Capítulo 8

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Acordei sentindo um peso sobre o meu corpo e quando abri os olhos percebi que era Verônica pulando em cima de mim.

- Levanta, levanta - continuou pulando em cima de mim sorrindo - eu quero saber de tudo.

Levantei apoiando os ombros na cama, sentindo minha cabeça girar.

- Porra - deitei de novo - me dá um remedio pelo amor de Deus.

- Tá bom - levantou e quando chegou na porta virou pra mim - você vai ter que me contar tudo depois - e saiu fechando a porta.

Fechei os olhos lembrando dos flashes de ontem a noite, foi tudo tão incrível.

Sai dos meus pensamentos quando Verônica chama minha atenção.

- Nossa, já está apaixonada?

- Que? Tá doida - levantei e peguei o copo e o remédio da sua mão tomando logo em seguida.

- Você estava sorrindo igual uma doida, vai me dizer que você não estava pensando nele - cruzou os braços em frente ao peito me olhando com a sobrancelha arqueada.

- Tá bom, eu estava mas não estou apaixonada.

- Uhum, mas e aí, como ele é? - sentou do meu lado na cama.

- Ele é legal - falei rindo e ela balançou a cabeça negando.

- Pode me contar tudo agora - peguei o celular quando ouvi o barulho da notificação, meu coração acelerou vendo que era o Arthur.

Entrei na conversa e vi que ele ainda estava online.

( Bom dia, é o Arthur)

( Oi, Arthur, bom dia)

( Você dormiu bem?)

( Sim e você?)

( Bem, mas se você estivesse aqui teria sido melhor)

( Para com isso kkk)

( Para de fingir que você não gostaria de estar aqui)

( Claro que eu gostaria mas eu tenho vergonha, você sabe disso)

( Você não precisa ter vergonha comigo)

( Eu sei que não, eu tenho que me arrumar para a escola agora, mais tarde falo com você, pode ser?)

( Tudo bem anjo, até mais tarde)

Vi que estava atrasada, desliguei a tela do celular e levantei.

- Quem era? - me olhou com uma cara engraçada - era o Arthur né.

- Era sim.

- Eu sabia, agora me conta logo, por favor, você sabe que eu sou curiosa - fez bico, fingindo estar triste.

- Tá bom, eu te conto no caminho para escola, estamos atrasadas - ela concordou e começamos a se arrumar para a escola.

Assim que terminei de tomar banho peguei uma roupa emprestada com a Vê, quando terminamos fomos para o andar de baixo, tomamos um café rápido e saímos.

No caminho da escola eu contei como foi o meu encontro com o Arthur.

- Meu Deus, vocês são perfeitos juntos - falou dando pulinhos de alegria - vocês vão ter filhos muito lindos.

- Para, Vê - dei um tapa em seu braço enquanto entrava na escola - a gente só saiu uma vez.

- Mas vocês vão ficar juntos, pode anotar.

- Vou anotar de lápis - ela fez uma cara de brava - tô brincando meu amor.

Entramos na sala e logo o professor entrou também.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora