Quando o perigo bate em sua porta - 🏥 K. Taehyung 🔫

🍀Fifhteen🍀

     Taehyung a observava dormindo, enquanto estavam deitados no carpete da sala, imaginava que teria sido tudo fácil se fosse apenas um cara normal. Um cara sem família, apenas um cara. Levantou devagar para não acorda-la e caminhou sem fazer barulho, vestiu a calça moletom e foi para a cozinha, olhou para a mesa e percebeu que a maleta ainda estava ali. Se adiasse mais, se torturaria um pouco mais de tempo, então decidiu enfrentar a si próprio e abri-la.
    Observou o fundo dela e percebeu que o que tinha era valioso, olhou para sala para ter a certeza de que Jennie ainda dormia, depois sentou-se na cadeira e começou a vasculhar cada objeto ali dentro. Uma pasta amarela, uma caneta e uma caixa branca. De cara não havia entendido, mas ao abrir tudo, quase falou alto e isso faria com que todos ali o escutassem.
    Aquele documento era um contrato ilegal feito pela companhia de Min Seok, aparentemente poderia ser o estopim de toda confusão, mas ao analisar a caixa branca, se surpreendeu com o seu conteúdo. Era aquilo o real motivo da morte de Seok? Um homem de negócios tinha que ser astucioso e ambicioso, mas um mafioso era sorrateiro e poderia se tornar até pior que o próprio demônio.
     Viu todas as fotos e tentou buscar algo na mente que fizesse sentindo com aquilo, mas nada era coerente, ouviu um ruído e se espantou, guardou tudo e antes que Jennie se aproximasse, ainda sonolenta, pôs a maleta dentro do armário e a olhou:
    – Dormiu bem?
    – Acho que sim. Apesar de que, carpetes não são feitos para dormir.
    – Quer um café?
    – Vou aceitar, já que tenho que trabalhar daqui a duas horas.
    – Vai está de plantão?
    – Sim. Só volto na sexta, se possível.
    – Espero que venha mesmo. Anda, tenho que alimentar você.
    – Acho que vou querer só o café. Se comer, vou demorar mais.
    – Está bem, aqui seu café. Beba tudo e tranque sua porta quando sair.
    – Eu sei. E você me atenda se eu ligar.
    Ela colocou a xícara na pia e voltou para a sala procurando suas roupas, Taehyung observava de vez ou outra para o armário, a peça do quebra cabeça estava começando a se encaixar, ele se aproximou dela ao vê-la vestida, beijou seu pescoço lentamente e a abraçou. Jennie se virou o olhando e sorriu, deu-lhe um selinho e saiu dali.
     Ele então voltou para a cozinha e abriu a porta do armário, tirou a maleta e a levou consigo para o quarto, abriu novamente e tirou a pasta amarela, lendo mais atento os papéis e se certificando do que lia. Mas a dúvida surgia, por que seu irmão havia o entregado isso? Qual era a sua intenção? Ele não o havia descartado antes mesmo que Kang o fizesse, e agora o entregava provas de que ele mentia para todos e a razão de ter matado o seu amigo.
    As horas passavam e Jennie estava no sala de emergência e como sempre, apressada e na ativa, ajudando os pacientes e orientando os novatos, Tzuyu a observou e no jantar não ficou calada, segurou em seu braço e a puxou para fora do refeitório indo até o corredor da ala dos enfermeiros, ela a olhava sem entender, mas iria perguntar assim que parassem de caminhar, e no momento em que aconteceu, antes que pudesse pronunciar algo, ela própria se adiantou:
    – Tenho que te falar, algo urgente.
    – Diga logo.
    – Finalmente... Eu e Jungkook vamos nos casar.
    – Sério?
    – Sim, ele me disse que não liga para as provocações ou investidas da mãe. Casar comigo não era mais um medo e decidiu enfrentar isso.
    – Meu garoto cresceu. E quando vai ser?
    – Neste final de semana.
    – Espera. Mais não é muito cedo?
    – Cedo sim, mas nada que ela possa impedir.
    – Wow... Agora falou como minha Tzuyu fala. A megera deve está chorando de dor de barriga. Te desejo felicidades, e claro, não se deixe ser intimidada por ela nas reuniões de família.
    – Ela não me conhece como uma nora de verdade. Você verá e ouvirá amiga.
    – Senti firmeza. Mas vamos voltar para o trabalho, antes que toda essa euforia nos abale.
    Ela riu baixo e ambas saíram juntas conversando um pouco. O dia chegou e eles casaram, era um dia ensolarado e não fazia muito calor, apesar de querer ter ido com Taehyung, não o chamou para preservar sua identidade. Voltou para casa a noite e decidiu que apenas iria dormir após um banho quente e relaxado.
    Na madrugada, Taehyung havia mandado uma mensagem para Jennie, queria passar o dia com ela e aproveitar bem, mas ela apenas visualizou e não respondeu, ele então ligou e ela atendeu:
    – Fiz algo de errado?
    – Não, só estou querendo dormir, meu bem.
    – Amanhã, vamos sair.
    – Está bem. Agora, eu preciso dormir.
    – Sonhe comigo. Tchau!
    Ele desliga e sorri, pega o notebook e busca algo na internet sobre as empresas de Min Seok, aparentemente eram confiáveis, tirando o fato de que certos sites, difamavam ela com toda a força. O irmão dele parecia que estava cuidando de tudo, mas na verdade, estava apenas cobrindo a verdade.
    No dia seguinte, Jennie levantou animada para sair com Taehyung. Apesar de ter ficado cansada do dia anterior, ter um tempo com ele era a melhor coisa que poderia fazer. Observou que estava ficando um pouco mais magra, isso era preocupante, só que lembrou de que o estresse ajudava também aquilo está acontecendo.
    Vestiu algo não muito chamativo e mandou mensagem para ele, que sem demora respondeu logo, sorriu e desceu, saindo de casa e dando de cara com Taehyung, que trajava algo bem leve, uma calça frouxa marrom e uma blusa polo bege, combinava perfeitamente com seu estilo. Deram as mãos e saíram juntos até a parada de ônibus, após alguns minutos, entraram nele e sentaram ao fundo do veículo.
    Jennie observava a vista da janela enquanto segurava a mão de Taehyung, que estava olhando ao redor, ao descerem, caminharam até o restaurante italiano Giovanni's, que não estava tão lotado. Entrou e o garçom os levou para a mesa reservada. Eles sentaram e leram o menu e fazendo seus pedidos.
     – Então... Já falou com seu irmão?
     – Não quero falar disso.
     – Eu sei, mas ele parecia querer falar com você. Devia dar uma chance para ouvir o que tem a dizer.
     – Por que acha isso? Ele te disse algo, por acaso.
     – Não. Mas, ouça o meu conselho. Fale com ele.
     – Vou pensar. Agora, quero saber como foi a festa.
     – Bem, apesar de que a mãe dele apareceu lá só para criar confusão, de resto foi ótimo.
     – Coitados. Que bom que se divertiu.
     – Gostaria que tivesse ido comigo, mas fiquei com receio de que... Você sabe.
     – Não me dou bem em multidões. Obrigado por não ter me chamado.
     – Entendo.
     A comida chega a mesa e ambos os dois se servem. A noite estava apenas começando para um jovem casal.