Capítulo 37

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Senti meu estômago embrulhar, e me forcei a levantar e abrir os olhos

Merda.

Tudo girando, penso em deitar de novo mas antes que eu faça sinto que vou vomitar, vou para o banheiro o mais rápido que posso nas minhas condições e graças a Deus chego a tempo e coloco tudo para fora.

Limpo as lágrimas que escorreram dos meus olhos enquanto dou descarga, e quando me encaro no espelho não me reconheço.

Maquiagem borrada, cabelo em pé, olhos inchados, eu estou completamente destruída.

Escovo os dentes e me apresso para entrar no box, não quero que o Arthur me veja nessas condições, na verdade ele já me viu pior, mas mesmo assim sinto um alívio quando a água morna cai sobre o meu corpo.

Mas meu estômago ainda me castiga, e minha cabeça ainda parece estar em outra dimensão, estou igual a uma barata tonta.

Não vou beber nunca mais.

Depois de sair do banheiro vejo o quarto vazio. Aonde ele está?

Coloco uma calcinha e uma camisa sua e desço as escadas devagar, parece que eu levei uma surra, todos os meus ossos estão doendo.

Sinto um cheiro de café muito gostoso, meu estômago chega a roncar, quando me aproximo mais vejo o Arthur de frente para a bancada e de costas para mim, seus músculos cobertos por tatuagens se movem o fazendo ficar mais lindo ainda.

- Bom dia - ele se vira para mim com um sorriso, como ele sabia que eu estava aqui?

- Bom dia amor - ele se aproxima e me envolve em seus braços e me dá um beijo rápido.

- Por que levantou cedo? - ele levanta uma sobrancelha enquanto me observa ainda com os braços me envolvendo.

- Passei mal - afundei meu rosto na curva do seu pescoço - e você, por que acordou cedo?

- Quando eu acordei você estava tomando banho então decidi fazer um café, acredito que o seu estômago não está muito bom.

- É, um café vai ser ótimo - ele concorda com um movimento de cabeça e me afasta segurando na minha mão me levando até a mesa.

Ele se senta a minha frente depois de colocar café nas nossas xícaras, e nossa, que café gostoso, não sei como ele consegue fazer coisas tão gostosas com as mãos.

Para sua sem vergonha.

Forço minha mente a parar de pensar besteiras a essa hora da manhã.

- Quer dar um passeio hoje? - ele me olha enquanto bebe mais um pouco do seu café.

- Claro, para onde?

- Ainda não sei, mas podemos andar por aí até achar um lugar legal, o que acha? - seus olhos azuis me fitaram esperando uma resposta e a única coisa que consigo fazer é abrir um grande sorriso.

- Eu topo - bebo o resto do café e ele também.

- Vou me vestir então.

- Tudo bem, eu só vou ligar para minha mãe e já vou também - ele da um beijo no topo da minha cabeça e vai em direção ao quarto, subindo de 2 em 2 degraus.

Vou para a área da piscina e disco o número da minha mãe e rapidamente ela atende.

- Bom dia, amor - sua voz parece sonolenta - como você está?

- Bom dia, mãe, estou bem e você?

- Eu estou ótima, fiquei preocupada com você, achei que tinha entrado em coma alcoólico.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora