Capítulo 07

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Bárbara

Senti os meus pelos se arrepiarem quando o seu hálito quente tocou a minha nuca. Os seus dedos deslizaram suavemente por toda a extensão do meu braço, desde o pulso, até parar no meu ombro, puxando a alça do vestido pra baixo.

Coloquei as minhas mãos em frente ao meu peito, mantendo o vestido no lugar. Eu não queria ficar pelada, mas me sentia tão tentada a dizer sim para qualquer coisa que ele pudesse me pedir, que era até difícil lembrar como se falava um "não".

Ele me chamou. Bárbara. A voz que sempre era tão devota de carinho, ou deboche, na mesma proporção, estava rouca, e fez com que escapasse um gemido baixo da minha boca só de ouvi-la.

Suas mãos apertaram o meu quadril, me mantendo de costas pra ele, e chocou nossos corpos com tanta força e brutalidade que me fez quase cair com a cara no chão, se ele não tivesse me segurado. Sua boca foi até o meu pescoço, deixando um beijo demorado no local.

Uma de suas mãos desceu um pouco da minha cintura, puxando a barra do vestido pra cima, enquanto propositalmente os dedos esbarravam na minha pele. A outra mão segurou a minha, entrelaçando os dedos e fazendo com que eu deixasse de me preocupar em manter o vestido cobrindo os meus peitos.

Canalha: Abre os olhos, Bárbara.

Eu não queria, porque estava morrendo de vergonha. Mas estava tão bom, que eu não poderia negar nada a ele, naquelas condições.

Quando eu fiz o que ele pediu, quase caí pra trás ao encarar o nosso reflexo no espelho, bem na minha frente.

O Renan olhava diretamente pra mim, através do espelho e eu retribuía na mesma intensidade. Mas desviei o olhar de seus olhos escuros, pra encarar o meu próprio corpo, que ele tentava tomar pra si próprio, usando as mãos.

A mão dos dedos que estavam entrelaçados aos meus tocaram o meu peito, apertando. A mão do Canalha estava por cima da minha, ou seja, a minha própria mão fazia os movimentos, que ele determinava com a sua.

Tentei fechar os olhos sentindo a minha boceta pulsar. Mas ele parou com os movimentos, me fazendo mantê-los abertos. Vi um sorrisinho crescendo no seu rosto, e ele continuou a apertar o meu seio, quando terminou de subir por completo a mão que estava em minha coxa, entrando na minha calcinha.

Arfei alto, quando um de seus dedos começou a brincar com a minha intimidade, e fechei os olhos, ouvindo mais uma vez sua voz rouca me mandando abri-los, mas me arrependi no momento em que fiz, encontrando a minha mãe me encarando na porta do meu quarto, com um sorriso debochado no rosto.

Sentei na cama, coçando os olhos.

Caralho. Um sonho.

Um sonho com o filho de uma mãe muito bonita que era o Canalha.

Desgraçado! Nojento! Debochado!

Dobrei os meus joelhos, ainda sentindo o olhar da dona Alana queimando em cima de mim. Apoiei um dos cotovelos no joelho, e escondi o meu rosto na minha própria mão.

Tudo culpa daquele vagabundo, que disse que queria me levar em um lugar, mas ao invés de fazer, simplesmente me deixou em casa, porque segundo ele "não ia me forçar a ficar em sua presença sem que eu quisesse". Pô, não que eu morresse de amores por ele, mas queria saber realmente onde ele queria me levar.

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