First time - parte 2

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A casa de Raphael era linda, tão grande quanto eu imaginava que fosse, era a verdadeira definição de perfeição. A enorme porta de madeira da entrada foi aberta por ele, revelando o interior ainda mais belo. Os tons neutros da decoração deixavam um ar chique e charmoso e tudo contrastava com os móveis com tons um poucos mais escuros, era realmente uma maravilha. Meus olhos se voltaram então pra bela mesa montada, com comida japonesa e vinho. Fiquei estática, estava lindo.

Raphael caminhou devagar para dentro e encostou a porta, abafando o ar frio que entrava. Parada em frente à mesa, meus olhos passeavam por cada detalhe admirada com tamanha delicadeza daquele momento.

— Nossa. — Disse me virando para Veiga, que me olhava sorrindo. — Eu... Não esperava por isso, eu juro, não esperava.— Voltei a olhar para a mesa.

— Gostou?. — Ele perguntou, mordendo o lábio.

— Isso é incrível!. — Falei me virando pra ele novamente.

— Sério? Que bom, porque eu estava muito ansioso por isso. — Ele disse e eu o olhei confusa.

— Por que?

— Bom, porque...Eu queria que tudo ficasse perfeito. — Ele disse, colocando as mãos no bolso da calça.

— E ficou. — Sorri. Ele se inclinou pra beijar meus lábios, suave e devagar.

— Vamos comer? — Ele disse e eu assenti.

Ficamos conversando totalmente descontraídos durante todo o jantar. Eu não quis ir além de uma taça de vinho, queria estar sóbria o suficiente pra está noite. Depois de terminarmos, fomos sentar no sofá, confesso que a essa hora eu já estava tensa.

— Tudo bem?— Rapha perguntou, passando o polegar pelo meu ombro, sorri fraco pra ele.

— Sim. - Murmurei, mas ele não acreditou, permaneceu me olhando desconfiado. Acabei rindo de leve. — Tá, talvez não tanto. - Ele ficou de frente para mim, segurando uma de minhas mãos, gélida e suada.

— O que foi?. — Ele perguntou baixo. Eu estava me sentindo uma completa idiota.

—Você preparou tudo isso, e... Eu não queria te decepcionar, não quero parecer uma boba perto de você. Eu já tive outros relacionamentos, mas isso que pode acontecer agora é novo pra mim.

Senti minhas bochechas esquentarem a medida que eu falava cada palavra.

—- Eu não fiz tudo isso só para transar com você! Porra Heloísa, eu te amo demais e não quero que se sinta pressionada a nada.

— Eu quero você Raphael, quero demais, como nunca quis ninguém. — mordo o lábio.

— Eu não sei o que dizer. — Ele foi sincero e parecia confuso também.

— Então, não diga nada, só me beije. — Falei e quebrei a distância, juntando nossas bocas.

Nossas línguas se envolveram em um beijo diferente, sem definição, estava exatamente entre o calmo e o intenso, entre o simples e o especial. Seus lábios estavam mais macios do que o normal e quentes também. Depositei minha mão na sua nuca e um espasmo foi causado pelo choque térmico da sua pele quente em contato com meus dedos gélidos que percorriam por baixo de seu cabelo.

— Não vai me levar para a cama, cavalheiro? - Sussurrei e senti meu coração disparar.

— Para a cama?. — Ele Murmurou demonstrando confusão.

- É, não é o convencional?— Perguntei acariciando seu rosto. Ele sorriu em resposta.

Estiquei a mão para Raphael que prontamente a pegou e nos guiou para o andar de cima. A porta foi aberta e eu pude ver o tamanho daquele cômodo, fiquei ainda mais impressionada, mas nada ali me chamou mais atenção do que a cama, era realmente o lugar perfeito. Ficamos frente a frente, olhando-nos enquanto eu tirava minha roupa ficando apenas com uma lingerie preta. O olhar que Raphael me lançou me fez perder o fôlego, ele continuava estático apenas observando meus movimentos. Raphael se aproximou e me pegou nos braços, com a surpresa acabei soltando um grito abafado e um risinho. Com um joelho apoiado na cama, ele me colocou sobre o lençol branco e recobrou a postura para retirar os tênis. Antes de se juntar a mim ele sorriu, como se estivesse admirando uma obra de arte. Ele se sentou na beirada da cama e eu ergui o corpo nos antebraços, sentando - me em seguida.

— você tem certeza?. — Ele perguntou.

— Sim. — Respondi.

Raphael voltou a me beijar e dessa vez se pôs em cima de mim. Nosso beijo estava quente e cada parte que ele me tocava, era como se meu coração fosse sair pela boca. Ele se afastou um pouco e tirou sua camiseta, lhe dei um longo sorriso e ele voltou a atacar minha boca. Dessa vez com um pouco de pressa, ele retirou sua calça ficando só de boxer, eu precisava dele mais que tudo. Eu gemia a cada toque seu e aquilo só o deixava ainda mais excitado. Com uma maestria invejável ele se livrou de minha roupa íntima me deixando completamente nua, fazendo minha pele queimar.

Ele desceu os beijos pelo meu pescoço, chupando e mordendo, aquilo com certeza ficaria marcado, mas naquele momento eu não me importava com nada, só queria sentir ele cada vez mais. Sua não subiu em direção à meu seio esquerdo e sua boca foi em direção ao outro, sugando levemente me fazendo soltar baixos gemidos. Quando ele chegou a minha intimidade eu travei, mas ele me olhou tranquilo e eu sussurrei um "tudo bem". Relaxei , abrindo às pernas em seguida, ele passou a mão suavemente e em seguida colocou um dedo, céus eu estava tão molhada , aquilo era bom demais. Após algum tempo ele subiu novamente me beijando, nossos corações pareciam que iam sair pela boca. Se livrando da última peça de roupa Raphael pegou uma camisinha que tinha ao lado da cama abriu e colocou, seus olhos encontraram com os meus e eu vi naquele momento que eu não precisava ter medo de nada.

— Confia em mim. — Sussurrou no meu ouvido. — Eu te amo. — estremeci.

— Eu confio em você. — balancei a cabeça. — E eu também te amo.

Ele se posicionou no meio de minhas pernas e me beijou. Começou a penetrar levemente e eu fechei meus olhos.

— Tudo bem meu amor? Quer que eu pare? — perguntei e eu o olhei.

— Não, por favor, não para. — Falei e o beijei.

Cravei minhas unhas em suas costas quando Raphael entrou com tudo, ele ficou um tempo parado pra eu me acostumar e quando percebeu que eu me mexi lentamente ele começou os movimentos. Ele aumentou o ritmo a medida que eu me sentia mais confortável. Eu gemia baixinho e vez ou outra ele sussurrava um eu te amo. Veiga aumentou mais um pouco os movimentos saboreando cada momento daquela sensação maravilhosa e eu cheguei ao meu ápice, mas eu sabia que ele ainda não tinha chegado.

— Aguenta mais um pouco meu amor. — Ele falou ofegante.

Ele continuou com os movimentos e depois de mais três estocadas chegou ao clímax. Raphael caiu exausto ao meu lado e eu continuei com os olhos fechados. Ouvi quando ele se levantou e foi ao banheiro jogar a camisinha fora. Voltando logo em seguida e deitando ao meu lado. Senti meu corpo ser cobrado pelo lençol e ele me puxar para seu peito.

— Te machuquei? — perguntou preocupado.

— Não. — suspirei abrindo os olhos pra olhar pra ele. — Foi a melhor noite da minha vida, obrigado.

— Há muito tempo eu não me sentia assim. —ele acariciou meu rosto.


— Assim como? — perguntei curiosa.

— Assim tão feliz. — afirmei. — Eu te amo tanto Heloísa. Tenho tanto medo de te perder. — senti meu peito pesar só de pensar naquilo.

— Isso nunca vai acontecer. Eu também te amo demais. — Declarei.

— Eu também te amo, amo demais meu amor. — ele disse e eu bocejei, estava cansada.
— Boa noite. — disse sonolenta, se aconchegando mais em seu peito.


— Boa noite, durma bem meu anjo. — ele sussurrou antes de pegar no sono, agarrado a mim.

Our Love - Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora