Nota: Não costumo fazer uma pegação tão rápida assim hehe, mas considerando o fato de que os dois já são bem crescidos e o Kakucho é na minha cabeça um cara que não ficaria dando mole, resolvi dar uma adiantadinha, já que a fic também se trata da autodescoberta da [Nome]
Espero que gostem!!---//---
Acordou com um movimento e uma sensação estranha: cócegas em seu peitoral. Alguma coisa estava acariciando seu peito. Quando se deu conta que estava em sua cama, se assustou. Tudo estava claro, mas não sabia quem era a mulher que o acariciava. Levantou mais um pouco a cabeça e viu aqueles cabelos escuros espalhados pelo travesseiro e envolvendo seu pescoço. O cheiro, a aparência... Era [Nome]. Então...?
— Hm? O que foi? — Obviamente gostou de tê-la por perto. Instintivamente, passou a acariciar carinhosamente a sua cabeça. Só poderia ser um sonho! Era tão tímida e tão espinhosa... Como poderia estar tão à vontade perto dele e querer avançar as coisas assim logo pela manhã?
Mas o que recebeu em troca foi um banho de água fria. A mulher levantou a cabeça, parecia ter acordado com um susto. Viu-o naquela situação e tentou gritar de susto, mas nada saiu. Fez uma cara de brava, ainda sem conseguir falar nada. Antes que ela fizesse o de sempre, dar um grande tapa em sua cara, Kakucho indicou com sua cabeça o seu peito: ela ainda estava com a mão lá.
— !!!!!!
— Não tenho culpa de nada. Eu acordei e você já estava em cima de mim passando a mão no meu peito. Não ouse me culpar! — Ele voltou a cabeça para a infeliz pilha de travesseiros que [Nome] fez para separá-los. Os travesseiros estavam todos no chão. — Você não para quieta para dormir, misericórdia! Durante a madrugada, você simplesmente jogou os travesseiros no chão e veio para cima de mim, me usou de travesseiro até agora. Vou ter torcicolo por sua causa!
— ...AHHHH!!!! — Ela se levantou com tudo, aos berros. Somente agora ela havia se dado conta do que estava fazendo. Suas bochechas estavam tão vermelhas que não sabia o que fazer: se fugia pela porta ou pulava a janela.
— Tá tudo bem. Não tem problema não... Tava até bom. — Ele tentou acalmá-la. Obviamente, em vão.
— E-eu... D-dormi c-com você! Contato físico... Carícias... Tudo errado!!! — Ela não falava coisa com coisa, mas pelos poucos momentos que passaram juntos, Kakucho estranhava o seu comportamento. Por que ela parecia ser tão reprimida sexualmente? Para uma mulher de trinta anos, aquilo era estranho.
— Olha, isso nem dá pra chamar de dormir juntos e você só estava dormindo... — Kakucho ergueu a sobrancelha. — Mas qual o problema, [Nome]? Não precisa ter vergonha de mim. Somos adultos aqui. Você deve me achar atraente, eu também te acho atraente... Qual o problema em ter alguma coisa...Casual?
Apenas com suas insinuações, [Nome] parecia ter mudado de cor. Ela estava sim, interessada nele. Ele sabia disso. Mas ao mesmo tempo, era como se um bloqueio estivesse em sua mente, algo a impedia de avançar o sinal.
Ela respirou fundo e se aproximou lentamente dele. Não imaginava que ela teria coragem de se sentar ao seu lado na cama, visto que suas bochechas estavam tão vermelhas e ela parecia tão desconfortável com a situação.
— ... Meu pai me chamava de vagabunda... Odiava mulheres. Todas são vagabundas para ele. Todos os dias... Com mulheres diferentes em casa. B-batia na minha mãe... Em mim... S-sabe o-o qu-que ele f-fez com meu n-namorado? — Kakucho percebeu que ela falava tudo aquilo com grande frieza. Era como se naturalizasse tudo aquilo que viveu. Com toda certeza, ela tinha muitos traumas como aquele, que talvez fossem a razão de sua timidez e insegurança.
— O quê, [Nome]? — Como imaginava, quando [Nome] falava sobre seu pai, sua voz travava ainda mais. Nada saía. Era uma dor muito grande. Vendo que ela não conseguiria, ele tentou acalmá-la. — Shhh... Você fala quando quiser, tá bem? Ele não está aqui agora. Você não vai mais passar por isso.
Ela balançou a cabeça positivamente.
— [Nome]. Eu não brinquei quando disse que te acho bonita. E nem sobre querer algo a mais. — Ele não gostava de manter segredos. Quando queria algo, era sempre direto. E no momento, tudo o que queria era [Nome] por perto.
— ...M-mas... N-nos conhecemos há tão p-pouco tempo... E-e... — Ela continuava vermelha, mas por alguma razão estranha, Kakucho percebeu que ela havia gostado da insinuação.
— E daí, [Nome]? Por que não tenta relaxar um pouco e apenas curtir o momento? Nunca fez nenhuma loucura na vida não? Nunca teve uma transa espontânea? — Ela balançou negativamente. — Uma atração maluca por alguém? A vida é tão curta para nós dois ficarmos de cara feia um para o outro o dia todo... Não tem curiosidade não? Vontade?
Ela olhou para os lados e ele sorriu quando a viu balançar a cabeça positivamente, muito tímida. Era fofa.
— Vem cá... — Ele aproximou seu rosto do dela. — Desde que eu vi você, fiquei com vontade de sentir... — Um arrepio percorreu toda a sua nuca quando sentiu seus lábios molhados deslizarem pelo seu pescoço. Cada beijo que dava, era uma sensação diferente, que ia desde arrepios até um grande calor que percorria todo o seu corpo. Estava hipnotizada, mas não podia negar que essa foi uma das melhores sensações que já sentiu. Sim, ela estava sendo completamente dominada pelo número 3 da segunda maior organização criminosa do Japão. Um homem que jurou odiar... — É bom, [Nome]?
— ...Uhum. — Ela apenas concordou, timidamente, mas não queria que ele parasse ainda. Agora não era somente os seus lábios que se movimentavam entre seu pescoço. Suas mãos começaram a procurar outros lugares... Deslizou a esquerda entre um seio e outro. Ainda que muitas coisas se passassem em sua cabeça, muitos medos, receios, uma grande timidez e insegurança, não queria que aquilo acabasse nunca. Queria que as mãos e os lábios de Kakucho continuassem sobre seu corpo, queria finalmente experimentar aquele terreno tão desconhecido com ele.
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phantom of the opera - kakucho
Fanfic[Nome] é uma mulher de 30 anos com baixas perspectivas de vida: professora de literatura em um reformatório juvenil, solitária e com problemas de disfasia. A única pessoa em sua vida é seu irmão caçula, Haru: um marginal envolvido com a maior organi...