Bruno foi para os fundos da casa, eu fui pela frente e subi até o quarto para pegar a chave do carro.
Quando estávamos saindo, começaram a cantar o parabéns para a Luísa. Estava do mundo feliz e animado. Inclusive a Luísa:
— Vocês me perdoem, mas o primeiro pedaço vai para alguém que eu amo muito. Muitos conselhos e risadas. Conversas, carinho. Alguém que nem sempre está aqui então eu vou valorizar. Maninho, esse é seu.
Ao coro de puxa saco, Bruno foi todo feliz receber o seu primeiro pedaço de bolo e abraçar a irmã. Pensei que ele ia ficar, mas não demorou muito para ele passar por mim e me puxar pela mão. Fui para o carro e sentei no banco do motorista, olhando ele vindo pelo retrovisor.
Eu não precisei esperar muito até a porta de trás abrir e ele colocar uma sacola no banco.
— Quer dirigir? – Olhei para ele e ele me olhou de volta, ao sentar no banco ao meu lado – Já que você sabe para onde vamos?
— Seria ótimo.
Enquanto ele dava a volta para entrar pela porta do motorista, eu pulava para o banco do passageiro.
— Aonde vamos?
— Não muito longe – Ele mexia em absolutamente todas as estruturas do banco para caber ali – Mas acho que você vai gostar.
— A gente vai no motel? – Eu sorri para ele – Eu nunca fui em um motel, sabia?
— Nossa. – Ele respirou fundo e encostou no banco, ainda apertado para seu tamanho, mas parou tudo que estava fazendo – Que tentador... Meu coração até palpitou aqui.
— Só o coração?
— Espertinha. – Ele riu – Você sabe que não. Mas vamos seguir o plano, só hoje. Você se importa?
Eu neguei com a cabeça. Era isso mesmo? Bruno negando motel? Eu vivi para ver isso? Com a resposta dele, eu não parava de pensar o quanto deveriam ser incríveis os planos dele essa noite.
Em menos de 15 minutos, Bruno estacionou o carro em uma rua residencial, pegou a bolsa e fomos andando em volta de uma grade, que parecia ser de um parque.
Depois de uns dez minutos andando, contornando a grade, Bruno me pediu para segurar a bolsa. Ele foi para mais perto da grade, e começou a mexer nela, não entendi se ele empurrava, mas ele fazia muita força, até que um vão começou a se abrir e a grade, começou a ir para o lado.
— Vamos? – Ele fez um gesto para eu entrar primeiro.
— Como assim? Vamos? – Eu continuei parada.
— Vamos. – Ele pegou a bolsa e entrou, me chamando para entrar mais uma vez.
— Você está entrando clandestinamente no parque?
— Sim! E você também vai entrar. Vem!
Eu passei pelo vão e assim que entramos, ele fechou a grade, usando menos força.
— Acho que ninguém usa essa entrada tem um tempo. — Quando ele viu a confusão nos meus olhos ele continuou — Era uma entrada para o público em geral, mas alguém sempre esquecia de abrir, aí com o tempo enferrujou e deixaram assim...
— E agora? O que a gente faz?
— A gente vai encontrar um lugar legal. Vem.
Andamos um pouco até que chegamos a beira do lago.
— O lugar perfeito é lá do outro lado. Eu diria.
— Não me diga que a gente vai ter que nadar.
— Eu disse que você me provoca... Eu ia amar ver você toda molhadinha, mas a gente vai de pedalinho.
Com a ajuda do Bruno, entrei no pedalinho e fomos rindo no escuro até a outra margem. As vezes uma batia no outro, eu jogava água nele e a gente ficava dando voltas pelo lago como se não estivesse no horário inapropriado. Ele me ajudou a descer do outro lado.
Assim que eu vi um barco enorme, fui até lá e subi.
— Esse é o lugar perfeito! – Era alta e dava para ver uma boa parte do lago, mesmo no escuro.
— Você acha? — Ele lá embaixo parecia tão pequenininho.
— E você não? – Fiz sinal com a cabeça para ele subir.
Bruno subiu no barco e sentou perto de mim. Eu sentei no colo dele, uma perna de cada lado, olhando em seus olhos. Porque era tão difícil ficar longe dele? Ele apertou minha coxas me encaixando perto dele. Eu continuei olhando para ele. A luz da lua me deixava ver algumas sardas que ele tinha no nariz e que iam sumindo ao descerem para sua bochecha.
— Mas já? – Eu olhei para baixo e ele riu, entendendo exatamente do que estava falando – Eu nem te beijei ainda, nem fiz nada com você.
— Tem certeza? – Eu fugi do beijo dele – Eu acho que você ficou me provocando o dia todo.
— Você acha? – Quem era para eu dizer que não, né? Eu segurei o rosto dele e comecei realmente a provocar ele. Depois de desviar algumas vezes, nossos lábios finalmente se encontraram. Eu ditava o ritmo lento do nosso beijo, enquanto ele subia meu vestido devagar, as mãos passeando pelas minhas pernas, coxas...
— Eu queria tanto ver o que tem embaixo dessa fenda. – Ele falou baixinho enquanto eu beijava seu pescoço.
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Players - Com Bruno Rezende
FanficOlivia é uma romântica incurável. Isso fez com que ela cassase cedo, tivesse filhos e esperasse o seu "felizes para sempre" que nunca chegou. Bruno é um jogador nato. Sempre diz que quer casar e ter filhos mas age de forma completamente diferente...