Capítulo 28

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Thomás

Alguns dias depois...

Recebi alta e já me sinto muito melhor, dor é quase que inexistente. Assim que comecei a me sentir melhor eu meio que montei um escritório aqui no quarto de Paolla, eu me recusava a sair do lado dela. Mesmo depois de uma semana ela ainda não acordou, mas eu não perdi minhas esperanças eu sei que ela está usando esse tempo para se recuperar e que vai voltar para mim.

Fui informado três dias depois do acidente que o motorista do caminhão não sobreviveu aos ferimentos e isso me vez me sentir muito melhor, posso estar sendo um péssimo ser humano, mas não conseguiria viver bem sabendo que o homem que causou tudo isso a Paolla está bem e vivendo a sua vida.

Eu já estava tomando medidas para fazer com que nunca mais saísse da prisão.

Com o passar dos dias começava a ficar mais ansioso, o quadro de Paolla não piorou, porém também não melhorou. Todos os dias eu rezava a Deus para que não a tirasse de mim.

Por mais que trabalhar de dentro de um hospital não fosse o melhor dos cenários, estava conseguindo fazer com que isso desse certo, estava com uma rotina estabelecida com Paolla.

Conversava com ela todos os dias, por mais que ela não me respondesse eu sentia que ela podia me ouvir.

Ouço batidas nas portas e Emma entra no quarto, eu olho para a janela e vejo que o sol começa a se pôr. Eu nem tinha me dado conta de que o dia já tinha acabado. Era nessa hora que Emma ou Lúcia mãe de Paolla vinha para me render. Eu poderia passar a noite aqui, não seria um problema para mim, entretanto sei que elas também querem estar ao lado de Paolla.

- Oi Thomás, como ela está hoje?

- Bem, os médicos passaram aqui e fizeram alguns exames...

Passo para Emma um relatório detalhado de como foi tudo aqui durante o dia. Conversamos um pouco mais até que eu tenho que me despedir, confesso que essa é a pior parte do dia para mim. Me levanto e vou me despedir de Paolla.

- Já estou indo meu amor, amanha de manhã estarei de volta. – beijo sua testa e acaricio seus cabelos.

Definitivamente a pior parte do meu dia.

- Você me liga caso aconteça alguma coisa, qualquer coisa mesmo.

- Não precisa se preocupar, ela vai ficar bem. – continuo olhando para ela até ela enfim concordar comigo. – Pode deixar que eu ligo caso aconteça alguma coisa.

- Obrigada. – respiro aliviado e dou um abraço em Emma.

Vou direto para casa, assim como criei uma rotina com Paolla no hospital, também criei uma para mim em casa. Ela consiste em beber whisky até cair no sono. Assim que chego em casa vou direto para cozinha preparar meu primeiro copo de muitos, minha campainha toca e eu praguejo, largo o copo sob a bancada e eu atender a porta.

- O que faz aqui? – pergunto assim que abro a porta e vejo Aaron do lado de fora.

- Vim ver como você está. – diz enquanto vai entrando. – Que tipo de amigo eu seria se não aparecesse aqui para te ver depois de tudo que aconteceu?

Não respondo, volto para cozinha pego meu copo e viro de uma vez o enchendo novamente em seguida.

- Você está parecendo um lixo. Tomou banho hoje pelo menos.

Eu não tenho me cuidado bem nos últimos dias, meu cabelo vive bagunçado e minha barba nunca esteve tão grande e sem forma. Mas eu estou me lixando para essa merda.

- Claro que eu sim, tomei antes de ir para o hospital.

Ele bufa. – Cara parece que você não toma banho desde o dia do acidente.

- Aaron eu sinceramente não tenho tempo para toda essa merda que você está falando. Você já viu que estou vivo, já pode ir para sua casa.

- Eu não vou sair daqui e te deixar nesse estado, é o terceiro copo que você bebe nesse pouco tempo que estou aqui. Está querendo voltar para o hospital?

- Se eu pudesse não teria saído do lado dela.

Aaron vem até mim e me obriga a largar o copo e sentar no sofá para conversar com ele, eu a contra gosto vou. Conversamos por um tempo e eu volto a beber, em um dado momento caio no sono.

Acordo com Aaron me sacudindo e falando mais alto do que seria necessário.

- Anda logo cara, levanta você precisa ir tomar um banho e fazer essa barba, eu me recuso a te dar banho, nossa amizade tem um limite.

Mesmo que sem vontade me levanto e vou tomar meu banho, minha cabeça parece que vai explodir a qualquer momento. Tomo um banho gelado o que faz com que alivie um pouco minha dor, já estou virando um especialista em cuidar da minha ressaca.

Me visto e eu direto para cozinha, tem um cheiro muito bom de café.

- Nossa quem é você e o que fez com o meu amigo.

- Haha você é muito engraçado, obrigado. – digo assim que ele coloca uma xicara do liquido fumegante em minha frente.

- Não demore muito temos que sair logo.

- Para onde vamos?

- Para o hospital, Emma ligou quando você ainda estava desmaiado de tão bêbado. Paolla acordou.

Deixo a xicara cair.

Ela acordou.

Ela voltou para mim.

















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