Uma hora se passou e nada, começou a se sentir aflita. Por que ele demorava tanto?
Quando, finalmente a porta bateu, foi correndo abrir, sem ao menos pensar na possibilidade de que não fosse ele, mas quando abriu, seu coração se aliviou ao ver que Kakucho estava bem.
— Onde você estava? Eu fiquei tão preocupada!! — Correu em sua direção e não pensou em mais nada a não ser abraçá-lo e beijá-lo loucamente.
— IRMÃ?! QUE PORRA É ESSA?! — Mas quando percebeu que Kakucho tinha companhia, só de ouvir aquela voz, seu mundo todo parou. As coisas ficaram escuras e quando se deu conta, encontrava-se atirada sob o chão com duas silhuetas familiares em desespero, procurando por algum sinal de vida seu.
— [Nome]!!! Você tá bem?! Calma… — Ela havia desmaiado ao ver Haru, pensou até que fosse uma alucinação, mas não. Seu irmão estava ali, em carne e osso ao lado de seu namorado.
— AHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! — Só conseguiu pular em sua direção e como consequência, derrubá-lo no chão e deixá-los ainda mais assustados com seu comportamento peculiar. Kakucho esperava que ela fizesse um escândalo, mas não a tal ponto! A mulher estava perto de infartar do coração. — HARU!!!!!!!!!!!! MEU AMOR, MEU QUERIDO!!
Ela se emocionou tanto que chorou sem parar, chorava tanto que era impossível de consolar ou de falar qualquer coisa. Haru já estava ficando preocupado demais com o bem estar de sua irmã.
— Calma, calma… Shhh…. Tá tudo bem, [Nome]. Calma, eu estou aqui! Não precisa mais chorar, né? Calma mana… — Haru sussurrava enquanto tentava (em vão) consolar a irmã mais velha. Kakucho fazia o mesmo. Coitadinha, esperou tanto por aquele momento e agora nem sabia mais como se comportar na frente do irmão.
— …E-eu pensei que nunca mais ia te ver… — Ela passava os dedos sobre o rosto de Haru, ainda sem acreditar que era real. — Haru… BUÁÁÁÁ!!! O-o aconteceu Yakuza que? — Ela tentava (em vão) perguntar sobre o que aconteceu, mas se embaralhava toda com as palavras.
— Querida, se recomponha, venha, vamos levantar e tomar uma água com açúcar… — Kakucho tentou levantar [Nome], mas só levou um pequeno empurrão de Haru, que ainda o encarava com as sobrancelhas franzidas, enciumado com o ponto no qual a relação de sua irmã e seu amigo chegara.
— Eu cuido dela. Vem mana… — Ele a puxou para mais perto de si e a colocou sentada sob a mesinha do quarto.
— Ah, ele está dormindo há muito tempo? — Kakucho já havia até se esquecido de Daichi, já que estava tão quietinho em seu sono profundo. Tinha também se esquecido de avisar Haru, que olhou com espanto para o garoto.
— Você…?
— Eu não ia deixar ele lá! — [Nome] continuava atordoada com o irmão, então apenas tomava sua água silenciosamente, praticamente alheia à conversa. — Por enquanto, ele fica conosco até falarmos para o Sano. — Ele se referia ao número 1 da Bonten. Por mais que tivesse um grande papel na organização, ainda estava abaixo de Mikey e Haruchiyo.
— …Até os gatos? — Ele também reparou nos animaizinhos de estimação de [Nome]. — Então você praticamente se mudou para a casa dele, mana?
— …ME CONTA LOGO O QUE ACONTECEU, HARU! — [Nome] já estourou sua paciência, precisava saber o que estava acontecendo e porque (para a sua felicidade) Haru e Kakucho estavam juntos novamente.
E calmamente, os dois contaram a história. E a reação de [Nome] foi tão maluca que surpreendeu até Kakucho. Um tapa, um grande tapa.
— POR QUE NÃO ME CONTOU?! POR QUE COLOCOU SUA VIDA EM RISCO SE ENVOLVENDO COM AQUELE HOMEM? — Ela se referia ao seu pai, ao que Haru ficava cabisbaixo. — Não era nunca para você conhecer esse homem, Haru!! Por que não pediu ajuda ao Kakucho?! Céus! Ainda bem que você conseguiu chegar são e salvo!! — Novamente, ela o abraçou.
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phantom of the opera - kakucho
Fanfiction[Nome] é uma mulher de 30 anos com baixas perspectivas de vida: professora de literatura em um reformatório juvenil, solitária e com problemas de disfasia. A única pessoa em sua vida é seu irmão caçula, Haru: um marginal envolvido com a maior organi...