First time - parte 1

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O dia hoje estava incrivelmente mais bonito que o normal. O sol invadia minha janela, iluminando uma parte do meu quarto. Me espreguicei sem vontade nenhuma de me levantar e abri um largo sorriso ao lembrar da noite passada. Finalmente eu tive coragem e admiti não só pra mim, mas também pro Raphael que eu o amava. Peguei meu celular na mesinha ao lado e vi que era quase meio dia. Eu havia dormido demais. Vasculhei minhas mensagens e um sorriso bobo de canto surgiu ao ver uma mensagem de Veiga.

"Bom dia princesa! Espero que tenha dormido bem. Quero que jante comigo hoje. Te busco depois do trabalho. Beijos, te amo".

Ineditamente respondi dizendo que iria sim é que não via a hora de encontrar ele de novo. A contra gosto sai da cama e me despi indo em direção ao banheiro. Liguei a água morna e deixei meus músculos relaxarem, enquanto cantarolava uma música qualquer. Desliguei o chuveiro 30 minutos depois, vasculhei meu guarda roupa e peguei uma calça jeans mais folgada, uma blusa rosa e calcei meus tênis, prendi meus cabelos em um coque e joguei a bolsa preta sobre o ombro. Aproveitei pra arrumar minha mochila e como mais tarde eu não viria pra casa, coloquei uma muda de roupa melhor e um salto, algumas maquiagem e perfume. Eu iria me trocar no serviço mesmo e iria sair direto com Raphael. Peguei minhas coisas, uma maçã na geladeira e chamei um uber, tranquei o apartamento e desci. O carro chegou em cinco minutos e eu parti pro trabalho, mais animada que o normal.

Assim que entrei no bar Ísis me olhou com uma tremenda cara feia, eu sabia que ela estava brava, mas quando eu contasse o motivo ela certamente me perdoaria.

— Eu espero que você tenha uma boa explicação pra ter ido embora ontem. — Ela cruzou os braços.

— Oi Ísis tudo bem? Eu tô bem também. — Falei indo até o armário e guardando minhas coisas. — E aliás eu tenho um ótimo motivo. — Falei sorrindo.

— E que motivo é esse? — Ela me olhou desconfiada.

— Eu fui embora com o Raphael ontem, a gente se beijou, eu disse que amava ele.

— Caralho, finalmente. — Ísis gritou e comemorou igual uma louca.

— Fala baixo. — Falei.

— Tá bom desculpa, mas porra, eu não acredito, até que enfim Heloísa, você se decidiu, vitória do Veiga. — Ísis gargalhou. — Mas me conta como foi?

— Ah foi ótimo, a gente se beijou e eu falei pra ele o que eu sentia. — Disse ajeitando meu uniforme.

— Só isso?

— Como assim só isso? — perguntei confusa.

— Ah Heloísa, com todo respeito, você tava sozinha com esse gostoso e não rolou nada.

Encarei Ísis que me olhava tentando capitar alguma coisa.

— Só uns amassos no carro e nada mais. — Dei de ombros. — Mas hoje nós vamos jantar, depois do serviço.

— Amiga você é?.... — Ísis deixou a frase morrer no ar, mas eu sabia o que ela iria me perguntar.

— Ísis. — A repreendi, sentindo as bochechas corarem.— Eu tive outros relacionamentos, mas não achei que tinha chegado o momento pra isso.

— Ok! Mas e agora? Chegou o momento?

— Sim, eu só achei que ontem não era o dia e nem o local ideal.

— Você tá certa, mas amiga, aproveita hoje por favor.

Gargalhei e ri do jeito como Ísis falou, ela era muito maluca.

(...)

Eu tinha tomado um rápido banho naquele banheiro velho do bar, estava pronta. Usava uma saia de cintura alta preta, um cropped de alcinha também preto e saltos bege. Soltei meus cabelos e os arrumei com as ondas que tinham ficado nele, devido ao coque que eu usava. Fiz uma maquiagem bem leve e me perfumei, peguei minha bolsa e guardei meu celular e documentos e pedi a Ísis que levasse minha mochila pra sua casa. Raphael já tinha me mandado mensagem avisando que me esperava lá fora e meu coração parecia que iria sair pela boca.

— Amiga me deseja sorte. — Falei pra Ísis.

— Eu desejo que você aproveite muito essa noite e por favor, não se comporte. — Ela sussurrou essa última frase e me fez rir.

— Tá bom sua maluca e obrigada por fechar o bar pra mim.

— Vai lá Cinderela, aproveita seu príncipe.

Me despedi de Ísis e sai, o carro de Veiga estava estacionado logo em frente ao bar. Caminhei até ele devagar, estava tão nervosa que tinha medo de tropeçar nos meus próprios pés. Agradeci quando finalmente cheguei ao veículo e abri a porta, aquele cheiro maravilhoso invadiu meu nariz e eu sorri ao ver o quanto ele estava maravilhoso. Aliás, como ele podia estar sempre maravilhoso?

— Você tá linda. — Ele disse se inclinando pra me dar um beijo.

— Obrigada, você também tá. — Retribui o elogio e ele sorriu. — E então, pra onde vamos? — Perguntei colocando o cinto.

— Pra minha casa. — Ele disse ligando o carro e dando partida.

Our Love - Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora