Paolla
Assim que sai do meu prédio o vi encostado em um carro lindo, um Porsche Paralama Turbo S preto. Parei ainda perto da porta do prédio, ele estava ainda mais lindo do que me lembrava. Usava um terno azul marinho de três peças que se ajustava perfeitamente em seu corpo, com certeza era feito sob medida. O cabelo estava um pouco bagunçado, como se ele tivesse passado a mão nele por várias vezes, o que lhe dava um charme a mais.
Ele não disse nada, apenas continuou parado encostado em seu carro enquanto dava uma olhada longa e demorada por todo meu corpo. O que fez com que eu percebesse que ele também estava admirando a vista. Depois começou a andar em minha direção.
Estendendo a mão para mim enquanto dizia.
— Oi Paolla.
A mesma sensação que tive quando ele encostou em mim no 4Bs aconteceu de novo, fiquei meio sem reação, era como se eu tivesse esquecido como usar as palavras.
Ele deu um beijo em minha bochecha e eu pude sentir o seu cheiro, ele cheirava como uma mistura de sabonete com um toque amadeirado. Eu poderia cheirá-lo a noite toda.
Após o beijo que ele me deu ele se afastou um pouco e olhou nos meus olhos, percebi que ainda não havia dito uma palavra sequer a ele. Tentando não parecer uma louca sem conseguir dizer nada para ele, recobrei o controle sobre meu corpo e consegui formular alguma palavra.
— Oi Thomás.
— Você está ainda mais linda do que conseguia me lembrar.
Queria dizer que ele estava ainda mais encantador e galante do que me lembrava, mas apenas disse — Você também está bonito.
— Já podemos ir?
— Sim.
Ele colocou a mão em minhas costas e me acompanhou até o carro, abriu a porta e aguardou eu me acomodar no banco do passageiro para então fechar a porta e dar a volta no carro para se sentar ao meu lado.
— Espero que goste de comida italiana conheço um restaurante aqui perto que é espetacular. – disse olhando diretamente nos meus olhos.
A facilidade que eu me perdia na imensidão de seus olhos era absurda. Percebi que terei que me policiar o tempo todo durante o jantar para que ele não pense que eu não consigo manter interessada em uma simples conversa.
— Sim... eu adoro comida italiana.
— Ah, antes que eu me esqueça... – se virou para o banco traseiro e pegou uma caixa e me entregou. — Aqui, espero que goste, a vendedora da loja disse que esse era um dos melhores do mercado.
Peguei a caixa e abri, era um celular lindo com certeza deve ter custado muito caro, olhei para o aparelho e para ele meio sem saber como explicar que eu não poderia ficar com ele. Isso era demais.
— Thomás eu não posso aceitar...
— Você não gostou? Eu posso trocar por qualquer cor ou modelo que você queira.
— Não, não é isso. Ele é lindo, só que é demais. Deve ter custado muito caro. O meu era um modelo bem mais antigo e eu já havia lhe dito que eu mesma já estava pretendendo comprar um novo para mim.
— Você gostou? – ele me perguntou mais uma vez.
— Sim.
— Então ele é seu. Fim de papo.
— Muito obrigada eu nem sei como lhe agradecer.
— Apenas jante comigo e me deixe te conhecer.
— Acho que posso fazer isso.
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Uma chance para o amor
Любовные романыPaolla Castro não acredita mais nos felizes para sempre, uma mulher de atitude que não se dobra por homem nenhum. Aos seus 27 anos só teve um namorado, apaixonada pelo que faz ela dedica muito do seu tempo a sua pequena empresa de arquitetura em Fre...