Quando o perigo bate em sua porta - 🏥 K. Taehyung 🔫

🍀Eleven🍀

     Jennie comia seu lámen impaciente, sem telefonemas ou mensagens, como coisas simples a incomodavam tanto? As horas passavam com certa lentidão, talvez por está pensando em alguém fizesse isso acontecer, mas estava agoniada demais.
    A madrugada chega, Taehyung observava o teto vazio enquanto achava uma maneira de se manter inocente, mafiosos são família e também são aliados, mas, mesmo uma família, pode ser traído e renegado por todos por um simples ato de covardia feito por um deles.
     Polia delicadamente a lâmina da adaga enquanto ouvia o cantar da coruja ao longe, pôs a arma na caixa e abriu o maço de cigarro, tirando um deles, acendeu e tragou tentando aliviar um pouco seus pensamentos, que estavam agitados e agora havia mais do que um objetivo a ser seguido.
     O dia amanheceu mais uma vez, mesmo estando preocupada com ele, não se deixaria levar em tristeza, se um dia o encontrasse, conversariam sobre tudo. Lavou o rosto e se arrumou, vestindo seu vestido floral de cor azul marinho, um coque alto e uma maquiagem leve, saiu de casa como sempre fazia e caminhou até o ponto de ônibus, entrou nem deles e pagou sua passagem, sentou-se no fundo do veículo e observou a vista.
     Desceu em frente ao hospital e seguiu indo até a sala de enfermeiros, vestiu seu uniforme e olhou o horário do dia, Tzuyu entra e a olha:
    – Jennie... Estava com saudades de você. Então, o que fez nesse tempo livre?
    – Nada demais... Apenas, saí com alguém.
    – Não me diga que, foi com aquele paciente que esteve na semana passada, procurando você?
    – Sim, ele mesmo.
    – Hum, vai contando logo, estou ansiosa desde a ligação que tivemos.
    – A gente jantou juntos e–
    Um enfermeiro apareceu na porta, estava ofegante e suando muito, Jennie se aproximou o ajudando a se sentar e tentou ouvir atentamente:
    – Senhorita Enfermeira, há um paciente gravemente ferido na urgência e eles não estão encontrando o médico plantonista. A ambulância já saiu e não estamos dando conta direito.
    – Certo. Vamos lá, Tzuyu depois nos falamos.
    – Está bem, bom dia!
    Jennie segue o estagiário e ao cruzar a porta da urgência, o caos estava começando, duas pessoas gravemente feridas e inconscientes. Ela rapidamente deu ordens para os enfermeiros ali e foi ajudar até o médico ser encontrado, uma das vítimas precisava de uma massagem cardíaca, mas o enfermeiro novato tremia de nervoso, sem esperar, agiu fazendo a massagem e pediu para trazerem gazes e soro, o homem parecia ter voltado e isso aliviou um pouco dos problemas.
     Ao chegarem com os suprimentos, Jennie fez as suturações precisas e deixou o mais difícil para o médico cirúrgico daquele plantão, a segunda vítima já tinha acordado, mas não sentia uma das pernas, era preocupante, mas tinha que descobrir onde estava vindo o problema. Um dos enfermeiros relatou todo o ocorrido que ouviu do emergencista e assim pôde ter uma noção melhor do que fazer diante da situação.
     O médico aparece e finalmente os dois são mandados para a sala de cirurgia, Jennie se aproxima dele e o olha:
     – Charlie, seu paciente está tendo um vazamento de líquido cefalorraquídeo, de nivel iatrogênico causado pelo acidente de carro. Por favor, seja o mais breve possível, o outro paciente teve apenas um osso da tíbia esquerda e do rádio quebrados, fiz sutura em algumas feridas, eles agora estão em suas mãos, doutor.
     – Obrigado, Jennie. Como sempre, minha melhor aluna. Enfermeiros, que estavam com eles me sigam os outros podem ir para outra emergência.
     Ele sai apressado e Jennie olha para os que estavam ali, pareciam ansiosos, com medo e cansados, todos os sentimentos que um enfermeiro sente ao está sob pressão. Ela suspira e não liga para seu uniforme sujo com o sangue de um dos pacientes e os encara sem parecer dá uma bronca:
     – Vocês fizeram um bom trabalho, mas lembrem-se: a vida do paciente está em primeiro lugar. Deixe as emoções de lado e façam seus trabalhos, certo? Todos aqui são excelentes, mas não podem deixar se levar por sentimentos, eles atrapalham certos procedimentos. Agora, vamos para a emergência, já deve ter gente lá.
     Todos concordaram e voltaram para a ala da emergência, mesmo tendo realizado uma ocorrência, seus pensamentos mais íntimos iam em direção a Taehyung, que decerto deveria está fazendo alguma coisa a qual ela daria de tudo para saber, mesmo se não fosse nada demais.
      Taehyung levanta da cama e olha para o relógio, suspira e vai ao banheiro, depois de um banho, vestiu uma roupa confortável e colocou seu boné favorito, pôs sua máscara preta e saiu do quarto em que estava hospedado, desceu até o restaurante de lá e comeu seu café da manhã, saiu depois de pagar a conta e seguiu indo para o centro da cidade.