Meu Grifo, Minha Rosa...

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Como se controlar diante daquele homem?

Minos bem que tentou se "controlar", mas era impossível. Diante do ósculo com barulhos pra lá de obscenos, e um Albafica mais desinibido, os beijos se tornaram violentos. A ânsia e o desejo falavam mais alto, era tanto sentimento acumulado que nem pararam para respirar. Ambos demonstravam a excitação do momento, principalmente Minos que fazia questão de pressionar Albafica contra a parede. Confirmando sua teoria de que sua Rosa tinha um "grande espinho."

Já para o pisciano, era um terreno que ainda estava explorando. Inicialmente, sentiu-se envergonhado por se deixar levar, por mostrar ao Juiz o quanto ele o enchia de tesão. No entanto, essa vergonha passou quando entendeu que não era só ele que estava quase perdendo o juízo. Sentiu a ereção latejante roçar sobre a sua em tom de provocação. Minos era gostoso demais. E essa conclusão, o deixava mais louco ainda.

No calor do momento, Minos desce ambas as mãos até o bumbum durinho do cavaleiro, apertando aquela carne intocável com força.

O pisciano abriu os olhos surpreendido com o toque inusitado, gostando das novas sensações. Mas sua insegurança, dizia para parar ali. Ainda era cedo demais e não se sentia pronto.

— Sinto muito, eu acho que por enquanto isso não é certo — se afastou brevemente, sua voz saiu ofegante enquanto encarava o Juiz, que lhe ouvia atentamente.

— Perdão Rosa Alba... — Minos colou seu rosto ao do cavaleiro novamente, e próximo ao seu ouvido disse sinceramente. — É difícil se conter com alguém tão belo e gostoso como você.

Normalmente Albafica ficaria incomodado somente com a menção a sua beleza. Mas depois de tantos encontros e desavenças bobas, é difícil acreditar que Minos estivesse ali somente por sua beleza ou apenas por um capricho. A única reação que tivera foi um sorriso bobo enquanto segurava a gola do paletó do Juiz.

— Então é melhor se conter. Temos muitas coisas a resolver — desceu o toque a um dos botões, notando o quão cuidadoso com a aparência era o Juiz. — Você já deve saber que meu tempo é curto. E ambos corremos riscos de punições severas.

Minos certamente compreendeu o que se passava com sua Rosa, não houve objeção alguma. No entanto, não deixaria seu instinto possessivo de lado, e deixaria isso bem claro.

— Prometo me conter. Mas quero que saiba que não vejo a hora de você estar pronto — se afastou brevemente, e tocando os lábios de sua rosa sentenciou:

— Não vejo a hora de ouvir você gemendo meu nome de tesão enquanto te faço somente meu.

A reação de Albafica foi quase instantânea, assim como seu corpo.

— Minos! — espalmou ambas as mãos no peito do Juiz, afastando-o.

Minos riu divertido com a reação do cavaleiro. O abraçou novamente, apertando-o fortemente. Não queria soltá-lo nunca mais. Seu desejo por ele era tanto, que sua vontade era admitir para o mundo que Albafica era somente seu.

Ao ser fortemente abraçado pelo Juiz, Albafica ironicamente podia ouvir seu coração. Uma divagação veio em sua mente e acabou colocando isso em palavras.

— Quem diria... — suspirou esboçando um sorriso. — Minos de Griffon, a Estrela Celeste da Nobreza, tem coração.

— Não fale como se isso fosse surpresa. Nossos corpos são humanos — respondeu sem dar muita atenção

Era óbvio que para Minos aquilo era algo trivial, já que para ele, um homem que admirava a morte, ouvir o mais belo resquício de vida, significava nada.

Rosa AlbaOnde histórias criam vida. Descubra agora