partir do momento que entrei aqui...-
Falei esfregando o cenho, enquanto eles me olhavam confusos.
- Eren, ele realmente pode se transformar em um titã? -
Reiner perguntou encarando Bertholdt "ele esta diferente, parece mais sério que o normal"
- sim. -
Reiner me olhou sério.
- tem minha confiança. -
Após dizer isso ele adentrou o edifício, me deixando ali sozinha com Annie e Bertholdt.
- podemos conversar amanhã? estou muito cansada... -
- faça o que quiser... Mas... -
Ela aproximou os lábios do meu ouvido.
- ...não vacila, temos uma missão e vamos cumpri la a todo custo. -
"Isso foi uma ameaça!!?" me afastei e a encarei firme.
- vou me assegurar que tudo saia perfeitamente bem! -
Olhei para Bertholdt e em seguida tornei a olhar para Annie.
- Tenham uma ótima noite. -
Sai em passos firmes, sentindo os olhares deles sobre mim até que cheguei a um corredor com alguns quartos "onde será que Reiner esta?" comecei a caminhar até avistar uma das portas entreaberta, dei uma leve batida.
- Reiner? -
- pode entrar... -
Sua voz grave saiu baixa como se cuidasse para não fazer muito barulho. Logo que entrei me deparei com ele sem a camisa próximo a janela, parecia perdido em seus pensamentos.
- esta tudo bem? -
Perguntei me aproximando.
- não muito... -
Eu ja sábia das diversas dificuldades psicológicas e transtornos que ele sofria, devido tudo que havia passado para chegar até onde está, e por tudo que esta tendo que fazer para cumprir sua missão. Agora ele deve estar se sentindo mau pela morte de Marco.
Me aproximei um pouco mais e toquei carinhosamente seu braço.
- você precisa descansar, andamos muito para chegar até aqui... -
Ele olhou no fundo dos meus olhos, mesmo com a pouca luminosidade no ambiente pude ver seus olhos cheios de lágrimas que se recusavam rolar. Pensei em algo para consolar sua mente e relaxar seu corpo.
Tirei toda aquela roupa suja ficando apenas com minha camiseta e a calça branca do uniforme. Ele me observou fazer aquilo, em seguida fui até a cama de solteiro que havia ali e me deitei estendendo meus braços para ele.
- eu deixo você dormir abraçado comigo, mas só hoje ouviu... -
Ele deu um sorriso fraco e arrastou seu corpo até mim, ele escondeu o rosto na curva do meu pescoço e deixou os braços relaxados ao lado do meu corpo "sempre que meu pai chegava exausto do trabalho, mamãe fazia isso, quando eu ou minhas irmãs tinhamos um momento difícil, ela fazia o mesmo. Ela dizia que o abraço, o beijo, o toque são remédios especiais, curam muitos males que os remédios de farmácias não podem curar." senti Reiner soltar um longo suspiro a aconchegar a cabeça sobre meu peito. Eu o envolvi com um dos meus braços, fazendo um movimento de vai e vem com a ponta dos meus dedos, sobre a pele macia de suas costas. Com a outra mão comecei a fazer um cafuné, entrelaçando meus dedos em seus fios louros e macios.
Rapidamente ele pegou no sono, pude sentir seu corpo ficar relaxado e sua respiração pesada. Comecei a observar o homem ali deitado agarrado ao meu corpo, com o semblante contraído "mesmo dormindo ele ainda parece preocupado" levei minha mão até seu rosto e comecei a acaricia lo e fazer uma leve massagem em seu cenho, aos poucos vi ele ir relaxando, parei após contemplar um rosto relaxado e mergulhado em um sono profundo. Mas, não deixei de ficar o admirando dormir "ele realmente confiou em mim..." passei minha mão carinhosamente sobre seu cabelo "a primeira vez que ouvi sobre você, não gostei muito, tudo piorou quando você "traiu" a Divisão de reconhecimento. No entanto ao decorrer da história, pude compreender todos seus motivos e passei a aceitar você novamente como um personagem. Mas, quando te vi pessoalmente fui tudo tão diferente..." deslizei minha mão até seu rosto, a deixei apoiada em sua mandíbula enquanto acariciava sua bochecha com meu polegar. "...fiquei junto com você por um dia, e parece que já te conheço há anos..." meu coração estava batendo de uma forma tão tranquila ali, parece que por um tempo meu corpo estava sentindo paz por completo.
"Talvez eu fique aqui um pouco mais..."
Me aconcheguei junto dele e deixei que o sono me tomasse.
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Um Amor Blindado
FanfictionLua é uma jovem garota que após um doloroso período de luto, por perder sua família em um acidente automobilístico, começou sua vida solitária, em um emprego cansativo. Mas ela ainda tem um pequeno consolo, sua prima, Clara. Uma otaku fanática, que...