Professor substituto

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Estava caminhando para a sala quando avisto um homem com pouco mais de 20 anos, ele era alto, bonito, cabelos mais longos que a média, braços que marcavam a camisa e um cavanhaque lindo.
Será que ele era um aluno novo?Acho que não, pois, estávamos no meio do ano, e as férias já passaram. Me aproximei da porta, avistei os olhos dele me olhando, ele era o professor, não um aluno.

Puta que pariu, que homem gostoso.

Só estávamos nós dois, eu fui a primeira a chegar. O silêncio estava mais do que o necessário, até ele o cortar.

-Seja bem vinda, - disse ele com um intervalo- qual é o seu nome?

-Ruby. 

-Hmm, Ruby. Bom, acho que os outros esqueceram que teríamos aula hoje.
O professor tinha um sorriso bonito.

-Não, eles só estão fazendo hora para subir, você é o novo professor? Está mais parecido com um aluno.

-Ah, obrigado. Mas não, eu sou o professor substituto, Cláudio descobriu que estava com uma pedra no rim, e teve que ser internado.

-Nossa, que bosta. - Menti, não gostava nem um pouco daquele professor, odeio a matéria dele e a sua presunção, o mesmo acha que é melhor que todo mundo. - Qual é o seu nome?

- Felipe.

Assim que ele termina de falar o seu nome, o sinal toca, os alunos entram na sala e a aula começa.
Felipe se apresentou para os alunos e eu não conseguia tirar os olhos dele.

Assim que os tempos dele acabaram e todos foram para o recreio, ficamos só nós dois de novo. Aquele maldito silêncio estava presente também.

-Então...

-Por que me olhou...?

-Oi?

-Por que me olhou o tempo todo?

-Estava prestando atenção na sua aula. - Menti, nem sequer disfarçava. Olhava pra ele como um predador olha para a sua presa. O tal substituto mordeu os lábios.

-O que você quer, Ruby?

-Nada ué.

Ele se aproxima, minha respiração fica mais forte.

-Vou repetir. O que você quer? - agora ele está mais próximo, suas mãos tocam os meus cabelos longos e castanhos e eu consigo sentir a sua respiração bem perto do meu rosto.

-Não posso querer o que eu quero no momento. Você é o meu professor.

-Sou apenas o substituto. Tenho quase a sua idade e quero o mesmo que você quer.

Ele coloca a mão na minha nuca e checa se alguém está vindo. Ninguém. Não tem ninguém no andar. Estamos só nós.
Pronto. Seus lábios estão tocando os meus. Sua língua explora a minha boca como se nunca tivesse beijado ninguém antes. Porém, ele beijava muito bem. Muito melhor do que os garotos que eu já peguei. Ele era diferente, ele parecia ter mais experiência.

Assim que o beijo termina, eu abro os olhos e deixo ele ver um sorriso brotar em minha face.

-O recreio já vai terminar. É melhor você comer.

-Que tal você me comer.

-Garota... não me fala isso no meio do expediente. Amanhã, espero você aqui, só que mais cedo. - Ele se aproxima e fala nos meus ouvidos. - Não use calcinha.

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