Paolla
O caminho até minha casa foi bem tranquilo, conversamos um pouco e eu já me sentia bem melhor e relaxada. Estar com ele tem me feito bem demais, estamos avançando mais do que eu gostaria e talvez tenha que acabar com tudo antes que isso fique sério demais.
Ele estacionou o carro em frente o meu prédio e veio abrir minha porta, como sempre ele sendo um cavalheiro. Ele me acompanhou até o lobby e preferiu não subir. Segundo ele, a noite havia sido maravilhosa e ele sempre mantém sua palavra, ele acabaria a descumprindo se entrasse comigo. Apenas me deu um beijo de despedida antes de sair.
Assim que entrei em casa encontrei Emma no sofá assistindo televisão, ela me olhou com uma cara confusa. Coloquei minhas coisas no aparador que ficava perto da porta, tirei meu casaco e o sapato e também os deixei ali em seus devidos lugares.
- Achei que você fosse chegar mais tarde, o encontro com Thomás não foi bom?
- Foi sim. - foi só o que eu disse, mas foi o suficiente para ela perceber que tinha mais coisa aí.
- Ok, pode falar o que está acontecendo?
- Acho que vou parar de me encontrar com ele.
- Não estou te entendendo, eu achei que você estava gostando dele.
- E estou, esse é o problema. Eu prometi a mim mesma que não me apaixonaria de novo por mais ninguém. Não consigo entregar meu coração para um homem de novo. - eu não conseguia sequer imaginar passar por todo aquele sofrimento que passei por casa de Jake.
- Paolla, preste bastante atenção no que eu vou te dizer agora. O que o Jake fez a você é imperdoável, mas isso não quer dizer que Thomás vá fazer o mesmo. Pelo pouco que eu vi dele com você pude perceber que ele não tem nada do Jake, esse homem só tem olhos para você.
Por mais que eu quisesse dizer que Emma estava errada, no fundo eu conseguia ver tudo o que ela estava me falando, mas mesmo sabendo e sentindo isso ainda não me via capaz de me entregar a alguém mais uma vez.
Como eu não disse mais nada ela continuou.
- Faça o seguinte, aproveite os dias que você vai passar com sua mãe e tire um tempo para pensar na relação de vocês. Eu sei que pode ser muito fácil para eu falar já que estou fora da equação, eu não posso dizer o que você passou de fato, mas eu estava lá com você e vi a sua dor. Mas pelo mesmo fato posso ter uma visão diferente de você, eu não quero te influencia a nada, a única coisa que eu quero é a ver sua felicidade.
- Eu sei disso e obrigada. Vou fazer o que você disse e tirar um tempo para pensar, você sabe sempre o que me dizer.
- Sempre estou aqui para você, somos nós contra o mundo certo?
- Sim, te amo Emma.
- Eu também.
Depois dessa conversa que foi bem mais intensa que eu pensava eu precisava muito de um banho quente e relaxante antes de ir deitar. Alguns bons minutos depois eu já estava na minha cama, a conversa que eu tive com Emma pairando na minha cabeça.
Como sempre ela estava certa, deveria mesmo pensar bem antes de parar de me encontrar com Thomás de vez. Eu iria para Portland daqui dois dias, resolvi que não iria me encontrar com ele antes de viajar, daria alguma desculpa caso ele quisesse me ver antes de ir.
No dia seguinte acordei cedo e comecei a resolver o máximo de coisas da empresa antes de ir ver minha mãe, como eu ia de carro teria que sair por volta da hora do almoço para não chegar muito tarde, pois eu não gostava de dirigir por muitas horas durante a noite e o trânsito nesse horário era consideravelmente melhor.
Eu ainda teria que fazer minha mala hoje, eu realmente tinha muitas coisas para fazer antes de ir.
Mandei uma mensagem para Sally pedindo para ela que assim que chegasse na empresa desmarcasse minhas reuniões de sexta e segunda, ainda não sabia ao certo quanto tempo ficaria por lá, caso fosse necessário remarcaríamos as que fossem preciso depois.
Respondi mais alguns e-mails antes de ir para empresa eu tinha pouco tempo para fazer todas as coisas antes de ir, eu provavelmente teria que levar meu notebook para trabalhar um pouco de lá, apenas resolver os assuntos mais urgentes.
O dia foi longo, já havia chegado em casa e estava terminando de arrumar as últimas coisas da mala, meu telefone tocou e não me surpreendeu ver o nome do Thomás brilhando na tela. Nós não nos falamos durante todo o dia, o que era meio estranho, mas eu havia dito a mim mesma que precisava de um tempo longe dele para conseguir me resolver sem nenhuma influência dele.
Thomás: Gostaria de te ver antes de você viajar.
Por mais que eu gostaria de vê-lo, não poderia fazer isso. Precisava de espaço.
Paolla: Infelizmente não vou poder, tenho que passar na empresa para resolver umas coisas de última hora e vou direto de lá.
A mensagem dele veio logo em seguida.
Thomás: Então terei que esperar você voltar, o passeio de barco ainda está de pé?
Paolla: Sim, claro.
Só espero ter uma resposta final até lá.
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Uma chance para o amor
Roman d'amourPaolla Castro não acredita mais nos felizes para sempre, uma mulher de atitude que não se dobra por homem nenhum. Aos seus 27 anos só teve um namorado, apaixonada pelo que faz ela dedica muito do seu tempo a sua pequena empresa de arquitetura em Fre...