PaollaEle está aqui agora? O que raios ele veio fazer aqui assim tão de repente? Ele não fala comigo o dia inteiro e resolve simplesmente aparecer na minha porta do nada?
Ouço a campainha.
Merda ele realmente está aqui.
- Sim, Paolla abre a porta.
Olho pelo olho mágico e o vejo encostado no batente da porta. Respiro fundo, arrumo o cabelo, ajeito a roupa e tiro a poeira imaginaria dos meus ombros.
Certo é agora, eu estou pronta.
Abro a porta e vejo com seu lindo sorriso prepotente em seus lábios. Ele está ainda mais lindo do que eu me lembrava. O cabelo está bagunçado como se ele tivesse passado a mão por ele o dia todo. Sexy demais. O blazer está aberto e sua camisa social estão com os dois primeiros botões abertos. Ele é uma perdição em forma de homem.
Os deuses tem mesmo os seus preferidos.
Noto que eu ainda não disse nada, ele assim como eu olhou por todo o meu corpo e voltou aos meus olhos, mas ao contrário dele eu estou uma bagunça.
- Oi. - é a única coisa que eu consigo dizer.
- Você está linda.
Ele deve estar mesmo louco, eu estou longe de estar linda. Estou de pijama, sem nenhuma maquiagem e com o cabelo bagunçado depois de ficar deitada na cama tentando ler ou dormir.
- Pode entrar. - abro espaço para que ele passe por mim.
Assim que ele entra eu fecho a porta. Quando me viro para ele, ele está tão perto de mim que consigo sentir seu cheiro e o calor de sua respiração em minha pele. Olho em seus olhos castanhos que sempre estão intensos e consigo ver o fogo neles. Ele olha para meus lábios e antes mesmo que eu consiga dizer qualquer coisa ele está o devorando.
O beijo está longe de ser calmo e romântico. É um beijo faminto, necessitado eu diria. Ele me puxa para mais perto e eu consigo sentir todo o seu desejo quando nossos corpos estão colados. Acaba me escapando um gemido e isso é tudo o que ele precisava para me colocar em seu colo.
- Emma está em casa?
- Sim, no quarto dela.
- Certo, você vai precisar ser mais silenciosa dessa vez baby.
Isso é sério?
- Onde fica o seu quarto?
- Primeira porta a esquerda.
Ele me leva para meu quarto sem tirar tirar a boca de minha pele, beijando minha boca, orelha e pescoço até chegarmos ao meu quarto.
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Eu ainda estava ofegante quando ele me puxou para os seus braços, e é tão bom estar assim junto dele. Não deveria ser assim, eu prometi a mim mesma que não me entregaria mais a ninguém. Contudo estar aqui em meu quarto, em minha cama com ele parece simplesmente certo.
- Acho que você precisa ir... - eu não posso deixar que ele durma aqui por mais que seja tão bom ter ele assim tão perto.
- Baby eu não estou nem perto de terminar essa noite juntos.
Ele começa a me beijar novamente, transamos mais duas vezes.
Em dado momento acordo com os raios de sol entrando pela janela do meu quarto, ainda me recusando a abrir meus olhos sinto algo pesado em cima de mim me prendendo. Tento me mexer mais sou puxada para mais perto.
- Mas que merda! - levanto em um pulo e acabo derrubando Thomás da cama. - Por que você ainda está aqui?
- Ai, porra. Bom dia para você também. Acho que ficamos cansados demais e acabamos caindo no sono.
- Isso não deveria ter acontecido, você precisa ir embora antes que Emma acorde.
- Não posso nem tomar um café? - revirando os olhos bufo de frustração.
- Sério Thomás se veste logo. Você precisa ir, agora.
- Você é bem má de manhã, estava bem mais receptiva ontem à noite.
- Talvez se o cara com quem eu tenho transado casualmente não tivesse passado a noite na minha cama eu estaria com o humor melhor.
- Já disse que não foi de propósito.
- Que seja, anda logo. - pego um robe e visto, abro um pouco a porta para ver se a barra está limpa. Como não vejo ninguém saio na ponta dos pés puxando Thomás.
- Me sinto como um adolescente fugindo da casa dos seus pais. - ele diz enquanto começa a rir. Ele ri o que diabos passa na cabeça dele?
- Xiiii fica quieto.
Assim que coloco a mão na maçaneta escuto Emma coçar a garganta, murmuro um merda e me viro para ela.
- Bom dia pombinhos. Paolla não acredito que vai o expulsar sem nem ao menos oferecer uma xícara de café.
- Ele não está com fome. - ouço ele coçar a garganta antes de responder.
- Na verdade eu adoraria uma xícara de café.
Eu vou acabar matando esses dois.
Depois que ele toma um café da manhã completo enquanto conversa com Emma como se fossem melhores amigos resolvo que já deu.
- Certo, tudo bem. Você já comeu, bebeu e conversou o suficiente com a minha amiga.
- Na verdade eu tenho mesmo que ir, tenho um compromisso daqui a pouco mesmo.
Ele se despede de Emma e eu levanto para acompanhá-lo até a porta.
- Eu realmente não dormi de propósito, mas não me arrependo de maneira alguma por ter podido passar mais tempo com você.
- Thomás eu gosto de estar com você, não me leve a mal eu realmente aprecio os momentos que passamos juntos. Porém eu gosto de seguir minhas regras.
Ele se aproxima de mim, tira uma mexa de meu cabelo colocando atrás de minha orelha, acaricia a minha pele e eu me aconchego em sua mão. Ele chaga mais perto e me beija.
- Eu vou te ligar depois para marcarmos alguma coisa.
- Tudo bem. - é a última coisa que eu digo a ele. Ele me beija mais uma vez e vai embora.
- Eu gosto dele. - é a primeira coisa que Emma me diz assim que volto para cozinha.
- Esse é o problema.
Eu acho que também gosto dele.
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Uma chance para o amor
RomancePaolla Castro não acredita mais nos felizes para sempre, uma mulher de atitude que não se dobra por homem nenhum. Aos seus 27 anos só teve um namorado, apaixonada pelo que faz ela dedica muito do seu tempo a sua pequena empresa de arquitetura em Fre...