Capítulo 27

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Thomás

O dia que passei com Paolla foi simplesmente perfeito, foi realmente uma ótima ideia levá-la para meu iate, comemos, bebemos um pouco e realmente aproveitamos a companhia um do outro, quando começou a tocar a música da Ruelle a chamei para dançar, eu não sei por que não tinha feito isso antes, foi bom demais sentir ela junto a mim desse jeito. Nesse momento eu soube que eu tinha que conversar com ela e revelar os meus sentimentos por ela de uma vez por todas.

Assim que voltamos para o píer pedi para que Aaron levasse Emma para casa já que fui eu quem a trouxe e não seria justo deixa-la a pé, por incrível que pareça ele não se opôs o que era estranho vindo dele, mas preferi deixar para lá pois agora a única coisa que eu queria fazer era estar com Paolla.

Fomos para o meu carro e ela me pediu para ir dirigindo dessa vez, eu nunca tinha deixado nenhuma mulher dirigir meu carro, nem mesmo Aaron eu deixava, mas Paolla não era qualquer pessoa, ela era a mulher que eu amo.

A mulher que eu amo. Como eu estava louco para dizer isso a ela.

Entreguei minhas chaves a ela que ficou muito feliz. – Nunca tinha dirigido um carro assim antes.

- Pode usar sempre que quiser.

- Obrigada.

O caminho estava bem agradável, ela era uma boa motorista e eu não conseguia tirar meus olhos nem as mãos dela. Ela para assim que o sinal fica vermelho eu a puxo para um beijo casto e sinto se derreter em meus braços, escutamos barulho de buzinas e Paolla dá partida no carro.

Passamos em um cruzamento e vejo um caminhão vindo em nossa direção em alta velocidade, chamo por ela, mas uma luz forte bloqueia minha visão e eu tento protege-la de alguma forma.

O som do caminhão se chocando em meu carro e nos jogando para longe é muito forte. O carro capota por algumas vezes nos deixando de cabeça para baixo. Olho para ela e a vejo desacordada há sangue escorrendo por seu rosto e é a pior cena que eu vi em toda a minha vida.

- Paolla! – eu a chamo mais minha voz não passa de um sussurro. – Meu amor abra os olhos.

Sinto minhas pálpebras ficando pesadas e uma vontade muito grande de dormir me atinge não consigo resistir e me entrego a ela.

Algum tempo depois...

Acordo ouvindo um som irritante de bip ainda com os olhos fechados, me esforço para abri-los e quando consigo uma luz muito forte faz com que eu volte a fechá-los novamente. Duas tentativas depois eu consigo manter meus olhos abertos e começo a olhar em volta logo percebendo onde estou.

Um hospital, assim que me dou conta disso as coisas vão voltando em flashes de tudo o que aconteceu, Paolla pedindo para dirigir meu carro, nos beijando no sinal vermelho, o caminhão nos atingindo, Paolla sangrando e desacordada ao meu lado.

Quando constato isso não consigo me conter, tenho que sair daqui preciso saber se ela está bem, tento me levantar, mas acabo grunhindo de dor.

- O que você pensa que está fazendo? Ficou louco? Você não pode levantar. – eu nem tinha notado a presença do meu melhor amigo aqui até ouvir sua voz.

- Eu não estou nenhum pouco preocupado se posso ou não me levantar, preciso ver Paolla.

- Cara não seja tão teimoso, você fraturou quatro costelas, não vai conseguir andar nem até a porta. – bufo, por mais que ele esteja certo e essa dor é uma vadia, eu preciso saber se ela está bem, se ela está viva.

Viva, ela tem que estar viva. Ela não pode ter morrido sem saber que eu a amo!

- Me diga que ela está bem, que ela não morreu. – assim que falo isso sinto um amargor em minha boca.

- O caso dela não é dos melhores, ela ainda não acordou, mas está viva. Os médicos disseram que o quadro dela é grave. Ela acabou de sair de uma cirurgia e está estável agora.

Não digo nada, só consigo pensar que tenho que conseguir sair dessa maldita cama o quanto antes, preciso que ela saiba que eu estou aqui para ela. Que ela saiba que não vou a lugar nenhum, que não vou conseguir viver sem poder olhar para seus olhos cor de esmeralda que eu tanto amo.

Aaron conversa comigo tentando me manter calmo, me diz que sua mãe já está aqui com ela e Emma também não sai do seu lado. Diz também que entrou em contato com meus pais e que eles estão a caminho daqui também. Mas nada disso faz com que eu me sinta melhor.

Algumas horas depois o médico entra no meu quarto e me explica sobre meu quadro, mas a única coisa que eu quero saber é de Paolla, sou informado que apenas a família tem a acesso a seu diagnostico e não seria ético de sua parte falar sobre o quadro de outro paciente. Eu entendo, mas isso não diminui nenhum pouco minha frustração.

Tento convencer o medico de que preciso vê-la e depois de insistir muito ele concorda que eu a veja amanhã, desde que eu vá em uma cadeira de rodas e não faça muito esforço.

Com muita dificuldade consigo dormir, me sinto um merda. Eu que deveria estar dirigindo, foi uma péssima ideia deixar que ela pegasse o volante, deveria ser eu naquela cama, não ela.

Acordo na manhã seguinte e meus pais já estão aqui, minha mãe não se aguenta em lágrimas e meu pai passa o tempo todo tentando acalmá-la, mesmo que eu já tenha dito que estou bem e que não corro risco de vida ela parece não se importar com isso.

Mas a única coisa que eu consigo é pensar quando que eu posso sair dessa cama e ir ver a mulher que tomou conta do meu coração.

Depois de tomar café da manhã um enfermeiro entra em meu quarto com uma cadeira de rodas me dizendo que já posso ir vê-la, a minha vontade é de pular de alegria, mas o mínimo movimento me dá vontade de socar alguém.

Ele me leva até seu quarto e meu coração para de bater assim que coloco os olhos nela, ela está na cama coberta por aparelhos e tubos, sinto meus olhos encherem de lágrimas, mas me forço para não chorar. Emma vem até mim e me abraça, sinto uma dor fudida, mas consigo disfarçar.

- Que bom que você está bem, desculpe por não ter ido no seu quarto te visitar, mas não consegui sair de perto dela. – diz enquanto olha para a mulher da minha vida e enxuga uma lágrima.

- Não precisa se preocupar comigo.

- Me deixe te apresentar, essa é Lucia a mãe da Paolla e John seu noivo. Esse é o Thomás eles estavam juntos durante o acidente. – diz se direcionando ao casal a minha frente.

- Muito prazer. - digo aos dois. – Sinto muito que seja assim que eu conheça vocês.

A mãe de Paolla segura a minha mão acariciando levemente e eu consigo ver o quanto ela está tão mal quanto eu com tudo isso.

- Vá falar com ela, tenho certeza de que ela gostaria de ouvir a sua voz. – eu olho para Paolla mais uma vez, mas ela volta a falar. – Vamos esperar lá fora para que possa ficar mais à vontade.

Me aproximo de sua cama com certa dificuldade, mas nem a dor que eu estou sentido vai fazer me afastar dela agora. Chego perto dela e toco sua mão, na mesma hora uma lágrima escorre pelo meu rosto.

- Eu estou aqui meu amor. – digo e acaricio seu rosto. – Você vai ficar bem.















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