In the Heart of The Sea • Tomarry Fanfiction

End of the Line

Ele iria se juntar à guarda do recife no momento em que tivesse a idade certa para isso. Ele ia se juntar à guarda do recife e a primeira coisa que ele ia fazer era voltar para esta maldita caverna sangrenta e enfiar uma lança no coração do bastardo da sereia presunçosa!

 Harry estava lá há cerca de duas semanas e estava começando a se aproximar do limite da cicatrização moderada e, a essa altura, já havia passado por quase um milhão de cenários diferentes de como ele poderia escapar de Tom e dessa maldita desaguar em águas abertas. Mandá-lo para o porto repetidamente até que ele ficou de barriga para cima por conta própria da água envenenada. Sufocando-o com algumas das moedas que ele coletou para construir seu ninho brilhante enquanto dormia. Estrangulando-o com Nagini.

Infelizmente, tudo isso eram fantasias. Por enquanto. Mas um dia, um dia muito em breve, Harry cuidaria para que a ameaça conhecida como Tom Riddle fosse permanentemente removida dessas águas. Mer não eram predadores e geralmente não eram conhecidos por serem agressivos, ao contrário de seus primos com dentes de tubarão, um dos quais o mantinha em cativeiro no fundo de sua caverna, mas em um ataque de ressentimento ele ficou determinado a esculpir a barbatana das costas da sereia e usá-lo como uma bandeira no topo de sua casa.

Certamente era bastante colorido.

E se alguma coisa as falsas demonstrações de afeto o estavam fazendo odiar o bastardo ainda mais. Harry não queria nada com ele. Nada ! Não tinha interesse em um monstro agressivo, blindado e com dentes irregulares, não importa o quão bonito seu rosto fosse! Não importa o quão capaz de sustentá-lo ele poderia ter sido! Não importa o quão 'forte' seus genes fossem!

Porque não importa o quão bem ele jogasse em ser afetuoso, a procriação era tudo o que importava e toda vez que seu temperamento se revelava, Harry acabava com outra ferida. Raso, comparativamente, mas profundo o suficiente para sangrar e ser incrivelmente doloroso. Toda vez que ele tentava tratá-lo, o corvo não o deixava chegar perto. Toda vez que ele tentava presenteá-lo com um presente, ele o rejeitava. Toda vez que ele voltava com comida, Harry comia apenas o suficiente para evitar ser absolutamente miserável.

Tom até teve a coragem de parecer magoado com o assunto! Bom. Vê-lo de mau humor foi gratificante depois de tudo que ele passou.

Não era com uma sereia que ele iria acabar. Seria outro Mer, provavelmente macho devido ao seu próprio status como criador, mas talvez uma fêmea, e eles seriam calorosos e gentis e absolutamente tudo o que Tom Riddle não era. Eles seriam de cores vivas e escamas lisas com barbatanas pequenas e arredondadas e músculos magros. Não fortemente blindado com escamas como fragmentos de conchas quebradas, de cores escuras, barbatanas triangulares e envoltas em músculos como aço com fio.

Ele não tinha desejo de ser ternamente embalado nos braços de uma cerda de espinhos do mar forte o suficiente para quebrar sua espinha com um único aperto muito forte. A sereia poderia engasgar com a língua por tudo que ele se importava.

“Mestre, você voltou.” O silvo suave de Nagini voltou para ele da entrada da caverna. Harry se enrolou mais apertado em torno de si mesmo, aninhando-se mais fundo no monte de tesouros no qual ele quase se enterrou e ouvindo as moedas se movendo ao seu redor. “Você não parece bem.”

"Eu não pareço bem?" ele se mexeu novamente em aflição; Netuno, por que sua voz ainda podia afetá-lo tanto? “Sim, eu imagino que a maioria das criaturas não estaria na minha posição, minha querida.”

"O que você quer dizer?" A sombra de Nagini deslizou pela parede. “Você não cheira assim há anos. De medo e tristeza.”

“Eu enfrentei meu próprio fim; desistir. A única maneira de tê-lo como meu companheiro seria quebrá-lo, e isso não formaria o vínculo que preciso para salvar minha vida. Então, sim, suponho que eu cheiraria a essas coisas. Eu certamente os estou sentindo.”

"Mestre-!"

“Acabou, e a culpa é minha. Minha própria culpa por esperar tanto tempo para tentar encontrar um parceiro e agora vou sofrer as consequências desse fato.” A água se agitava ao redor dele enquanto Tom nadava para mais perto. “E tudo o que ele vai se importar com o assunto é que eu provavelmente não viverei o suficiente para ele se curar, treinar e voltar para se vingar por ter sido mantido em cativeiro. Eu vivi em um tempo emprestado; é hora de morder o anzol.”

“Você não pode simplesmente desistir depois de tudo que construiu!”

“Não vejo nada me impedindo.”

"O Mer ainda poderia-."

"Venha por aí?" havia um tom triste em sua voz agora. “O rancor entre nossas raças é muito profundo, isso é tudo o que foi provado aqui. Ele nunca vai aceitar minhas tentativas de carinho e namoro, muito menos retribuir, e algo me diz que não é porque eles são desajeitados e ingênuos.

“Mas Mestre-.”

“Vou de barriga para cima, Nagini! Ainda me restam alguns meses, se tanto, então me perdoe por querer manter alguma dignidade!” Outra mudança na corrente enquanto ele se afastava novamente. “Eu preciso que você vá ao recife de onde ele veio e encontre seus pais. Diga-lhes que seu filho lhes será devolvido pela manhã.

"Sim mestre." A serpente parecia terrivelmente relutante.

“Ele ficará satisfeito, tenho certeza, quando inevitavelmente ouvir sobre o que aconteceu comigo. Espero que ele encontre uma companheira que o agrade um dia. Duvido que Mer sofra o mesmo com seus laços de pod para salvá-los, mas ainda assim... a solidão absoluta é um destino horrível.

Solidão absoluta? Sem família? Sem pod? Nenhum tipo de suporte? A única vez que ele entrou em contato com outro de sua espécie foi lutar e matá-los por uma disputa territorial. Ele não podia imaginar, com sua família amorosa e grande casulo e muitos amigos, o quanto isso deve doer. Talvez as tentativas desajeitadas e em grande parte fracassadas de conquistar suas afeições tivessem sido honestas, afinal. Talvez ele não quisesse apenas uma maneira de continuar sua linha.

Talvez o que ele queria era companhia.

Tom estava morrendo? Morrer de quê? Harry achou muito difícil compreender que a Sereia que o mantinha cativo, a mais forte em mil milhas, e o nome lendário que os pais usavam para manter seus filhotes dentro de casa à noite e longe da água escura, pudesse morrer. Poderia ir de barriga tão jovem de algo tão simples como... solidão? Isso era mesmo possível?

Não havia mais nada que ele pudesse fazer sobre isso. Ele não tinha certeza se realmente queria, mesmo que houvesse. Mesmo quando eles não necessariamente pretendiam ser, Sereias eram perigosas em quão fortes e afiadas elas eram. E saltitando com um poderia vê-lo banido. Por mais agradável que fosse viver uma vida mimada à espera do macho alfa dos predadores Apex, ele não tinha certeza de que poderia realmente amá-lo, ou que Tom poderia amá-lo, e não queria deixar seu pod atrás sem tal garantia.

Sem mencionar que o navio parecia ter navegado sobre o assunto.

Harry olhou cautelosamente ao redor da borda da pilha de ouro em que estava se escondendo. Tom se demorando na boca da caverna, olhando para os raios de luar perfurando a água azul profunda. Ele realmente era lindo e se ele morresse... seria uma pena. Ele se acomodou entre a areia e as moedas e fechou os olhos, caindo em um sono agitado.