Capítulo 19

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Canalha

Eu deixei a Bárbara em casa, e depois fui pra minha. Meu coroa tava animadão pro churrasco de comemoração e nem demorou até os outros manos chegarem, com as mulheres e os filhos.

Eu me trajei todo no pique.

Cheiroso, bonito e rico.

Eu estava disposto a dar um gelo na Babi e fazer ela se ligar que eu era o homem da vida dela, e o Padilha não era ninguém na fila do pão.

Eu até podia disponibilizar a minha lista de contatos do meu celular pra ele desencanar da minha gostosa, mas nem tinha intimidade com o cara o suficiente pra mandar esse papo.

E não queria me meter também. Bárbara era ciente das atitudes e escolhas dela, de controlador já bastava o Ret.

Fumei um baseado, e fui pra laje quase uma hora depois, encontrando todos os parceiros ali. Fiz um toque com cada um deles, dei um beijo nas tias e nas meninas, e a Babi só colocou a mão na minha barriga, não deixando eu beijar ela, só pra não perder a implicância.

Me sentei do lado do meu parceiro Galego, e da Beatrice, que estava agarrada com ele. Nem entendi legal. Acho que estavam tentando se assumir, mas o Galego estava todo tenso, porque o Rato não tirava os olhos dele.

A Bárbara estava sentada do lado da Bianca, abraçada com a irmã, e eu me perdi na beleza dela por um minuto, mas ela nem me olhava de volta, estava prestando atenção no que a Alana falava com as duas.

Pô, quando Deus desenhou aquela mina, ele não tinha parado de namorar um segundo se quer.

Era foda, não tinha nem comparação com nenhuma outra. Nenhuma modelo, atriz, miss ou qualquer outra parada. A Babi era a mais linda, gostosa e cheirosa do mundo inteiro. A mulher da minha vida!

Só acordei quando o meu pai deu uma risadinha, soltando a fumaça do narguilé e me encarando pelo canto do olho. Ele desviou o olhar de mim pro Galego, depois voltou pra mim, e negou com a cabeça.

Salvador: Cês é contra jogar fora de casa, né meus cria.

Galego: Tu brinca muito, Tio.

Salvador: Quem brinca são vocês dois... rindo na cara do perigo.

O Ret olhou pra gente, prestando atenção na nossa conversa.

Canalha: Fica quieto, pai, porra!

Salvador: Acho engraçado que a uns dias atrás tu metia marra e fazia graça. Agora tá peidando ai, mudou o que no bagulho? - perguntou, com o sorriso no canto da boca.

Eu só neguei com a cabeça.

Canalha: Papo reto que tu e a Tia Alana se pegavam antes de conhecerem a mãe e o Ret?

O sorriso dele sumiu do rosto.

Salvador: Papo reto que eu vou te furar todinho na bala, desgraça.

Canalha: No dos outros tu gosta, né? - gastei.

Alana: Porque vocês estão desenterrando isso agora?

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