Capítulo 28

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Assim que saí do curso disquei o número do Arthur no celular.

- Oi amor, já saiu do curso? - comecei a caminhar em direção ao colégio.

- Acabei de sair.

-  Vou aí te buscar - ouvi um barulho de chaves batendo - me passa o endereço.

- Pode vir me buscar no colégio.

- Tudo bem, já chego aí.

- Obrigada, beijo - parei em frente ao colégio.

- Beijo - ele desligou a ligação apressado.

Senti um cheiro de doce gostoso, respirei fundo sentindo aquele aroma, atravessei a rua indo em direção a uma pequena loja de cupcakes, ouvi o sino tocar assim que entrei.

- Boa tarde, o que deseja? - perguntou uma jovem bonita e sorridente, olhei para os cupcakes e seus sabores.

- Boa Tarde, eu vou querer 4 cupcakes, nozes, morango, chocolate belga e whisky com caramelo - apontei o dedo para cada um deles.

A moça assentiu, colocou todos eles em uma caixa, saí depois de pagar e sentei em um banco em frente ao colégio.

Assim que vi Arthur se aproximar me levantei e quando ele estacionou me aproximei com passos apressados.

- Oi amor - falei sorridente assim que me ajeitei no banco do passageiro, ele se aproximou e me deu um selinho.

- Pra quem é ? - ele apontou com os olhos para a caixa no meu colo.

- Comprei pra gente, podemos comer enquanto vemos um filme.

- Hum, ótimo, que filme vamos ver? - ele concentrou seus olhos na estrada.

- Não sei, podia ser um romance, ou uma comédia romântica - olhei para ele manhosa.

- Não me olha assim não que eu fico doido - ele mordeu o lábio inferior, senti meu corpo se aquecer e me ajeitei no banco.

- Onde aprendeu a dirigir daquele jeito? - ele me olhou sem jeito.

- É uma longa história - me acomodei melhor no assento e olhei em sua direção.

- Estou pronta para ouvir - ele me olhou e eu sorri para ele debochada.

- Tudo bem - ele fez uma pausa como se procurasse na mente o que dizer - eu sempre fui uma criança muito estressada, acho que era por falta de atenção, até que meu pai começou a me colocar para lutar mas não adiantou muito - ele me olhou rápido - então um dia ele me levou para ver uma corrida de carros em que ele era o patrocinador e eu me apaixonei quando vi aqueles carros em alta velocidade, mas eu era muito pequeno na época, passei anos pedindo para o meu pai me deixar fazer também, quando eu completei 13 anos ele me deu um carro de corrida e eu comecei a praticar.

- Calma aí, ele te deu um carro de verdade quando você tinha 13 anos? - falei sem acreditar.

- Sim - olhei para ele espantada e ele gargalhou.

- Enquanto você ganhou o primeiro com 13 eu com 18 anos ainda não tenho nenhum.

- Você quer ganhar um carro de presente? - ele perguntou levantando as sobrancelhas. 

- Não, está doido? Não quero que você chegue com um carro como meu próximo presente.

- Poxa, eu adoraria te dar um de presente - olhei para ele para ter certeza que ele estava brincando mas não, ele não estava brincando.

- Nem pense nessa hipótese e outro ponto, eu não sei dirigir - ele me olhou incrédulo.

- Você não sabe dirigir? - neguei com a cabeça.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora