🍀 Fourteen 🍀

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    Na manhã seguinte, Taehyung preparou o cafe da manhã e saiu sem fazer barulho. Voltou ao seu apartamento e organizou suas coisas, teria trabalho para fazer. Contatou Hoseok e o avisou sobre o que já tinha em mãos, abriu o notebook e acessou os vídeos que havia recebido, dava para vê claramente o rosto de Kang e de Ling.
    Min Seok parecia tentar negociar, mas ambos não ouviram sua oferta e abriram fogo contra ele. Mas o que intrigava Taehyung era como conseguiram descartar os cartuchos daquela cena sem alterá-la. Os policiais devem ter sido comprados ou estavam com medo de colocar isso no relatório de investigação, respostas tinham que ser ditas e lógico que ele iria atrás de todas.
    Ao invadir o sistema da polícia por alguns minutos, procurou sobre o caso, e como havia deduzido, nada de armas ou balas no local, apenas na pessoa, outra prova de que Kang era o real traidor de tudo aquilo. Suspirou e saiu dali antes que achassem seu ID. Fechou o notebook e suspirou fundo, já entendia tudo e agora queria apenas viver, com dois propósitos, primeiro sua vingança e depois, seu amor.
    Jennie acorda um pouco mais descansada, pensou em como o tempo realmente curava algumas coisas e ontem sentiu aquele sentimento de novo, mesmo que os anos tivessem passado, o que aconteceu não poderia ser esquecido. Levantou sem perceber que Taehyung já havia saído dali, mas desceu as escadas, viu a mesa posta e um Post-It na porta da geladeira: "Não te acordei porque achei melhor que dormisse mais um pouco, espero que tenha um bom dia, me ligue."
     Um sorriso bobo surgiu em seus lábios, a fazendo esquecer qualquer impasse em sua mente. Hoseok havia enviado uma mensagem para Taehyung sobre o que descobriu de Kang, mesmo que aquilo fosse perigoso, era preciso. Ao teclar algo, ouviu fortes sons na porta, deduziu que poderia ser Jennie, mas ela não bateu na sua porta quando estava com raiva, deixou o notebook no sofá e levantou um pouco preocupado, tirou da gaveta uma pistola e a levou consigo até a entrada, olhou pelo olho mágico e percebeu que as feições e semelhanças não era nada parecidas com ela, rapidamente guardou o objeto em sua mão e abriu devagar, hesitante e um pouco confuso, olhando fixo para a pessoa parada ali em sua frente:
     – O que faz aqui, Namjoon?
     – Seu hyung vem te vê, e é assim que sou recebido?
     – Você deixou de ser a partir do momento em que disse "Nosso sangue pode ser o mesmo, mas não somos iguais".
     – Eu estava cego pela "família", gostaria que te desse um abraço e beijasse seu rosto?
     – Não. Queria que tivesse acreditado em mim. Doeria bem menos do que suas palavras.
     – Estou aqui porque eu não aguento mais ficar contra você. De todos os nossos irmãos, mesmo te odiando, percebi que não posso mais ficar assim.
     – E o que trouxe para mim? Um buquê de flores? Um presente? Ah, não deixe me vê, uma desculpa idiota para tentar se redimir de você mesmo por ter me virado as costas. Acertei?
     – Você tem razão. Não tenho motivos ou interesses para aparecer aqui como se nada tivesse acontecido. Mas temos os mesmos motivos: Família.
     – Já te tirei dela há anos. Agora, pegue todas essas palavras e soque onde você sabe. Passar bem.
     Ele se virou e antes que pudesse fechar a porta, Namjoon interviu com o pé e o olhou mais uma vez, seu olhar não era de repúdio ou de nojo contra ele, parecia que queria recuperar algo perdido entre eles, mas Taehyung estava decidido a não ceder a tais investidas, o empurrou e fechou a porta sem chance dele interromper novamente. Caminhou um pouco e caiu de joelhos segurando toda a amargura que sentia dele, não se permitiu chorar por ele e muito menos gritar.
     Namjoon percebeu que ele não abriria e colocou a maleta no chão em frente a porta dele, e antes que descesse as escadas, a porta ao lado foi aberta e o par de olhos foram em direção a ele, pareciam confusos com um tom de curiosidade, mas talvez ela não perguntaria e voltasse para dentro, só que então a pequena criatura fecha a porta atrás de si e observa, dessa vez com mais precisão:
     – Não pude deixar se ouvir a discussão. Mas, espero que possam conversar melhor depois que ele ficar mais calmo.
     – Taehyung é um cara forte e não admite seus fracassos, mas o errado de tudo sou eu. Espero que possa o encontrar em outra oportunidade, por favor, cuide dele por mim, acho que o negligencie demais para ter esse direito agora. Estou indo, bom dia senhorita.
    Namjoon se curvou rápido e saiu apressado ao descer as escadas, entrou no Porsche que estava em frente e acelerou, perdendo de vista a uma certa distância. Jennie hesitou antes de bater na porta de Taehyung e viu a maleta, não sabia o que era e nem ousou abri-la. Depois de um tempo, ele apareceu para abrir a porta, olhou para ela como se procurasse um conforto, ao ver seu rosto se esqueceu dos problemas e se aproximou, segurou seu rosto e a beijou.
     Um beijo calmo e confortável, Jennie sabia que ele precisava, parou um pouco apenas para respirarem e quando abaixou os olhos, visualizou a maleta, gruniu algo baixo e a pegou entrando em casa, ela o seguiu após fechar a porta. Arrumou o cabelo e se aproximou dele quando entrou na cozinha:
    – Ele deixou na porta.
    – Eu sei.
    – Quer conversar?
    – Não. Queria poder matar alguém, mas você provavelmente me impediria.
    – Depende. Se fosse pra salvar sua vida, eu não iria fazer nada. Mas se fosse para, aplacar sua raiva e esvair este sentimento, eu teria que intervir.
    – Desculpa. Estou com raiva. Muita raiva.
    – Já havia deduzido isso. Não perguntei nada, porque sabía que só iria aumentar.
    – Vou abrir isso mais tarde. Não quero me explodir com você aqui.
    – Mesmo não querendo, eu quero que saiba, que se tiver afim de contar qualquer coisa, pode se abrir comigo e deixa toda a frustração sair.
    – Posso dizer que isso serve para você, também. Mesmo que eu não seja um bom acompanhante, serei um bom ouvinte.
    Ela sorriu concordando, Taehyung se aproximou dela e num instante, já havia colocado-a em cima da mesa e agarrado seus lábios por um pouco mais de distração. Sem hesitar ou reclamar, Jennie o abraçou mais firme e o puxou para mais perto de si, queria sentir seu corpo com o dele novamente. Sem demora, as roupas já haviam se espalhado pela sala e a pegação continuava a todo o vapor em cima do sofá.
     Com todas as carícias ousadas ou simples, elas estavam sendo distribuídas, ambos estavam apenas tentando esquecer seus passados que haviam ficado presentes em suas memórias. Só queriam estar ali, apenas se amando e amando, até que tudo voltasse para atormentá-los apenas por diversão ou só por ressentimento.

Quando o perigo bate em sua porta - 🏥 K. Taehyung 🔫Onde histórias criam vida. Descubra agora