Epílogo

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- Será que isso está mesmo acontecendo? - pergunta Carlos olhando para o teto.

Estávamos ainda deitados sob o tapete da sala, tínhamos acabado de fazer amor e por incrível que pareça, eu me sentia completa.

- Tenho certeza que sim! - digo ao levantar minha cabeça e a apoiar sob minha mão olhando para ele. Carlos sorri.- Sabe do que senti mais falta? - perguntei.
- Não, do quê? - retrucou ele.
- De ver seu sorriso. - respondi. Carlos alargou ainda mais o sorriso.
- Você mudou tanto Malu! - disse ele ao acariciar meu rosto. Sorri em resposta. - Está mais segura de si, mais, mulher!
- Devo isso a você Carlos... Se eu não tivesse esbarrado em você naquele dia, nas duas vezes... - digo sorrindo. - Talvez eu ainda estivesse presa naquele mundo que só existia na minha mente. Enxergar que o amor não é uma prisão, não é egoísta, foi fundamental para eu me encontrar como mulher, como pessoa. E isso eu devo a você! - ao ouvir minhas palavras, Carlos me beija suavemente.
- Eu também demorei para aprender Malu, mas aprendi, aprendi que o amor não nos aprisiona, e se isso acontece, não é amor... Aprendi que mesmo que amemos alguém, e se essa pessoa não nos vê com o mesmo olhar, devemos deixá-la partir, se amamos, devemos deixá-la livre. Isso é amor. - disse ele olhando dentro de meus olhos.
- Você me disse assim que nos conhecemos que sabia que eu era sua alma gêmea, como tinha certeza? - perguntei.
- Eu não sei, apenas tinha... Te ver daquele jeito, tão vulnerável, despertou algo em mim, um sentimento bom, de proteção, de apego. É uma daquelas coisas que só acontecem uma vez na vida. Eu soube no mesmo instante que olhei em seus olhos, eu soube que por mais voltas que a vida desse, um dia, ela me traria a você! - disse Carlos me deixando sem palavras.
- Quero que me ensine Carlos, que me mostre como é amar de verdade. Como é viver um amor assim, puro, como o seu. - digo. Carlos me beija novamente.
- Posso te mostrar como é, mas, sentir, só você será capaz de fazer... Mas, o que depender de mim, você sentirá o mais rápido possível. Eu não vou te deixar ir Malu, não depois de te ter em minhas mãos como tive. - diz ele seriamente.
- Então me faça sua novamente Carlos! - implorei susurrando.

E foi assim que descobri o que é amor.

Muitas das vezes, apostamos todas as nossas fichas em alguém simplesmente porque amamos essa pessoa, mas, não nos preocupamos se ela sente o mesmo, se nos correspondem da forma que merecemos e com isso, colocamos nosso afeto em um patamar baixo. Mas, quando descobrimos que o amor é livre, e que mesmo amando devemos deixar a pessoa partir, tudo muda. Quantos relacionamentos poderiam ter tomado um rumo diferente se um dos envolvidos percebesse isso.

Que o amor, é amar, amar ao ponto de ver a pessoa feliz, mesmo que não seja ao nosso lado.

Devemos jogar coisas boas para o universo, e ele nos trará de volta.

Foi assim comigo.

Quando decidi deixar Eduardo livre, o universo me deu Carlos de volta. E ao seu lado eu fui mais que feliz. Eu descobri e vivi o verdadeiro amor. Aquele que apenas quer o nosso bem, sem exigir nada em troca.

Fim.

Acabamos por aqui meus leitores preferidos.

Quero agradecer a todos que leram, votaram, e comentaram.

Confesso que através de alguns comentários, decidi que essa história tomaria um rumo diferente...

O que eu escrevi aqui, acontece muito em nossas vidas. Talvez, deixamos passar aquele verdadeiro amor apenas por estarmos amando a pessoa errada.

Obrigada a todos. Bjs, e até a próxima história. 😘😊❤️❤️

Meu futuro ex-maridoOnde histórias criam vida. Descubra agora