Talvez essa seja a maior piada de nossas vidas!

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Uma puta sensação flutuante e incrível demais, estava plantada em meu estômago, desde a noite passada, quando eu e Heloisa nos beijamos. Não tinha nada mais sexy do que sua voz rouca sussurrando que me queria e o modo como ela arranhava minhas costas suavemente. A questão é que desde que eu a deixei na sua casa, eu me sentia o cara mais foda do mundo, porque finalmente ela tinha entendido o que eu sentia por ela e a julgar pelo nosso beijo, ela também sentia o mesmo.

Me levantei e fui em direção ao banheiro, eu não sabia como as coisas seriam daqui pra frente, mas se eu for pensar no gênio forte de Heloísa e nas milhares de outras coisas que tinha, eu imaginava que não seria fácil. Mas eu não me importava. Toda vez que eu lembrava do modo como ela me quis, eu sabia que iria lutar por ela. Eu faria tudo valer a pena.

Enquanto a água quente escorria pelo meu corpo, fazendo meus músculos relaxarem, a imagem enrubescida de Helô veio a minha mente, depois de deixa - la em casa não nos falamos mais e como hoje eu estaria de folga iria até sua casa, precisava conversar com ela e dizer com todas as letras que eu a amava. Puta merda, eu amava a Heloísa, ela me fazia me sentir uma pessoa melhor e eu queria ficar com ela.

Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, abrindo meu guarda roupa e procurando a melhor coisa pra vestir. Optei por uma bermuda moletom, camisa branca e meus tênis também brancos. Me perfumei e peguei minha carteira e celular. Era quase horário de almoço, então eu planejei chamar Helô pra almoçar, assim poderíamos conversar melhor.

Tranquei meu apartamento e fui pegar meu carro. O fluxo de carros era mais intenso, então eu demorei um pouco mais que o normal pra chegar até o prédio dela. Estacionei meu carro e andei até a portaria, onde fui prontamente liberado. Subi até o andar de Heloísa e caminhei até seu apartamento.

Merda, eu estava muito nervoso.

Toquei a campainha três vezes e esperei até que a porta fosse aberta. Quando Heloísa atendeu seus olhos se arregalaram em total surpresa e eu imaginei que fosse apenas por não estar me esperando ali aquela hora.

— Raphael, o que você tá fazendo aqui? — Ela perguntou nervosa. Heloísa estava arrumada, com certeza iria sair, talvez eu tivesse chegado em péssima hora.

— Eu sei que não avisei, mas depois de ontem eu precisava muito falar com você.

Ela mordeu um pouco o lábio e esfregou as mãos.

— Eu estou de saída. — Sua voz saiu baixa.


— É rápido, eu prometo. — Insisti.

Ela suspirou e me deu passagem.

— Pode falar.

— Eu não consegui dormir depois de ontem, foi a melhor noite da minha vida Heloísa. — Falei.

— Raphael, eu não posso...

— Não pode? Como assim não pode? Então o que merda aconteceu ontem naquela boate? — Explodi, lembrando do beijo.

— Um beijo, foi só isso.

— Eu quero realmente não acreditar que você falou isso Heloísa.

O olhar de Heloísa caiu por completo, eu podia ver seu peito subir e descer freneticamente e mesmo ela tentando manter a postura diante daquela situação, ela não estava conseguindo.

— Eu não posso. — Ela voltou a repetir e lágrimas grossas começaram a cair de seu rosto.

— Por que não? Eu sei que você sente a mesma coisa que eu.

Me aproximei dela e vi seus olhos vermelhos, Heloísa engoliu um soluço enquanto tentava evitar contato visual comigo. Agarrei seus ombros e me pus em sua frente, seu olhar se voltou pra mim.

— Eu sei que você tem medo de toda essa exposição, eu sei que você não quer ser conhecida como namorada de jogador, mas porra Heloísa, eu amo você, amo pra caralho e o que eu puder fazer pra te fazer feliz eu vou fazer, eu vou fazer tudo valer a pena e prometo que ninguém vai falar nada de você.

Heloísa limpou uma lágrima que caia e suspirou, se virando de costas pra mim. Nesse momento a campainha tocou e Heloísa me olhou um pouco alarmada, indo em direção a porta. Quando ela abriu e meus olhos capitaram Gabriel, que estava e quando me viu ficou sério, eu senti vontade de avançar nesse idiota e quebrar ele inteiro.

— Agora eu entendi tudo Heloísa, você não pode porque você já tá com o Gabriel. — Falei e Menino continuou parado do lado de fora, enquanto Helô tinha o olhar baixo e fungava baixinho.

— Raphael, nós somos amigos. — Ela disse com a voz chorosa. Me aproximei da saída e a encarei, ela só podia estar brincando.

Sorri com ironia e encarei meu companheiro de time que não falava nada.

— Talvez essa seja a maior piada das nossas vidas.

Our Love - Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora