Capítulo 19

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Depois de sair do curso fui caminhando em direção a minha casa, ouvi meu celular tocar e o tirei do bolso, atendi assim que vi que era minha mãe.

- Oi, mãe - um carro passou do meu lado e buzinou para mim, fiz uma careta de nojo.

- Oi filha, você já está chegando em casa?

- Sim mãe, estou quase chegando, por quê?

- Você pode passar na lanchonete aqui da esquina? Comprei lanche pra gente.

- Que bom, estou morrendo de fome - ela gargalhou.

- Eu sei, é só passar lá e pegar, eu já paguei - meu celular vibrou me avisando que outra pessoa estava me ligando.

- Tá bom, mãe, tem alguém me ligando, vou desligar.

- Tá bom, meu amor - desliguei e vi que a outra ligação era do Arthur então atendi apressada.

- Oi.

- Oi amor, está fazendo o que? - será que um dia eu vou me acostumar com ele me chamando assim? Acho difícil, toda vez meu coração dispara.

- Estou indo para casa e você?

- Acabei de sair de uma reunião, estou dando uma pausa, daqui a pouco vou iniciar um projeto.

- Entendi, sua vida é muito corrida né.

- É sim, estou abrindo uma nova empresa então tenho muita coisa para resolver.

- Que bom, fico feliz que esteja expandindo o seu negócio.

- Obrigado, saiu da escola agora?

- Não, hoje eu tive curso.

- curso de que?

- francês - dei uma risada sem graça.

- Nossa, e o que você já sabe? - senti minhas bochechas esquentarem, coloquei a mão sobre uma delas.

- Não sei muita coisa, iniciei o curso a pouco tempo.

- Você deve ficar muito gata falando francês - ele respirou fundo - na verdade você é gata de qualquer jeito, não posso nem pensar muito.

- Por que não? - a frase saiu da minha boca antes mesmo que eu permitisse.

- Estou no trabalho, não é apropriado lembrar de você nua na piscina aqui - engasguei e ele deu uma risada rouca - porra, agora já era, você acaba comigo todos os dias, só de pensar em você, só de lembrar do seu cheiro, do seu toque, da sua voz, do seu gosto eu fico duro igual rocha, não aguento mais ficar longe de você- sua voz estava muito rouca e sexy - estou pensando seriamente em dar um jeito de ir morar aí.

- Vem, eu sinto a sua falta - falei baixo e ele xingou do outro lado da linha.

- Não faz isso comigo, Aurora - ouvi a mesma voz do outro dia do outro lado da linha, Arthur bufou e disse um "já estou indo" - amor eu tenho que ir.

- Tá bom, espero que dê tudo certo com o seu projeto.

- Não sei, na minha cabeça só tem você, não consigo pensar em mais nada - A mesma voz o chama de novo - tenho que ir, beijos amor.

Antes que eu respondesse ele desligou, enrolei para chegar até a lanchonete, antes de entrar respirei fundo tentando manter minhas pernas firmes e esquecer as palavras que Arthur tinha me falado a poucos segundos.

Depois de pegar o lanche andei depressa até em casa, assim que entrei minha mãe se levantou do sofá.

- Demorou heim - ela pegou a sacola da minha mão e começou a abrir rápido.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora