Quando Arthur me deixou na casa da Verônica senti meu coração apertar como se nunca mais fossemos nos ver.
Quando ela abriu a porta já de cara percebeu que alguma coisa tinha acontecido, não disse nada apenas me abraçou, depois de um tempo abraçadas subimos para o seu quarto.
- Quer me contar o que aconteceu? Ele fez alguma coisa com você, amora? - se sentou ao meu lado e passou a mão em alguns fios bagunçados do meu cabelo.
- Ele vai embora e eu não sei o que sentir, nem nos conhecemos direito mas é como se eu estivesse junto com ele a tanto tempo que o meu coração aperta só de pensar que vamos ficar longe um do outro.
- Mas ele disse se vai demorar para voltar?
- Ele disse que vem o mais rápido que puder.
- Isso é bom - ela levantou, mas antes que pudesse se afastar eu segurei a sua mão.
- Vê, eu acho que estou apaixonada - ela se virou e entrelaçou nossos dedos e me olhou com carinho.
- Você ainda tem dúvida? Nunca vi os seus olhos brilharem tanto, você transmite felicidade quando fala dele - sorri envergonhada e passei a mão no colar dourado com pingente em forma de gota com uma pedra verde que o Arthur me deu e os olhos da Verônica desceram até ele - que lindo, ele que te deu né.
- Sim, você não tem noção de como foi incrível.
- Eu quero saber de tudo.
- Tenho que passar lá em casa antes de ir para o colégio, quer ir comigo? Te conto tudo no caminho - ela deu uns pulinhos e me olhou animada.
- Claro, esperei muito por esse momento.
Saímos da casa da Verônica quando ela já estava arrumada, fomos caminhando até a minha casa e durante o trajeto fui contando tudo detalhadamente para ela e a cada frase que eu falava ela gritava e pulava no meio da rua. Assim que chegamos na minha casa minha mãe estava na cozinha sentada à mesa.
- Bom dia, mãe - ela se levantou depressa e me abraçou, passou o nariz pelos meus fios de cabelo e respirou fundo.
- Que saudade de você, meu amor,oi Verônica, como você está? - se afastou um pouco para olhar nos meus olhos, desviou e olhou para Verônica enquanto falava com ela.
- Oi, tia, estou bem e você?
- Que ótimo meu anjo, estava com saudades de você também - minha mãe se aproximou dela e a puxou para um abraço, quando se afastaram Verônica sorriu tímida.
- Como foi lá meu amor? - ela se virou e novamente olhou para mim.
- Foi incrível.
- Que bom, fico feliz, você quer almoçar comigo hoje? Naquele restaurante que você gosta - a olhei surpresa.
- Claro, mãe.
- Quero passar um tempo com você, esses dias temos trabalhado tanto que não tivemos nem tempo de conversar - voltou a se sentar à mesa.
- Assim que sair da escola venho para casa e vamos juntas, pode ser?
- Claro, meu amor - olhar para Beatriz me traz diversos tipos de emoção, eu a amo tanto, sinto como se ela fosse minha salvação e eu preciso tirar ela daquele inferno de trabalho o mais rápido possível.
- Mãe, vou me arrumar que tenho que ir para a escola - ela assentiu a cabeça.
Puxei a Vê até o meu quarto, assim que entramos ela se jogou na cama, abri o meu guarda-roupa e peguei uma blusa de uniforme, calça jeans e um tênis preto. Me vesti, peguei o meu material, nos despedimos da minha mãe e saímos apressadas para não chegar nem um minuto se quer atrasada.
- Como chegamos cedo, eu vou dar uma passadinha na biblioteca, tudo bem? - ela concordou com a cabeça e seguiu em direção ao pátio enquanto eu caminhava até aquela grande sala silenciosa.
Assim que fechei a porta atrás de mim senti aquele silêncio me preencher e toda aquela gritaria do colégio ir embora, passei entre as prateleiras passando a ponta dos dedos nos livros sem saber o real motivo de estar ali, não conseguia pensar em nada além de Arthur e como se fosse mágica meu celular vibrou em uma ligação e quando vi seu nome na tela senti meu corpo se aquecer e meu coração bater com mais força contra meu peito.
- Oi - falei baixo.
- Oi, como você está? - girei os calcanhares e voltei a passar a ponta dos dedos nas capas dos livros distraidamente.
- Estou bem e você, já está indo para casa?
- Já cheguei na verdade, você conseguiu ir para a escola? Não estou ouvindo nenhum barulho.
- Sim, é que eu estou na biblioteca.
- Entendi, o que pretende fazer hoje?
- Depois de estudar eu vou sair para almoçar com a minha mãe e a noite vou trabalhar e você?
- Vou trabalhar, daqui a pouco vou para a empresa, tenho muitas reuniões para fazer - fiz um som como se estivesse concordando - então, o que na verdade eu queria saber é em que horários seria melhor para eu te ligar - falou rápido demais, como se estivesse nervoso.
- Pode ser entre meio dia e meia e seis horas, porque de manhã estou na escola e a noite estou trabalhando, mas por mensagem pode mandar a qualquer hora.
- Tudo bem, mas prefiro ligar, gosto de ouvir a sua voz, faz com que eu não sinta tanta saudade de você - ouvi o sinal soar avisando que estava na hora de entrar nas salas de aula.
- Arthur, vou ter que desligar agora, vou ir para a sala, mais tarde a gente se fala, tudo bem?
- Tá bom, amor - ouvir ele me chamar de amor deixa meu corpo quente e faz meu coração disparar, desliguei a ligação sem saber o que dizer e andei depressa até chegar na sala de aula.
💫
Depois de quatro aulas chegou a hora do intervalo, eu e Verônica saímos da sala juntas e nos aproximamos dos meninos como de costume.
Oi, meus gatos - Verônica falou animada e abraçou o Nick e logo depois Brian ficando colada nele.
- Oi - apenas levantei a mão fazendo sinal para eles.
O clima entre eu e o Nick parecia estranho, e eu não entendia o porquê, ele ficou muito tempo distante, sem se comunicar direito comigo e agora voltou e age como se eu tivesse feito algo de errado.
Fiquei pensando nos possíveis motivos do por quê aqueles olhos castanhos me olhavam daquela forma e no final das contas não achei nada que pudesse indicar um erro meu com ele.
O sinal tocou novamente e me surpreendi com o quanto de tempo que eu passei pensando e nem percebi a hora passar.
Hoje é dia de educação física, fui para o vestiário feminino e coloquei uma calça legging e uma blusa regata de uniforme, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo bem preso e fui até a quadra, comecei com os alongamentos para aquecer o corpo.
Estiquei o meu corpo antes de começar a correr pela quadra, dei 1,2,3 e 4 voltas e na quarta eu já sentia o meu corpo preparado para os jogos, assim que parei ouvi o professor apitar para que formassemos times, depois de tudo organizado, jogamos alguns jogos que professor mandou, como, futebol, vôlei e basquete. Eu sou boa com esportes, por incrível que pareça, me saio bem em praticamente todos que eu já tentei.
Quando a aula acabou, voltei para o vestiário e tomei uma ducha gelada, coloquei de novo a roupa que eu usava cedo e sai da escola e fui caminhando até chegar em casa.
- Está atrasada - Assim que entrei ouvi a sua voz vindo do banheiro.
- Desculpa, não vou demorar para ficar pronta.
💫
Voltei e trouxe mais um capítulo e tem continuação 🤩🤩
Vou postar a continuação amanhã ou depois🥰🥰
Chegamos a 1k de leituras e eu estou muito feliz, obrigada a todos que leem e gostam do livro🥳🥳
Espero que tenham gostado do capítulo💖💖
Beijos e até a próxima 🥰😘
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Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade?
RomanceAurora decide ir à uma boate com seus amigos e ela nem imaginava que naquela noite iria conhecer o cara que iria deixá-la completamente apaixonada. Depois de estar caída nos encantos de Arthur, Aurora descobre da pior forma que o cara que ela está a...