O amor é suficiente?

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Seu corpo preguiçoso procurava pelo outro.

Abriu os olhos rapidamente e se levantou à procura de sua Rosa, mas era tarde demais, procurou por todos os cômodos, mas ele já não estava mais ali.

Voltando para o quarto se deparou com seus óculos e uma rosa branca sobre um bilhete deixado por Albafica.

"Desculpe sair sem se despedir, estou atrasado com meus afazeres e devo alertá-lo que é por sua culpa.

Culpa de seu abraço quente, confortável, gostaria de permanecer nele por mais tempo.

Lhe aguardo aqui novamente meu Duque.

Não esqueça da máscara.

De sua Rosa Alba..."

— Acho que não tenho muita escolha.

Minos então retornou ao seu "inferno".

Em seus aposentos também redigiu uma mensagem a sua Rosa. Queria ele poder dizer que também estava apaixonado, mas ainda havia algo que não o permitia, seria seu orgulho? Sua vaidade?

De fato, ainda faltava algo, mas ainda não sabia o que realmente era.

Logo após saiu a procura de Lune em seu tribunal.

O espectro se encontrava em uma conversa um tanto íntima com um outro Juiz. E aquilo era muito estranho já que Lune, quase não conversava muito com os outros Juízes, a não ser por questões burocráticas.

— A que devo a honra da visita Aiacos?

Interrompeu a conversa com uma falsa indignação.

— Precisava de algumas informações Minos. Seu subordinado, ou devo dizer, seu amante é muito prestativo.

Minos estreitou os olhos, curioso.

— Como assim? Explique-se!

— Bem, acho que Lune pode lhe explicar melhor. Eu tenho muitos afazeres, por hora, não posso me dar ao luxo de dar satisfações a você, Griffon.

O espectro deixou o tribunal fazendo pouco caso da autoridade de Minos naquele local.

Minos agora olhava incrédulo para Lune que também o encarava impassível.

— E aí? Vai me dizer o que estava acontecendo aqui?

Balron pouco se importou com a pergunta e continuou com seus afazeres.

— Eu estou falando com você! — o juiz fez menção em usar a marionete mas foi impedido com uma dolorosa chicotada de seu subordinado em sua mão.

— Como ousa! — resmungou furioso.

— Como ousa você! Eu faço tudo por você e ainda assim me trata como se eu fosse um ninguém.

— Ponha-se em seu lugar — novamente atacou Lune, no entanto dessa vez seu subordinado não revidou, fazendo Minos parar instantaneamente.

Ambos se encararam, e nenhum ousava se mover.

— Eu sou a única pessoa que você tem Minos. Acha mesmo que esse cavaleiro pelo qual se apaixonou vai te aceitar para sempre? — ainda havia mágoa e ciúmes em seu tom de voz.

— Cala a boca Lune! Você prometeu que me ajudaria. Bancar o ciumento não vai fazer eu me apaixonar por você! — respondeu nervoso..

— Olhe para você, Minos! — respondeu com um sorriso debochado. — Um dos três Juízes, se rebaixando por um servo de Athena. Você tem noção do que está fazendo? De tudo que está arriscando?

Rosa AlbaOnde histórias criam vida. Descubra agora