Da Intervenção ao Pesadelo

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Ok, eu sei que demorei pra postar esse capítulo, mas, em minha defesa aconteceram muitas coisas nesse período.
Contarei depois do bônus que deixarei como pedido de desculpas.
Sem mais delongas,
Boa leitura!



Seus olhos se abriram vagamente após ouvir passos em seu cômodo. Sua vista embaçada captou um objeto sendo depositado em uma cômoda improvisada ao lado de sua cama.

— O que faz aqui Many? — sua voz saiu manhosa, acompanhada de uma leve careta quando percebeu a aproximação do amigo inconveniente.

Manigold não perdeu cada detalhe do cômodo e da expressão boba do companheiro. Depois de achar estranha tanto suas atitudes quanto a visita do pássaro inusitado ao templo do amigo, resolveu fazer sua própria investigação e abdicando de seu orgulho, pediu ajuda a Shion.

— Você deixou cair. Eu ia entregar ontem à noite, mas não parecia bem. Nem vi você chegar.

— Estou cansado, só isso. Esses últimos dias foram turbulentos — em seus lábios já se formava um discreto sorriso ao ver os óculos de Minos.

— Estamos cientes Alba — dessa vez fora a voz de Shion que o pegou totalmente despreparado, olhou assustado para o Ariano.

— O que é isso? Uma intervenção? — resmungou.

— Que isso, peixinho, só estamos preocupados.

— Precisamos estar mais unidos do que nunca agora — disse Shion se explicando. — Dohko foi mandado em missão para uma cidade pacata da Europa. Parece que a movimentação de espectros tem aumentado consideravelmente por lá. O Patriarca suspeita que o hospedeiro de Hades esteja naquelas redondezas.

Albafica enrolou seu corpo no lençol, quando percebeu que dormiu apenas de toalha e que ela se desprendeu de seu corpo durante o sono. Sempre fora um tanto reservado com relação ao seu corpo, suas bochechas coraram ao perceber o olhar dos dois cavaleiros para si, principalmente de Manigold.

— Entendo... — respondeu sem jeito.

Shion percebendo o constrangimento de seu amigo afastou o olhar e começou a procurar por algo suspeito, assim como Manigold fez.

— O velho falou que não precisa se reportar com ele hoje. Parece que ele cancelou com todo mundo, menos com o metido a Buda.

— Asmita?

— Sim. Precisamos ficar em alerta Alba. É difícil para o Patriarca manter todos os cavaleiros no Santuário com todos esses acontecimentos. Sei que tudo isso é difícil, mas, precisamos ter mais cuidado daqui em diante. Nossas rondas vão ser mais duradouras porque mais cavaleiros foram mandados em missão. Inclusive eu, que irei amanhã para Jamiel — respondeu Shion.

— Certo... — respondeu intrigado. O Patriarca parecia tão intimidador quando pediu para se reportar novamente a ele, que cancelar, não fazia sentido algum.

— Bem, de qualquer forma estamos indo peixinho. Só viemos ver como estava e trazer o recado do velho.

Shion encarava Manigold cansado, não adiantava repreendê-lo ao pedir respeito ao Grande Mestre. Para ele, era sempre "O Velho."

— Esperem... Antes de irem, quero pedir desculpas por ter sido rude e deixar vocês preocupados.

— Que isso peixinho — Manigold correu em direção ao pisciano dando um abraço. — Sabe que a gente te ama.

— Many! Já disse pra não chegar perto. Ainda mais comigo assim — referiu-se a estar quase nu.

— Mas o que é isso, peixinho. Anda colecionando velharias que nem o Degel agora? — o canceriano viu o livro e o papiro jogados na cama do pisciano. E como bom inconveniente que era, os pegou.

Rosa AlbaOnde histórias criam vida. Descubra agora