Passei o dia pensando se queria ver o copo meio cheio ou meio vazio.
Decidir se eu ficava triste por ele falar para o amigo que "é apenas sexo"
Ou pelo jeito que ele me tratava quando estávamos sozinhos.
Isso me levou a pensar quando exatamente eu comecei a gostar do Bruno (se é que eu realmente gosto dele) ou como era ruim ele me tratar de um jeito quando estávamos sozinhos e de outro quando estávamos com os amigos dele, ou se tudo isso só estava na minha cabeça...
O que eu podia esperar dele? Ele sempre foi sincero, sempre disse o que queria, o que esperava e cabia a mim estar com ele ou não. Eu aceitei o que ele disse que tinha para me oferecer.
Aquilo tudo estava muito complicado. E tudo que eu sempre quis foi paz, um amor tranquilo. Será que um dia eu ia encontrar esse amor? Será que eu ia encontrar esse amor logo com o Bruno que era o caos em pessoa?
Pensei em como estávamos na casa do Gabriel. Não consegui distinguir se ele tinha feito tudo aquilo apenas para representar para Yasmin. Ele não parecia representar. Os sorrisos era de verdade, os abraços era de verdade, ele correndo comigo no colo era de verdade... Tudo o que a gente viveu aquele dia ia ficar na minha memória.
Depois de um dia de trabalho intercalando entre realmente trabalhar e não tirar o Bruno da cabeça, cheguei em casa e acendi as luzes. As crianças não estavam em casa, mas deveriam estar. Comecei pelo óbvio, e o "tio" do transporte escolar disse que elas não haviam ido a aula. Liguei para o pai delas, ele deveria ter levado elas a aula.
— As crianças estão com você? Elas deveriam ter ido a aula. O que aconteceu? – Tentei parecer calma e neutralizar o tom acusatório.
— Ciça ficou doente. Eu tô te ligando desde ontem, perdi o dia no trabalho ficando com ela aqui, no hospital.
Ele parecia calmo.
— Hospital? Que hospital?
Foi aí que toda minha calmaria se foi. Como assim me ligou? Porque a Ciça estava no hospital? Com quem estavam Ali e Bea?
Eu dirigi o mais rápido que eu podia até o hospital perto da casa dele. Ali e Bea tinham ficado na casa da mãe dele, o que eu não gostava nenhum pouco, e elas muito menos.
— Eu te liguei ontem o dia todo. Você não atendeu, começou a ir direto para caixa postal, como eu sei que você nunca ouve as mensagens, nem deixei recado. Hoje ela fez alguns exames, ficou agitada.
Como era possível?
— Desculpa, eu fui pra... – Eu não ia contar para ele onde eu tinha ido, não ali – Pro litoral, o celular descarregou e...
— Desculpa? Olivia eu perdi um dia de trabalho porque você decidiu que quer viver a sua vida com seu namoradinho novo e tudo que você tem para me dizer é desculpas?
— Então – Eu respirei tentando me manter calma e evitar uma briga ali – Era o seu final de semana com elas e não sei se você sabe mas isso inclui tudo, saúde, doença, risadas e choros...
— Mas e meu dia de trabalho?
— Você fala isso como se eu fosse culpada. Ou você só quer dizer que quem deveria ter perdido o dia de trabalho era eu porque eu sou a mãe? Você tem noção que o meu dia de trabalho custa muito mais que o seu? – Eu me irritei, sentia a discussão no corredor do hospital sair de controle. Não era aquilo que que queria dizer. Eu estava fazendo de novo.
— Mas eu pago pensão e você? Você fica comprando uma monte de coisas caras, fazendo elas acharem que podem tudo, que tem tudo, quando você poderia comprar as mesmas coisas pela metade do preço.
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Players - Com Bruno Rezende
FanfictionOlivia é uma romântica incurável. Isso fez com que ela cassase cedo, tivesse filhos e esperasse o seu "felizes para sempre" que nunca chegou. Bruno é um jogador nato. Sempre diz que quer casar e ter filhos mas age de forma completamente diferente...