Capítulo 35

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Estou mais uma vez saindo do trabalho com alguns bolos de dinheiro escondidos pelo corpo.

Antes de chegar em casa decido ligar para a Alice, não quero que minha mãe escute nada, tiro o cartão com o seu número da capinha do meu celular e o disco rápido.

- Oi Aurora - ela atende rápido, como ela sabia que eu estava ligando?

- Como sabe que sou eu? Não te dei meu número - escuto uma risada sua do outro lado da ligação.

- Eu sei de tudo sobre você - sinto meu peito gelar - mas não precisa se preocupar, eu gosto de saber da vida de todos com quem eu trabalho antes de fechar negócio, não é nada pessoal.

- Entendi - ainda sim é muito estranho, acho que essa mulher é louca - quero que me ajude, preciso sair da forma mais discreta possível.

- Tudo bem, terei um tempo livre só amanhã, durante a manhã, pode ser? 

- Tá bom, pode ser.

- Aproveito para entregar o seu novo documento.

- Já está pronto? 

- Quase, estou colocando os últimos detalhes.

- Ata, obrigada.

- Não há de que, até mais, Aurora.

- Até mais - rapidamente a ligação é finalizada e me apresso para entrar em casa.

Depois de esconder o dinheiro e tomar um banho, espero Arthur em frente a casa da Verônica.

Assim que o vejo meu coração dispara, eu o amo demais, nada pode mudar o que eu sinto por ele, queria poder contar tudo que está acontecendo mas não posso colocar mais uma vida em perigo, nunca permitiria que ele se envolvesse com esse tipo de pessoas por minha causa.

Entro no carro e o abraço forte, sinto o seu cheiro, passo meus dedos entre os fios do seu cabelo, e olho nos seus olhos, naquela imensidão azul.

- Eu te amo - ele abre um grande sorriso, o sorriso mais lindo que já vi.

- Eu te amo - seus braços me envolvem com mais força.

- O que vamos fazer hoje? - quero que a gente consiga ficar o máximo de tempo juntos, sem perder um segundo, não sei como vai ser depois que eu for embora.

- Podemos sair para algum lugar, mas também podemos ficar na piscina e ... - me sinto eufórica e contente.

- Piscina com certeza - pulo me ajeitando no banco do carona e ele solta uma gargalhada gostosa, ele liga o carro dando partida.

- Tudo bem mas eu ia dizer que depois podemos almoçar em algum lugar.

- Podemos ir ao shopping? Talvez dê tempo de ver até um filme.

- É uma boa, tem certeza que aguenta fazer tudo isso?

-  Claro, eu não me canso nunca.

- Bom saber disso - me olhou com um sorriso malicioso e eu fingi não notar.

Assim que chegamos eu liguei uma música animada, comecei a remexer meu corpo conforme a melodia da música.

Subi as escadas apressada e coloquei um biquíni preto simples, quando desço vou direto para a área da piscina, mesmo cedo o Sol já está quente.

Ainda bem, adoro dias quentes, olho para trás vendo Arthur com um short preto e sem camisa, suas tatuagens ficam a mostra e sinto minha boca salivar vendo seu tanquinho.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora