Capítulo 27

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Senti a claridade bater no meu rosto e abri os olhos lentamente, senti um peso em cima da minha barriga, olhei para os lados vendo que estava na cama do Arthur, olhei para o meu lado na cama e o vi dormindo com o braço em volta da minha cintura.

Me espreguicei na cama devagar para não acordar o Arthur. Pera aí, se ontem foi domingo, hoje é segunda.

Merda, merda, merda, merda.

Levantei em um salto procurando meu celular, não achei em canto nenhum então olhei no relógio no pulso do Arthur. Estou atrasada, merda.

- O que foi, amor? - ele falou sonolento virando o rosto para o lado que eu estava.

- Preciso que me leve em casa, tenho que me arrumar para a escola, estou muito atrasada - falei enquanto procurava a minha roupa.

- Não vai dar tempo, vai tomar banho, eu dou um jeito - ele falou depois de olhar para o relógio - corre - ele falou para mim já de pé, corri para o banheiro e tomei um banho rápido - Tem uma escova de dentes na última gaveta - Arthur gritou de algum canto da casa.

Escovei os dentes e saí do banheiro enrolada em uma toalha, penteando o cabelo, quando olhei para a cama vi uma camisa social grande branca e uma cueca também branca, me vesti apressada e desci as escadas correndo, senti um cheiro gostoso de café.

- Vamos? - Arthur já estava pronto, estava lindo, com uma bermuda e uma camisa branca.

- Vamos - ele se virou e me viu com a sua camisa - deveria usar ela mais vezes - apontou para a camisa - toma, fiz para você comer no caminho.

Ele me entregou um copo com uma tampa, que acredito ter café e um potinho, entramos no elevador.

- Arthur, ninguém pode me ver assim - olhei para ele com vergonha.

- Fica tranquila.

Assim que descemos o carro estava estacionado na frente do elevador, como ele fez isso? Entramos no carro e ele saiu do estacionamento, abri o pote e tinha panquecas com algumas frutas frescas.

- Obrigada pelo café - ele olhou para o relógio preocupado.

- Aurora, confia em mim? - ele me olhou estranho.

- Claro, por que está perguntando isso?

- Então coloca o cinto - coloquei conforme ele falou - temos 10 minutos mas ainda tem o tempo de você se vestir.

- Que roupa eu vou colocar? - falei antes de comer o último pedaço de panqueca.

- Fica tranquila, eu já resolvi - ele começou a acelerar o carro.

Ele começou a acelerar cada vez mais e meu coração ficou disparado, quase senti ele bater para fora do meu corpo.

Estávamos muito rápido mas Arthur se mantinha tranquilo, aonde será que ele aprendeu a dirigir assim? Voltei a realidade quando ouvi a voz do Arthur.

- Se segura - e antes que eu pudesse pensar ele fez uma curva - se machucou?

- Não, está tudo bem.

Ele continuou a dirigir em alta velocidade até frear na rua da escola, ouvi batidas no vidro e quando olhei era a Verônica.

- Se veste logo - ela colocou uma sacola no meu colo, o que será que o Arthur falou para ela? Até calcinha ela trouxe.

Me vesti rápido enquanto sentia os olhos do Arthur queimando no meu corpo.

- Obrigada amor - o puxei para um beijo.

- Posso vir te buscar?

- Hoje eu tenho curso, mas dá tempo da gente fazer alguma coisa antes do meu trabalho, eu te ligo.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora