Capítulo 29

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Paolla

Acordo sentindo cada célula do meu corpo doer, está escuro e não consigo ver onde estou, tento levantar, mas sinto todo o meu corpo fraco. Tento dizer alguma coisa mais sinto minha garganta arranhar com o esforço me fazendo tossir.

- O meu Deus, você acordou. Eu estou sonhando devo estar. Eu não acredito que você voltou para gente.

Reconheço no mesmo momento a quem pertence essa voz, mas não consigo entender por que tamanha histeria de Emma, ela sempre foi muito intensa, mas por que ela está chorando enquanto olha para mim?

- On... onde... es...tou? – Assim que digo as palavras com muita dificuldade volto a tossir.

- Você está no hospital – diz enquanto me faz beber um pouco de água e assim que o líquido desce por minha garganta sinto um alivio de imediato.

- O que acontece? – tusso mais um pouco e volto a beber água.

- Você e Thomás sofreram um acidente de carro.

Assim que Emma diz essas palavras sinto um aperto muito grande em meu peito e meu coração bate cada vez mais rápido. Ouço um barulho de bip apitar muito alto incessantemente.

- Vou chamar o médico. – ouço Emma dizer mas nenhuma palavra sai da minha boca.

Um milhão de coisas começam a passar pela minha cabeça, será que ele está bem?

Busco em minha memoria o que pode ter acontecido, mas não consigo me lembrar com clareza de nada.

Emma volta com um médico, ele começa a me examinar. Eu não digo nada, as palavras não saem da minha boca.

Passam-se alguns minutos e o médico me explica o que aconteceu, ele me diz que entrei em coma por quase duas semanas, alega que esse foi a forma que eu corpo encontrou de se recuperar devido ao trauma que sofri. Diz que devo ficar confusa nos primeiros dias e que isso é normal dadas as circunstâncias e que eu não devo me forçar a lembrar de nada agora, que minhas memorias iram voltar gradativamente durante os dias.

Ele sai da sala e Emma volta para o meu lado.

- Já avisei sua mãe que você acordou, ela já está a caminho.

- Minha mãe está aqui?

- Sim, ela e John não voltaram para Portland desde seu acidente.

- Você pode me contar como tudo aconteceu? E cadê o Thomás?

- Thomás está bem, ele foi para casa descansar, eu já avisei ao Aaron também, quando liguei ele estava dormindo e achei melhor não acordar ele. Ele não sai daqui, nem para trabalhar, está vendo aquelas coisas ali no canto? – nomeio com a cabeça em concordância – é dele ele montou esse mini escritório para não sair de perto de você.

- Eu não acredito que ele fez isso.

- É uma luta fazer com que ele vá para casa todas as noites, por ele não sairia do seu lado.

- Ele não precisava fazer isso por mim...

- Você não enxerga mesmo né?

- Enxergar o quê?

- Ele te ama Paolla. Esse homem é louco por você.

- Você está exagerando.

- Não estou, vou te contar todas as coisas que aconteceram enquanto você estava em coma.

E é o que ela faz pelos próximos minutos ela me conta com detalhes todas as coisas que ele fez por mim enquanto eu estava desacordada, eu só consigo olhar desacreditada para ela diante de tudo o que ela me diz.

Como ele pôde fazer tudo isso por mim?

Algum tempo depois minha mãe chega com o rosto coberto por lágrimas acompanhada por John.

- Minha bebê, estou tão feliz que você acordou. – diz me abraçando apertado.

- Mamãe, eu ainda preciso respirar para viver.

- Paolla não brinca com uma coisa dessas. Você já deu susto demais em mim, está proibida de me assustar assim novamente. Agora me prometa que não fara nada assim de novo.

- Você sabe que isso não foi culpa minha né?

- Apenas prometa Paolla.

- Eu prometo mamãe.

Passamos o restante da noite conversando, minha mãe nunca parando de agradecer a Deus e dizer o quanto está feliz por eu estar bem. No meio de tudo isso uma coisa me vem a cabeça, temos menos tempo ainda até a data de seu casamento e como terei que ficar mais alguns dias presa aqui nessa cama, vou poder ajudar em tudo que ela precisar no seu casamento.

- Mamãe, quanto tempo falta agora para o grande dia?

- Que grande dia?

- O casamento. Agora que estou presa aqui posso te ajudar em todas as coisas.

- Falta pouco mais de um mês, mas você não deve se preocupar com isso. Estávamos pensando em adiar a data.

-O quê? Claro que não? Por que vocês fariam isso.

Dessa vez quem fala é John.

- Nós conversamos e não seria de bom tom nos casarmos agora depois de tudo o que você passou.

- Eu descordo disso, eu estou bem agora e não corro mais risco de vida, não temos que adiar nada. Se for só por mim, não vejo motivo para tal e eu vou ajudar sim nos preparativos.

- Tudo bem minha filha, mas vamos ficar de olho em você para não fazer muito esforço.

- Não vou mamãe, só vou precisar do meu celular e computador. Resolvo tudo sem precisar sair da cama.



















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