Capítulo 14

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Paolla

Alguns dias haviam se passado e eu apenas tinha trocado algumas mensagens com Thomás, mas ainda não tínhamos marcado de nos vermos outra vez. Tentei não ficar pensando muito nisso e me ocupei ainda mais em trabalho, por que cabeça vazia é oficina do diabo.

Quem estava me mandando muitas mensagens e me ligando mais do que de costume era minha mãe, nós somos bem próximas isso é verdade, mas ela tem sido muito incisiva para que eu vá a Portland visitá-la. Porém no momento eu não posso simplesmente largar tudo nas mãos da Emma e viajar.

Eu tenho plena certeza de que ela está planejando algo, eu conheço muito bem a Sra. Lígia e eu sinto o cheiro de armação no ar. Meu celular toca é ela me ligando pela segunda vez nessa semana o que não é muito comum.

— Alô mamãe, duas vezes na mesma semana? A que devo tamanha honra?

— Não seja boba Paolla nos falamos quase todos os dias.

— Sim, isso é verdade. Mas apenas por mensagem.

— Vou ser direta preciso que você venha me ver dentro das próximas duas semanas.

— Mamãe, já conversamos sobre isso. Eu não posso deixar a empresa nas mãos da Emma sozinha no momento. Acabamos de fazer algumas contratações e estamos treinando o novo pessoal.

— Filha eu entendo, mas o que eu preciso falar com você precisa ser dito pessoalmente.

— Tudo bem, vou ver quando consigo ir para aí, mas já aviso de antemão que não poderei ficar muito como sempre faço.

— Isso não será um problema.

Conversamos mais um pouco, eu já estou mesmo com saudade dela, tem mais de três meses que não consigo ir vê-la e isso acaba comigo. Eu ainda espero conseguir convencê-la de vir morar aqui em Seattle comigo, não na mesma casa, isso ela nunca permitiria, mas já me contentaria de morar na mesma cidade. 

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Dois dias depois...

Está tarde agora, se passa das dez horas e eu não falei com Thomás o dia todo. Não que eu estivesse contando, mas desde nossa última noite juntos temos nos falado religiosamente todos os dias.

Eu não vou ligar para ele nem mandar mensagem, eu já deixei claro meus termos e limites não posso ficar cobrando nada dele. Eu sou livre o gosto de ser assim, dessa mesma forma não posso ficar precisando ele para nada, mesmo que eu tenha gostado muito do nosso último encontro e adoraria repetir a noite maravilhosa que passamos juntos. Sem nem contar que eu não sou o tipo de mulher grudenta, nós não temos um relacionamento e eu nem pretendo ter.

Pego meu Kindle e tento continuar a minha leitura, eu amo de verdade ler livros, romances são os meus favoritos. Adoro essa sensação de ser transportada para outro lugar sem precisar sair de casa.

Hoje tem sido difícil me concentrar, desde que falei com a minha mãe hoje não me sai da cabeça o que ela poderia querer falar comigo. Ela já tentou algumas vezes fazer com que eu me envolva com algum filho de uma amiga dela, o que nunca deu muito certo. Eu realmente amo a minha mãe de todo o meu coração, mas eu não namoro e definitivamente não irei me relacionar com nenhum babaca, playboy ou egocêntrico por causa dela.

Só que dessa vez não acho que seja isso, ela não fez nenhuma insinuação nem jogou nenhuma indireta dizendo que está na hora de eu dar um neto para ela, que eu preciso me casar ou alguma coisa do tipo. O que é bem estranho por que ela sempre faz alguma coisa assim.

Depois de tentar a ler o mesmo capítulo por mais de meia hora e não sair da primeira página desisto e coloco o Kindle na mesa de cabeceira. Realmente não estou conseguindo focar em mais nada por hoje.

Resolvo ir para cozinha tomar uma taça de vinho, levanto-me e começo a fazer o caminho até lá, mas paro no meio pois escuto meu celular tocar. Volto para o quarto me perguntando quem estaria me ligando assim tão tarde?

Assim que pego o celular vejo o nome de Thomás brilhando na tela, sinto meu coração bater mais rápido, ele não costuma me ligar a essa hora. Será que aconteceu alguma coisa? Espero que não seja nada. Por fim desisto de tentar descobrir sozinha e atento o celular.

— Alô, Thomas. Está tudo bem?



















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Beijinhos até o próximo capítulo 😘😘😘

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