Capítulo 10

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Assim que Arthur me deixou na frente da casa da Verônica esperei ele ir embora para ir em direção a minha casa, quando cheguei tirei os tênis e fui direto tomar um banho, depois que saí vesti uma roupa levinha e decidi arrumar a casa, coloquei uma música alta e comecei a lavar a louça e dançar ao mesmo tempo.

Depois que já tinha lavado e guardado a louça, limpei o chão e lavei o banheiro e aí lembrei que minha mãe me ligou cedo e me pediu para lavar a roupa, peguei o cesto de roupa suja e fui até a área de serviço.

Comecei a encher máquina de lavar e separar as roupas,peguei as calças para olhar os bolsos e assim que coloquei a mão no bolso da minha calça senti algo estranho, quando tirei o que tinha no bolso vi que era um monte de notas de 200, 100 e 50 reais, comecei a ficar desesperada quando me lembrei de onde esse dinheiro vinha, foi no dia da boate, quando fui atender a ligação e coloquei o dinheiro no bolso.

Porra, o que eu faço agora?

Sentei no chão encostando a cabeça na parede, depois de me acalmar um pouco decidi ver quanto dinheiro tinha, no final tinha 3.500 reais.

Puta que pariu, o Calebe vai me matar, será que ele já percebeu? Será que ele está só esperando eu chegar lá pra me matar?

Voltei para realidade quando a máquina começou a vazar, levantei correndo e desliguei a água, coloquei as roupas pra bater e fui para o quarto e me joguei na cama pensando o que eu tinha feito, o Calebe não iria acreditar que foi sem querer, até porque não dá pra acreditar que alguém roubou 3.500 reais sem querer, eu estou muito ferrada.

Fiquei o resto da tarde pensando nisso, assim que deu a hora de começar a me arrumar comecei a me sentir mal, eu estava muito nervosa com o fato de que eu poderia morrer hoje à noite por uma coisa que eu fiz sem querer.

Me levantei e comecei a me arrumar para o trabalho, assim que estava pronta peguei minha bolsa, coloquei o dinheiro dentro e sai de casa.

Decidi levar o dinheiro porque talvez devolvendo eu tenha chance de sair viva.

Assim que cheguei na porta da boate minhas pernas tremeram e meu coração disparou no peito mas mesmo assim fiquei firme e entrei, comecei a fazer as minhas tarefas de sempre e assim que terminei fui até a sala do Calebe.

Sim é loucura mas eu preciso saber se ele sabe ou não, não posso ficar sem saber de nada.

Bati na porta e ouvi ele dizer " entra" do outro lado da porta, então respirei fundo, girei a maçaneta e entrei.

- Fala - olhou pra mim enquanto acendia um cigarro.

- Então, eu terminei o trabalho agora e eu gostaria de saber se eu poderia dobrar e ficar até a hora de recolher o dinheiro e não trabalhar amanhã - ele se levantou e veio na minha direção e eu fechei os olhos com medo do que poderia acontecer.

- Tudo bem, mas não me peça isso novamente, só vou deixar porque você está fazendo o seu trabalho certo e não está me dando problemas - olhei pra ele espantada e ele deu um trago no cigarro e soprou a fumaça no meu rosto.

Meu Deus, será que estou sonhando? Não acredito que ele me elogiou.

- Obrigada - sorri enquanto ele me olhava atentamente.

- Continue assim que você não vai arrumar problema comigo - concordei com a cabeça e ele se virou e voltou a se sentar atrás da mesa - agora pode voltar para o trabalho.

Me virei e sai aliviada, achei que iria morrer mas fui elogiada. Acho melhor ele não ficar sabendo desse dinheiro e pelo visto ele não deu falta.

Antes de voltar a trabalhar decidi ligar para Arthur, com o coração acelerado disquei o seu número e no segundo toque ele atendeu.

- Alô - sua voz grossa me fez derreter.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora