Uma disputa deliciosa

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Me arrumei ao máximo, coloquei um decote que realçou os meus seios. Uma saia preta com glitter, e a bota que estou usando é preta também.
O meu cabelo está liso, e a minha franja está bem lisa também. Passei uma maquiagem simples, mas bonita.
Meu batom é vermelho, meu delineado é curto, mas bonito, realçaram meus olhos azuis.
E eu simplesmente estava pronta.

Esperei Rio me buscar, e em silêncio ele o fez.
Estava estranho. A sensação é de que estou sendo sequestrada. Tentei sorrir, mas o seu desconforto era notável.
Até ele soltar:
-Não precisa fazer isso.-

-O quê?- Não sei se ele está se referindo a festa, mas acho que sim.

-A festa, não precisa ir.-

-Mas eu quero.-

-Então tá.

Entrei no seu carro, um Jeep. Já tive tanto medo de ele me atropelar com esse carro, mas hoje em dia não sinto nada. Estando dentro dele é mais fácil não ter medo.
O clima estava muito pior do que eu tinha imaginado.
Claro, quase mandei ele tomar no cu. O mínimo que meu chefe poderia fazer é ficar em silêncio, porque se eu fosse ele já teria me matado.

Entramos de mãos dadas na festa. Tenho que fingir se quero conseguir os cinco mil dólares.
Rio sorriu quando seus amigos o cumprimentaram.
Ele soltou a minha mão, e foi atrás deles.
Que péssimo namorado ele seria. Como que deixa uma pessoa que não conhece ninguém sozinha?

Avistei um bar, e pensei.
É melhor eu não beber.

Sai de lá, e fui procurar Rio.
Ele estava sentado conversando com uns amigos.
Me aproximei, e ele me apresentou.

-Essa é Elizabeth Marcks. Minha namorada.- Sorri, e todos me cumprimentaram.
Elizabeth marcks. Essa deve ser a primeira vez que ele fala o meu nome completo.

-Ah, não acredito!- Um dos amigos dele diz.
O cara é bem bonito, olhos azuis e cabelos louros. -Perdemos a aposta.-

-Duvido! Da um beijo para a gente ver!- Uma garota falou.

Rio me olha, e percebe que minha cara está desconfortável. Ele fala para os amigos pararem, e que não vamos nos beijar porque eu tenho vergonha de beijar em público.
Tá, justo.
Por cinco mil.

-Eliza, vem aqui.- Ele pega a minha mão. Aquele anel, aquele maldito anel.
Rio me leva até um canto da festa, e começa a falar:
-Eu sei, eu sei que você me detesta. Mas eu não queria ter passado dos limites. Não deveria ter falado daquele jeito com você, mesmo sendo o seu chefe tenho que te respeitar. Me desculpe.-
Ah Rio... se soubesse quanto eu te xinguei só hoje...

-Tá.

-Não precisa fazer nada que não queira.- Ele se refere ao beijo.

- Eu sei. Não vou.

Ele assente, e volta para a rodinha dos amigos.
Me sento em um canto da rodinha, e fico olhando para Rio. O jeito que ele está sorrindo, o jeito que ele faz piadas com os amigos idiotas. É de se admirar . É muito bom ver ele sem aquele olhar que me deixa sem ar.

"I need a gangsta, to love me better."
Essa música que eu adoro começa a tocar, não, preciso dançar.

Me levanto, e vou até um lugar, nele tem uma barra. Uma barra de pole dance. A quanto tempo não vejo uma.
Já fui em uma festa em que tinha uma dessas.

Tentei ver se conseguia fazer os mesmos passos.
Segurei na barra, e senti a música nos meus ouvidos.
Dancei na barra, dancei olhando para o gangster que estava me comendo com os olhos.
O mesmo nem disfarçava.

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