Amor? Paixão? Ou somente a razão?

191 17 0
                                    


Seus lábios eram devorados com fervor. Grunhidos e gemidos ecoavam durante o ósculo. Tendo seu corpo sendo prensado contra o gramado.

O local era familiar. Mas a mão atrevida do Juiz, o fazia perder qualquer noção da realidade. Sua pele era quente, e até mesmo delicada para um homem tão ríspido. Sentiu uma leve mordida em seu ombro, seguido de um olhar devorador.

— Tão sensível... — a voz saia rouca, quase que inaudível.

Aquilo tudo era novo, e tudo tão intenso.

— Sua pele é macia...

— Ahh... Minos... — seu pescoço agora era alvo de mordidas, chupões, o sentia marcando cada parte de seu corpo.

Estava completamente rendido. Entregue.

— Alba... — a voz saiu em um tom diferente, entretanto, familiar.

Os toques e os beijos do Juiz eram tão quentes, tão firmes que não racionalizava direito. Aquilo tudo era tão real e ao mesmo tempo não era.

Minos desceu os lábios até o cós de sua calça e o encarou lambendo os lábios. Não disse uma palavra sequer. Apenas com o olhar incitava seu desejo de devorá-lo por completo, fazendo Albafica estremecer em ansiedade e insegurança.

Sua calça foi retirada sem muita paciência.

— PEIXINHOOOO!!!!

Era madrugada quando a voz estridente proposital de Manigold fez com que o pisciano acordasse em choque.

Depois que voltou ao santuário, Albafica foi diretamente ao seu posto. Devido a sua noite mal dormida e seu dia um tanto cansativo, acabou pegando no sono encostado em um dos pilares de seu templo. E também, devido ao encontro recente com Minos, suas emoções falavam mais alto e consequentemente, deixando o juiz invadir até mesmo seus sonhos.

— Andou roubando os óculos do Degel? — questionou ao ver o companheiro com o objeto inusitado em mãos.

— Manigold!? — levantou-se de sobressalto com o susto repentino, sem contar que tremia um pouco. Estava excitado devido ao recente sonho erótico com o Juiz.

— Com o que anda sonhando hein peixinho?

Realmente, a última pessoa no mundo que esperava o encontrar naquela situação seria o canceriano.

— Com nada Many! — disfarçou uma falsa irritação. — Não precisava me acordar assim. E... eu uso de vez em quando. Ou acha que o Degel é o único que usa óculos em todo o santuário? — respondeu ríspido, pois odiava ter que mentir, no entanto, era necessário.

— Nossa, até quando acorda você está de mau humor. Apenas vim te fazer companhia. O carneirinho tá preocupado com você.

— Shion é um pouco exagerado. Eu estou bem!

— Sim, ele pode ser exagerado. Mas seus instintos nunca se enganam. Eu também quase não te vi mais. Parece estar evitando todos nós.

— E desde quando vocês parecem me conhecer tanto?

— Que você é recluso todos sabemos. Mas deprimido não!

— Não estou deprimido, Many! De onde tirou isso?

— Já disse, o carneirinho me contou como você chegou esses dias. Sem contar que estou o dia inteiro no posto dele hoje por ele ter que te cobrir.

— O Shion fala demais...

— Pelo contrário, esqueceu que ele é nossa muralha. Ele não foi escolhido como guardião da primeira casa à toa. Sabe como ele leva isso ao pé da letra.

Rosa AlbaOnde histórias criam vida. Descubra agora