Uma chance para o amor

Capítulo 30

Paolla

Já está de manhã e agora tento controlar minha ansiedade, Emma me disse que Aaron traria Thomás logo cedo, mas já de passa das nove e nenhum sinal deles. Minhas mãos estão suadas e eu não me lembro de ter me sentindo assim por nenhum outro homem.

Depois de tudo que Emma me contou sobre o que Thomás fez enquanto eu estava em coma eu pude perceber o quanto ele se importa comigo, não e qualquer pessoa que ficaria ao meu lado da maneira que ele ficou.

Ele gosta mesmo de mim.

Mas será que eu conseguiria dar uma chance para ele?

São essas perguntas que ficam rodando a minha mente, ele é especial e atencioso comigo, sempre foi na verdade desde que nos conhecemos naquela noite no bar e desde então estamos juntos e isso já passa de dois meses. Eu nunca tive uma relação casual que durou tanto tempo.

E isso diz muito sobre ele.

Normalmente eu já teria me cansado e pulado para outra, porém algo nele não me deixa me afastar por muito tempo, é como se eu fosse atraída para ele como um imã.

Em meio aos meu pensamentos não percebo a porta se abrindo, quando dou por mim vejo Thomás paralisado na entrada do quarto com os olhos fixos em mim, não sei como ele consegue, mas me parece que cada vez que eu o vejo ele está ainda mais lindo que na vez anterior.

Percebo que ele nem se mexe, vejo até que está respirando com certa dificuldade. Ele parece despertar quando Emma se manifesta.

- Vou deixar vocês à sós. – me dá um sorriso tranquilizador e sai do quarto.

Isso parece fazer com que Thomás enfim volte a realidade, ele passa a mão no cabelo e depois no rosto até que finalmente caminha até mim.

- Eu ainda não consigo acreditar que você está aqui. Eu pedi muito a Deus para que não te tirasse de mim...

Ele para de falar e acaricia o meu rosto completamente hipnotizado.

- Como você está? Emma me disse que você se machucou bastante.

- Não foi nada, eu estou ótimo. Melhor agora que consigo ouvir o som da sua voz.

Fico meio sem jeito com o que me diz.

Deus eu pareço uma adolescente apaixonada.

Apaixonada.

Céus será que eu me apaixonei por Thomás.

Mando esses pensamentos embora e volto prestar atenção no homem a minha frente.

- Como você está se sentindo? Sente dor em algum lugar?

- Estou bem, um pouco de desconforto nas costas, mas imagino que seja pelo fato de eu estar todo esse tempo deitada.

- Quer que eu te ajude a sentar?

- Eu adoraria, na verdade eu queria ir para casa.

- Sinto muito, mas não acho que isso seja uma boa ideia.

- Minha mãe surtaria com certeza.

- Tenho certeza que sim.

- Você conheceu minha mãe?

- Sim ela e o John, conversamos bastante você se parece muito com ela, ela me convidou para o casamento. Gostaria de ir se isso não fosse estranho para você.

- Isso é cara dela, você não precisa ir. Posso inventar uma desculpa qualquer por você.

- Por que você faria isso?

- Você quer mesmo ir?

- Paolla você não consegue ver? – diz me olhando com um a testa franzida, apenas nego com a cabeça e ele continua. – No dia que sofremos o acidente eu lhe disse que queria conversar com você, você lembra disso?

- Sim.

- Eu estava pronto para me declarar a você, eu sou completamente apaixonado por você, não é de hoje que eu sei disso e quase me arrependi de não ter te dito o quanto eu te amo. Tive tanto medo de te perder...

- Pera... O que você acabou de me dizer?

- Eu te amo Paolla, quero ter um relacionamento com você, poder dizer para todo mundo que você é minha. Quer namorar comigo?

Fico paralisada, minha boca abre e fecha, mas nenhum som sai dela.

Ele acabou mesmo de dizer que me ama...

Eu vou mesmo dar uma chance para o amor?

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