Capítulo 48

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Meu coração pula de alegria por estarmos juntos novamente.

Enquanto dirijo pelado, as mãos de Aurora vasculham tudo a procura de algo, bebida, ela sabe que eu sempre tenho no carro.

- Está no banco de trás - ela sorri para mim e vira o seu corpo me dando uma bela visão da sua bunda.

- Achei - ela volta sorridente e bebe um grande gole direto da garrafa de whisky.

Ela rapidamente volta a procurar outra coisa, cigarro, nunca pensei que algum dia ela faria isso.

- Não tenho cigarro, parei de fumar - ela me olha surpreendida.

- Que merda hein - ela cai na gargalhada.

Ela aumentou o volume do som cantando todas as músicas, tudo errado, mas ela estava achando que estava arrasando, então deixei que continuasse o seu show.

Assim que chegamos ela travou e me olhou com a maquiagem toda borrada e o cabelo bagunçado.

- Como vamos entrar? - seus olhos estavam fixos em mim.

- Vou pedir para o Charles trazer roupões - ela me olhou decepcionada.

- Que saco, não é só porque você é podre de rico que pode ter tudo que quer na hora que quer - ela começou um discurso sem sentido e eu me segurei para não rir - o que faria se não tivesse ninguém para te ajudar agora? - seu olhar era desafiador.

- Eu iria entrar pelos fundos torcendo para que ninguém me visse - um grande sorriso brotou em seus lábios.

- Então é isso que vamos fazer - ela virou a garrafa em sua boca bebendo - bebe, precisamos estar muito bêbados para fazer isso.

Peguei a garrafa da sua mão e entornei o líquido entre os meus lábios que desceu queimando pela garganta.

- Vamos no três - ela me olhou antes de se virar de frente para a porta - um, dois e..... três - abrimos as portas e saímos correndo até a porta dos fundos.

A abri apressado enquanto Aurora estava caindo na gargalhada, segurei a sua mão e a puxei para subir as escadas.

- Aurora, fica quieta - ela tentou se manter séria, mas continuou rindo, ela ria tanto que não conseguia andar mais - porra.

Peguei ela no colo e andei o mais rápido que pude para o andar de cima, se a algum tempo atrás alguém me falasse que eu estaria correndo pelado dentro de casa com uma mulher pelada no colo que não para de rir, eu com certeza não acreditaria.

Assim que cheguei no quarto coloquei Aurora no chão e fui até o banheiro, ainda escutando as suas gargalhadas, e comecei a encher a banheira.

- Vem, vamos tomar banho - segurei a sua mão e a guiei até o banheiro.

Ela entrou e rapidamente me posicionei atrás dela, a puxando para o meu colo.

- Isso é muito bom - ela gemeu quando eu apertei um ponto específico nas suas costas.

Ela se virou de frente para mim, me olhou nos olhos e começou a acariciar meu rosto, fechei meus olhos sentindo a sensação de te-lá novamente.

- Eu senti tanta saudade - abri os olhos vendo seu rosto molhado por lágrimas.

- Eu também senti, meu amor - passei os dedos em seu rosto limpando suas lágrimas.

Meus olhos foram puxados para o seu ombro onde tinha a cicatriz do tiro, levei meus dedos até lá, contornando aquele local, lágrimas se formaram em meus olhos.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora